Quem assistiu atento ao primeiro jogo preparatório para
as eliminatórias, na vitória de 1 X 0 sobre a Costa Rica, friamente, não tem
como fugir da preocupação do que virá por aí. Como tenho repetido várias vezes,
ainda não varreram a sujeira que existe na CBF. E seu comando, além de comprometido
por ela (não há como fugir disso), trabalha insistindo nos nomes errados e da
forma errada. Com menos ou mais qualidade o foco tem que ser o estilo
brasileiro de jogar.
Aos defensores do futebol força, intenso etc, eu lembro
que os dois últimos campeões mundiais não jogaram dessa forma. Foram intensos
na forma de compactar seus times em campo. E justo isso a seleção não faz. Além
do drible, que a diferencia das demais. Qualquer adversário é complicado para a
atual seleção brasileira. Joga com um time esparso, um distanciamento muito
grande entre os jogadores e os setores. Isso propicia erros de passes e as
variações de jogada ficam restritas, facilitando a marcação do adversário. Esse
jogo de Dunga está pra lá de manjado.
Qualquer um sabe que ao enfrentar uma Argentina, uma
Colômbia e uma destas renovadas seleções sul-americanas, a peça a ser marcada e
explorada será Neymar. O time não tem conjunto e alguns jogadores não podem vestir
a camisa da seleção brasileira. Dunga voltou a insistir em Hulk, Fernandinho,
Danilo, Marcelo, Douglas Costa. E Lucas Lima também não traz esperanças de uma
criação de qualidade. Se foi amistoso ou não, não interessa. Não é por causa do
nome Costa Rica e do placar que exigiria 5 ou 6 X 0. É pelo pouco rendimento e
opções. O próprio Willian e até Philipe Coutinho rendem muito pouco dentro
desse sistema e esquema escolhidos.
Os jogadores se esforçam, lutam para honrar a camisa, o
que é comum em times dirigidos por Dunga. Mas não apresentam novos caminhos. E
um dos novos caminhos com certeza não é Kaka. Não vai levar a nada. Nem pro
presente, nem pro futuro. Mesmo se estivéssemos na época do futebol sul-americano
de mais baixa qualidade que hoje, teríamos motivo de sobra para preocupação.
Uma solução, e sempre defendi isso nestes momentos, é não
chamar tantos jogadores avulsos. Você tem que ter uma base de um time. Se
existem dois bons jogadores no setor de um clube e o terceiro não for lá essas
coisas, mas corresponder, já ganha conjunto e fecha um setor os chamando. A base,
mesmo você não achando o melhor nome para determinada posição, é meio caminho
andado pra montar um time e conseguir articulação e harmonia.
O Brasil vai jogar as eliminatórias no nome. E nossa
camisa não assusta mais. Não pela cor e pelo escudo. Mas pelos jogadores e pela
filosofia de jogo que nossos adversários sabem não ser a nossa. E a adoram
quando a gente insiste nela. Vamos ter muita dificuldade. Podem ter certeza. E
o mais preocupante será a constatação disso dentro das próprias eliminatórias.
Não agora, que inclusive já era hora de estarmos recuperando ou tentando
recuperar o melhor futebol. Outro problema grave é o jogador de finalização.
Temos de descobrir um. Do contrário, a tal Neymardependência, vai ser
inevitável.
ARBIRTRAGEM DO BRASILEIRO 2015
Numa competição ruim, vocês esperavam que tipo de
arbitragem? Apitar pelada é a coisa mais difícil que existe. Quem já apitou
uma, sabe. É uma confusão dos infernos, vão três na mesma bola e os três com a
mesma ideia e intenção e muitas vezes violência. O jogo fica imprevisível até
para juízes, o que naturalmente não justifica erros como os que têm sido
cometidos contra vários times. Um pouco mais, no momento, contra o Fluminense,
como reclamam seus dirigentes. Que, aliás, também não devem esquecer quando em
outras ocasiões, no mesmo campeonato, foram favorecidos.
Até aqui não estou vendo má fé. Estou vendo uma clara
desqualificação do quadro de arbitragens e dos juízes e bandeiras selecionados.
Retrato de um campeonato desorganizado e em decadência.
Bom feriadão!
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