Antes de dar meus parabéns ao torcedor rubro negro pelo 33º título estadual, cabe explicar o ‘coerente’. Eu não posso passar por cima da história e negar os fatos. Esse Estadual foi um dos mais grotescos que eu já assisti no Rio de Janeiro. Média de público sofrível, preços de ingressos pra lá de abusivos, futebol de baixa qualidade e péssimas e mal escolhidas arbitragens.
Assim como no 1º turno onde o
Vasco teve um gol legítimo ignorado pelo árbitro auxiliar a dois metros do
lance, hoje, na final, tivemos um jogador em impedimento flagrante fazendo o
gol. Mesmo mal colocado do outro lado, o bandeira viu com clareza. E não havia
o que duvidar ou justificar seu erro que fechou com chave de lata esse
campeonato.
Sem nenhum domínio gritante,
mas visível, Vasco fazia melhor partida que o Flamengo até a hora do gol
vascaíno. Eu reconheço que existiram detalhes na jogada que colaboraram para o
gol do empate, além da não marcação da posição ilegal de Marcio Araujo. A lesão
do Rodrigo desconcentrando a defesa do Vasco, sua própria ausência na disputa
da jogada, a falha de marcação absurda no primeiro lance da cabeçada e o azar, para sorte do Flamengo é claro, de uma bola estranha nascida na sequência do lance.
Mas nada disso justifica, eu
volto a dizer. Na bola, até os 43 e pouco quem estava sendo campeão era o
Vasco. Agora vem aquele papo de “precisamos repensar o Estadual”. Já vou
avisando que com os mesmos nomes no comando, nada vai mudar, para azar do
torcedor carioca. Vamos aguardar!
Nos outros campeonatos,
nenhuma surpresa na vitória do Internacional e do Cruzeiro. Exceto em São
Paulo, embora eu tenha avisado aqui há algumas semanas que o Ituano era bom,
bem armado, bem montado, estruturado e com alguns jogadores de qualidade. Itu é
uma cidade grande, mesmo sendo do interior paulista. E recursos não devem ter
faltado para a montagem deste time.
Antes de terminar, lembrando
que faltam 60 dias para a Copa, meus pêsames ao meu sonho com Adriano
recuperado. O Imperador jogou tudo fora. Ainda achava que clínica e fisicamente
ele poderia ser recuperar. Começando o primeiro jogo, por exemplo, como
titular, não vejo em que ponto a lesão que sofreu iria atrapalhá-lo. No fundo
ele não quer o sucesso.
A cada dia e a cada jogo que
Fred dava demonstrações claras de descompromisso e no Fluminense fazia corpo
mole, como fez nos últimos jogos, minha esperança em que Adriano se recuperasse
crescia. Mas Fred é um grande ator. Conseguiu enrolar muitos para justificar o
seu estranho momento. Futebol eu já cansei de dizer que ele tem de sobra. Mas
direito de jogar bem a hora que quer e bem entende, aí é outra coisa. Então,
meus amigos, vamos de Fred e Jô mesmo. Que seja o que Deus quiser.
Até a próxima semana!
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