Não
podia ser diferente. Apesar de usar a Copa do Mundo como pretexto para começar
mais cedo, começou ontem a série A do chamado “Brasileirão 2014” . E como de hábito, com
furos irreparáveis e direito a comédia pastelão. As atenções não se voltaram
para a série A. E sim para a Portuguesa, que como todos sabem, deixou o gramado
aos 16 minutos do jogo contra o Joinvile, amparada em uma liminar.
Até
achei que a Portuguesa havia se conformado. Mas talvez sabendo que as pessoas
que dirigem o futebol brasileiro não têm nenhuma moral e os cartolas da própria
Portuguesa também fazem parte dessa imoralidade e eles sabem bem porque,
resolveram tumultuar e desafiar a lei. É moda inclusive no Brasil do momento,
desafiar a lei. Você queima um ônibus sabendo que nada vai lhe acontecer. No
que vai dar a ideia lusitana de sexta-feira da paixão, nem o torcedor sofredor
imagina.
O
fato é que cada vez fica mais difícil acreditar no que dizem os dirigentes.
Alguns, inclusive, tiveram a petulância de ficar devendo pagamento ao elenco,
contratar e dizer que não têm dinheiro. Sem falar que há uma campanha nítida,
mais forte que nos anos anteriores, com conotações políticas para desmoralizar
o máximo possível o futebol brasileiro neste momento.
Eis
aí um personagem, um ícone desse tipo de campanha. Refiro-me ao treinador do
Vasco, Adilson Batista. É dele esta pérola após o empate do Vasco com o
América-MG: “O jogo contra o Resende precisava ser em Manaus? É muita coisa junto que
nem adianta falar. Não consegui falar tudo isso. E tem gente que acha que o
Brasil está bom. Sou anti PT”.
Com boa parte de sua história ligada a Minas Gerais, de cara
dá pra gente desconfiar que o comandante vascaíno é ligado a algum
pré-candidato de oposição. Com tudo que disse, parte coloquei para vocês acima,
Adilson conseguiu provar e tropeçar feio nas palavras e no âmbito do seu
trabalho no futebol, pois o que tem a ver uma coisa com outra? O que tem a ver
o PT com seus erros ou acertos? É como se eu dissesse, amigo leitor, caso fosse
treinador do Fluminense em 1997, que o time caiu e um dos culpados foi FHC.
Outra furada foi com o próprio torcedor do Vasco. O treinador
não quis saber se o torcedor vascaíno é simpatizante ou não do partido político
que citou. E logicamente isso ficará mal visto por boa parte da torcida
cruzmaltina. Por fim, ainda demonstra desconhecimento, um dos torcedores mais
ilustres do Vasco da Gama é nada menos do que o ex-presidente Lula, torcedor do
Corinthians em São Paulo e do Vasco no Rio. Justificar os seus insucessos frente
ao time da colina, vários nos últimos meses, com esta citação e horário
eleitoral “gratuito” antecipado, explica facilmente porque o Vasco está na
série B e seu trabalho tem sido tão medíocre.
Até!
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