Companheiros (as),
Há algum tempo venho frisando
certos detalhes nos jogos de futebol que já viraram rotina, mas que as pessoas,
mesmo as envolvidas no esporte, ou não gostam de comentar ou acham que são
erros que não atrapalham tanto. E também certos mitos criados, dentro do
esporte, para o torcedor, que para mim não correspondem à verdade.
Eu vou começar exatamente por
esses mitos que frisei agora. Um deles é a figura do técnico de futebol. Vem
logo aquele papo: “Técnico ganha jogo?”. Eu acho que pode ajudar. Mas
normalmente ele complica mais do que ajuda. Principalmente se achar que
descobriu alguma fórmula mágica inovadora. Futebol não tem mistério e treinador
também não. Ainda por cima hoje, com a globalização, alguns times de futebol
bem entrosados de antemão e com um elenco de um mínimo de percepção e
independência, além do talento, é claro, já sabem noções básicas de colocação,
de funções e mais ainda, o discurso do treinador pouco difere de um para o
outro.
O nivelamento por baixo é tão
grande, que a impressão que se tem é que o que decide uma partida é unicamente
a raça. Então os gritos de guerra, os tigres, os guerreiros, cada dia se
multiplicam nos times de futebol. Já as estratégias para vencer e para tornar
esse time com mais recursos além da aplicação e da vontade, vão ficando em
segundo plano. Por isso é bom não esquecer, que raça por raça, seu adversário
também tem. Portanto, o bom treinador deve trazer consigo um lema: “O meu
marketing pode me empregar, mas tem vida curta no sucesso de um clube e quem
ganha o jogos são os jogadores. Eu devo apenas aperfeiçoá-los e de preferência
aparecer menos do que eles”. Não faz sentido endeusar tanto assim um treinador.
Como do mesmo modo, acham que chegando a um clube com vários problemas, que irá
saná-los com uma varinha mágica. Chegar a um bom estágio depende de muitos
fatores, alguns, extra campo.
Sobre vícios e erros, vou
começar citando o 5º gol do Flamengo ontem frente ao Macaé. Se você tiver aí ao
seu alcance qualquer link de internet, repare quando Negueba começa a
jogada de aproximação a área do Macaé. O jogador vai limpando e correndo, se
livra de um e quando começa a chegar à entrada da área, o goleiro sai na risca
da pequena para fechar o ângulo e, em movimento, toma por baixo e rasteiro o 5º
gol. Se no mesmo tape você vir por trás do gol vai reparar que a cobertura da
zaga do Macaé já chegava ao lance e se o goleiro fica plantado, a dois passos
de sua meta, por exemplo, o Negueba iria ter de se livrar desse último
marcador. Foi um frango? Não. Mas o goleiro está sendo mal orientado. Tem que
saber ler a jogada e esperar.
Assim como outros treinadores
de goleiro não conseguem corrigir o vício das saídas pelo alto. Os
levantamentos sobre a área normalmente tem partido bem antes da linha de fundo,
o que já é um defeito absurdo, pois você pega a zaga de frente e o atacante sem
bom posicionamento para finalizar. Já nos escanteios, tem bola morrendo a dois
passos do raio de ação do goleiro e mesmo com ela descaindo ele prefere
soquear. Isso também é informação equivocada. Tem gente tirando a
responsabilidade de si e goleiro que não assume responsabilidade não pode
pensar em ir pra debaixo dos paus.
Outros dois grandes micos são
o tempo de bola no passe. É impressionante a ansiedade dos meias e atacantes em
não saber “esconder” bem a bola, mesmo na corrida, e tocá-la na hora certa, no
ponto certo. A impressão é que ela dá choque nos pés por mais de 2 segundos. Ou
que o treinador irá puni-lo, e isso procede, se ficar de posse dela por mais de
5 segundos. E muitas vezes é necessário ficar.
O outro é um dos mais comuns
atualmente. De cada 10 partidas, pelo menos em 5, como na foto acima felizmente
não aconteceu, caem jogadores com a cabeça aberta pelo chão. Sei que isso é um
somatório de erros que vem desde a base. Não saber subir protegendo o corpo.
Por isso que dificilmente você via Pelé, Romário, Edmundo, Ronaldo, etc, com as
cabeças abertas no gramado. Até porque um dos requisitos básicos é saltar de
olho aberto. E raros fazem isso.
Por fim, vale lembrar, a
mania de finalizar antes da hora. Você só tem um goleiro pela frente, os atuais
são grandes e de boa envergadura, e com o ângulo bem fechado, tem que limpar o
gigante, camarada, tirá-lo da jogada. É mais fácil e mais seguro, ao contrário
de se livrar da bola buscando um canto muitas vezes já fechado.
É isso aí, pessoal! Vamos ver
se a coisa melhora.
Boa semana a todos!
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