segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

FUTEBOL: ERROS E VÍCIOS

















Companheiros (as),

Há algum tempo venho frisando certos detalhes nos jogos de futebol que já viraram rotina, mas que as pessoas, mesmo as envolvidas no esporte, ou não gostam de comentar ou acham que são erros que não atrapalham tanto. E também certos mitos criados, dentro do esporte, para o torcedor, que para mim não correspondem à verdade.

Eu vou começar exatamente por esses mitos que frisei agora. Um deles é a figura do técnico de futebol. Vem logo aquele papo: “Técnico ganha jogo?”. Eu acho que pode ajudar. Mas normalmente ele complica mais do que ajuda. Principalmente se achar que descobriu alguma fórmula mágica inovadora. Futebol não tem mistério e treinador também não. Ainda por cima hoje, com a globalização, alguns times de futebol bem entrosados de antemão e com um elenco de um mínimo de percepção e independência, além do talento, é claro, já sabem noções básicas de colocação, de funções e mais ainda, o discurso do treinador pouco difere de um para o outro.

O nivelamento por baixo é tão grande, que a impressão que se tem é que o que decide uma partida é unicamente a raça. Então os gritos de guerra, os tigres, os guerreiros, cada dia se multiplicam nos times de futebol. Já as estratégias para vencer e para tornar esse time com mais recursos além da aplicação e da vontade, vão ficando em segundo plano. Por isso é bom não esquecer, que raça por raça, seu adversário também tem. Portanto, o bom treinador deve trazer consigo um lema: “O meu marketing pode me empregar, mas tem vida curta no sucesso de um clube e quem ganha o jogos são os jogadores. Eu devo apenas aperfeiçoá-los e de preferência aparecer menos do que eles”. Não faz sentido endeusar tanto assim um treinador. Como do mesmo modo, acham que chegando a um clube com vários problemas, que irá saná-los com uma varinha mágica. Chegar a um bom estágio depende de muitos fatores, alguns, extra campo.

Sobre vícios e erros, vou começar citando o 5º gol do Flamengo ontem frente ao Macaé. Se você tiver aí ao seu alcance qualquer link de internet, repare quando Negueba começa a jogada de aproximação a área do Macaé. O jogador vai limpando e correndo, se livra de um e quando começa a chegar à entrada da área, o goleiro sai na risca da pequena para fechar o ângulo e, em movimento, toma por baixo e rasteiro o 5º gol. Se no mesmo tape você vir por trás do gol vai reparar que a cobertura da zaga do Macaé já chegava ao lance e se o goleiro fica plantado, a dois passos de sua meta, por exemplo, o Negueba iria ter de se livrar desse último marcador. Foi um frango? Não. Mas o goleiro está sendo mal orientado. Tem que saber ler a jogada e esperar.

Assim como outros treinadores de goleiro não conseguem corrigir o vício das saídas pelo alto. Os levantamentos sobre a área normalmente tem partido bem antes da linha de fundo, o que já é um defeito absurdo, pois você pega a zaga de frente e o atacante sem bom posicionamento para finalizar. Já nos escanteios, tem bola morrendo a dois passos do raio de ação do goleiro e mesmo com ela descaindo ele prefere soquear. Isso também é informação equivocada. Tem gente tirando a responsabilidade de si e goleiro que não assume responsabilidade não pode pensar em ir pra debaixo dos paus.

Outros dois grandes micos são o tempo de bola no passe. É impressionante a ansiedade dos meias e atacantes em não saber “esconder” bem a bola, mesmo na corrida, e tocá-la na hora certa, no ponto certo. A impressão é que ela dá choque nos pés por mais de 2 segundos. Ou que o treinador irá puni-lo, e isso procede, se ficar de posse dela por mais de 5 segundos. E muitas vezes é necessário ficar.

O outro é um dos mais comuns atualmente. De cada 10 partidas, pelo menos em 5, como na foto acima felizmente não aconteceu, caem jogadores com a cabeça aberta pelo chão. Sei que isso é um somatório de erros que vem desde a base. Não saber subir protegendo o corpo. Por isso que dificilmente você via Pelé, Romário, Edmundo, Ronaldo, etc, com as cabeças abertas no gramado. Até porque um dos requisitos básicos é saltar de olho aberto. E raros fazem isso.

Por fim, vale lembrar, a mania de finalizar antes da hora. Você só tem um goleiro pela frente, os atuais são grandes e de boa envergadura, e com o ângulo bem fechado, tem que limpar o gigante, camarada, tirá-lo da jogada. É mais fácil e mais seguro, ao contrário de se livrar da bola buscando um canto muitas vezes já fechado.


É isso aí, pessoal! Vamos ver se a coisa melhora.


Boa semana a todos!

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