domingo, 9 de fevereiro de 2014

SÁBADO 08/02/2014: TEVE FLA X FLU NO MARACANÃ


















Antes de falar sobre o jogo em si, acho necessário dizer o que fizeram deste clássico, que embora hoje tecnicamente mais pobre, sempre foi o clássico padrão no futebol brasileiro e mundial. Jogos memoráveis aconteceram num palco também hoje reduzido, como ficou o Fla x Flu. Para se ter uma ideia, seu público jamais será batido mundialmente na história do futebol (onde colocarão num estádio 194 mil presentes?).

Os caras, eu prefiro chamar assim, porque nunca foram gente do futebol, que começaram essa ideia pulverizada por Ricardo Teixeira homeopaticamente desde que entrou para presidência da CBF e ainda a exerce por trás dos panos, pois ainda recebe por ela e palpita de numa mansão milionária nos Estados Unidos, começaram por transformar o Maracanã num palco moderno, mas sem graça. Se havia necessidade de inovações e modernizações, eu concordo, que as fizessem sem diminuir o estádio e sim aumentando sua capacidade, pois ali existe área de sobra para isso. Sem falar que Mario Filho era TOMBADO. Mas essa palavra outrora respeitada tem sido frequentemente TOMBADA por certas autoridades no país. Força da grana, né?

Depois, a pretexto do jogo do Flamengo pela Libertadores, criminosamente marcado numa quarta-feira, apenas após 1 mês de trabalho, para um clube que irá disputá-la, no caso o Flamengo, o Fla x Flu emoldurado nas tardes de Domingo, horário do Rio de Janeiro, às 17:00, foi transferido assim, como eles gostam, na caneta, para o sábado. E dane-se o torcedor. Ele está perdendo o apetite mesmo. Senão... Depois ainda vem com esse papo do tal contrato, falando em cifras de R$ 100,00 para assistir o jogo no sábado, às 19:30 e ainda num campeonato paupérrimo, em todos os sentidos. Se eu sou contra o campeonato estadual? Jamais. Futebol sem rivalidade não vive. Eu sou contra este estadual, montado e dirigido por personagens conhecidos e carimbados. Existem várias fórmulas de se melhorar o antigo campeonato carioca de futebol. Várias.

Bem, sobre o jogo, apesar da tristeza de ver na arquibancada um espelho diferente do que o que ocorria em campo, o Fluminense não teve nada a ver com o jogo e a importância do adversário do Flamengo na Libertadores. Se o time da Gávea não entrou com a disposição habitual, problema dele. Liderado pelo maestro Conca, um atleta e craque de futebol em todos os sentidos, o Fluminense jogou como quis em cima do Flamengo. E mesmo sem sua estrela maior, que segundo o que sei não tem nada crônico além de no momento uma lesão real no músculo e uma enorme preguiça e má vontade em disputar jogos por clubes sem estar em sua melhor forma. Vai ser difícil, heim Fred? Sem suar a gente não entra em forma. Se você tem tanto nojo assim de estar jogando futebol e não entende como ex-jogadores ainda falam saudosamente dos campos quando se despedem, talvez Deus tenha se enganado lhe dando toda a categoria e técnica que possui.

Voltando ao jogo de ontem, o Flamengo ainda mostrou alguma vontade no início, mas o Fluminense dirigido por Renato Gaúcho, que não é nenhum mito, mas hoje já tem alguma história trabalhando pelo Fluminense (como jogador já havia feito em 95), jogou de forma correta e com direito a um desfecho que vale quanto um Fla x Flu pesava. Refiro-me, no caso, já ao 3ºgol, primeiro de Walter com a camisa do Fluminense, à lá Romário, selando a goleada. Penso que o placar não foi mais elástico justo pelo time das Laranjeiras estar se reencontrando ainda e Renato achando a melhor formação. O mais importante é que Renato parece já ter visto com quais pode contar, percebido os limites que têm e vai dando ao Fluminense novas cores depois dessa tempestade de final de ano, que creio ainda terá mais capítulos, apesar da tabela da dona CBF. 3 x 0. Vitória incontestável de um time nitidamente em ascensão.

Ao Flamengo, um breve recado: não é de boa prática, talvez, deixar um Fla x Flu em segundo plano para pensar num León desses da vida. Perde o jogo, perde a moral e às vezes descarrilha. Tudo por olho grande.

Destaque do jogo, para não ficar repetindo sempre o nome de Conca: o garoto Michael. Uma bola dentro da direção de futebol do Fluminense e todos nós estamos torcendo para que ele segure a barra e confirme sua ressurreição no futebol. Boa sorte, garoto!



Aquele abraço carinhoso, mesmo suado!

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