Começando nossa conversa
sobre as finais de destaque do domingo, Vasco x Flamengo, Ituano x Santos e
Atlético X Cruzeiro, já fico na dúvida se são semifinais ou finais. Se só um
dos dois que se enfrentam pode ser o campeão, então nós estamos nos referindo a
finais. E eu nunca vi com bons olhos uma final de dois jogos. Muitos alegam que
o resultado é mais justo. Não sei por que. Eu conheço a decisão do campeonato e
não as decisões do campeonato.
Quantas delas um dos times
levou uma vantagem obtida durante o campeonato e que foi muito inferior na
final, se utilizando da vantagem do empate. Isso quando não inventavam regras
absurdas. Pra mim a decisão tem que ser em um jogo, como em Copa do Mundo.
Ganhou, parabéns, saboreie as glórias do título. Perdeu, lamento. Final é
final. O torcedor já sabe o que lhe espera quando entra no estádio. Nada mais
sem graça do que a primeira partida de uma final. Decisão em uma partida é
muito mais emocionante.
E digo isso mesmo no caso de
campeonatos brasileiros. Se a vantagem for de um time de outro estado,
paciência. Que ele decida o campeonato naquele estado. Sempre foi desta forma e
mudaram por causa de dinheiro, que não sei se dá esse lucro todo em matéria de
público. Essa ideia naturalmente partiu da TV inspirada nos playoffs da NBA. Só
que futebol não é basquete e quadra não é estádio. Além do mais, empatou no
tempo normal, por que os pênaltis e não a prorrogação?
Tivemos hoje Vasco 1 X 1
Flamengo, Ituano 1 X 0 Santos e Atlético-MG 0 X 0 Cruzeiro. O intruso entre os
seis é o Ituano, que domingo passado contra o Palmeiras já demonstrava alguns
jogadores de qualidade e uma equipe bem armada. Já saiu na frente com a
vantagem de hoje. Há de se destacar nesse jogo alguns gols perdidos pelo ataque
santista, Cícero desperdiçando um pênalti e outros gols feitos. Atlético X
Cruzeiro não fugiu à regra. Conclusões a pouco mais de um metro do gol vazio
desperdiçadas bisonhamente. Qualidade deixando a desejar.
No Maracanã, os ventos
pareciam empurrar a caravela vascaína rumo à vitória a julgar pelo primeiro
tempo. Na jogada forte do Vasco, Rodrigo, um zagueiro de boa qualidade e
experiente, tendo passado pelo drama de duas tromboses e duas embolias
pulmonares, mesma enfermidade que tive, o guerreiro vascaíno, além de fazer uma
boa partida, subiu mais alto e colocou o Vasco na frente com uma potente
cabeçada. O empate do Flamengo teve mais uma vez o dedo do técnico Jayme, que,
ao contrário do seu colega vascaíno Adilson, muda tão logo percebe necessidade.
Não importa se é aos 5, aos 10, aos 15 minutos. E está lá, sóbrio e dirigindo
um time bem armado e com raça. Já Adilson custou a perceber o risco de manter um
jogador pendurado e descontrolado em campo. Sua atitude abriu caminho para o
Flamengo tomar conta e Paulinho num belo chute empatar a partida.
Ficamos aqui à espera das
decisões de domingo que vem. Façam seus palpites.
Em tempo: estamos a quase
dois meses da Copa do Mundo. Já passou da hora de correr, heim?
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