domingo, 27 de abril de 2014

PORQUE UM TIME SE TRANSFORMA

















Talvez esteja me precipitando em dar como resolvida a má fase do Fluminense. Normalmente, costumo esperar mais um pouco, esperar situações mais difíceis para um time antes de considerá-lo curado, digamos. No entanto, é inegável a imensa melhoria do time tricolor sob o comando de Cristovão Borges. Certas jogadas de efeito em que se destacam a categoria e a técnica são bem o estilo de jogo que ele aprecia. E já sabia que alguns jogadores possuem essa característica no elenco, mas, não a desenvolviam. O time ganhou em movimentação, marcação, participação no jogo, seriedade e competitividade. Há de se perguntar se a torcida tricolor ainda quer exterminar seus zagueiros. Pois há cinco jogos atrás, era tudo que sonhavam. Entretanto, é bom que não se credite essa melhora apenas ao bom treinador Cristovão Borges e tampouco a incompetência de Renato Gaúcho. Já vi times treinados por Renato, do próprio Fluminense, jogarem bola.

Na libertadores, por exemplo, não vi ninguém dizer que havia falta de esquema tático naquele time. O esquema é importante? Muito, mas não é tudo. No caso do Fluminense, outras situações se juntaram, principalmente na política do clube. Sem ficar aqui bancando o Sherlock Holmes, eu penso que o Flu perde muito tempo com intrigas em sua diretoria e com seu patrocinador. Não creio na maioria das coisas que leio sobre eles. Passam ao torcedor algumas circunstâncias sem pé nem cabeça. Já perdi a conta de quantos já foram heróis e vilões nas Laranjeiras, do dia pra noite. Ontem, após a boa vitória sobre o Palmeiras, vi uma das poucas reações maduras de um cartola tricolor. O vice de futebol, Ricardo Tenório, apagou um incêndio provocado exageradamente pela mídia, após reclamações do atacante Walter com a reserva. Este detalhe, inclusive, é um ponto a favor de Cristovão. Enquanto o Renato se preocupava em colocar o recém contratado para jogar, erroneamente ao lado de Fred, Cristovão não pensou duas vezes. A posição que cabe a Walter é a de controavante. E tenho certeza que Cristovão não vacilaria se o oposto fosse com Fred.

Agora, cabem outras perguntas que não podem ser encobertas pelo bom momento. Como, há pouco mais de 3 semanas atrás, Fred assistia o time jogar e dava declarações artísticas após as partidas? Como Gum, não conseguia esticar uma perna para desfazer um contrataque adversário? Como Rafael Sóbis andava em campo antes de ser substituído? Por que Wagner, mesmo em posição errada, jogava pra trás e até Conca, caía bruscamente de produção? Com certeza não foram apenas por questões táticas. O mesmo aconteceu com o Flamengo no Brasileiro do ano passado, na saída de Mano e na entrada de Jayme. Nenhum time desaprende ou aprende a jogar bola em dois capítulos. Atualmente, o formador de opinião e ícone do time, não que tenha sido Fred, comanda as reações de um grupo. Fazem parte daquelas frases atuais de cartilha, como grupo fechado, etc.

Por falar em grupo fechado, de Laranjeiras a Granja Comary, faço um lançamento para um pequeno comentário sobre a seleção Brasileira. Lembrei-me do grupo fechado de Felipão, aliás, esta semana ele resolveu, de antemão, confirmar alguns nomes na convocação para Copa. Coisa inédita e que também não vejo nada contra. Muitos treinadores, principalmente em relação à Seleção, se realizam com um suspense de uma convocação. Certo ou errado, com atraso ou não, Felipão está justificando até a aparição de jogadores como David Luiz, Thiago Silva, Marcelo, Hulk, que protagonizam comerciais de TV como nomes certos na Copa 2014. E em quase 100% dos nomes que parece que irá escolher, eu estou com Felipão. E a 50 dias pra estréia da seleção, mudar realmente só em casos específicos e excepcionais.


Uma boa semana e não se esqueça de enfeitar a sua rua, pois vai ter Copa sim.


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