Antes de entrar no assunto propriamente dito, quero
aproveitar para dar uma pincelada rápida em alguns detalhes do Campeonato
Brasileiro 2015. A tabela já diz sobre o favorito no momento. Cada vez mais o
Corinthians se distancia na primeira posição. Mesmo assim, ainda reforça seu
elenco, como fez essa semana, com mais duas contratações. E lá embaixo, o Vasco
começa a tentar emergir. Já consegue deixar a última posição e dá esperanças
a sua torcida. Só espero que não seja uma recuperação que não se sustente até o
fim. Porque mesmo melhorando muito, o Vasco só garante sua permanência nas
últimas rodadas.
Quero deixar bem claro aqui o meu repúdio a essa onda,
que provavelmente deve ter nascido de hábitos paulistas que adoram copiar os
europeus, de colocar jogos às onze horas da manhã. Além de passar uma confusão
dos diabos pra cabeça do torcedor em termos de horário, esquecem que o Brasil
não tem o clima europeu. Seja inverno ou verão, onze horas da manhã, seria bom
que os dirigentes vestissem a camisa dos clubes que se enfrentaram hoje, como
Corinthians 2 X 0 Santos e Goiás 3 X 0 Joinville e fossem a campo por uns
minutos. Eles iam sentir na pele o que é correr numa “lua” dessas. Colocaram a
saúde de jogadores em risco, principalmente em Goiás, com 44 graus e 8% de
umidade. Um absurdo. Mas, como não existe mais união entre os jogadores, sindicato
é uma palavra que provoca boas gargalhadas.
Vamos aos mitos e as verdades:
Você torcedor e esportista, provavelmente já deve ter
ouvido muitos ditos populares e outros ligados à superstição, por locutores,
cartolas, treinadores etc. Alguns estão introjetados até hoje no dia a dia do
futebol, havendo quem os leve a sério. Vale a pena citar alguns como:
“Treinador:
Eu não posso atacar como vocês querem, cedendo o contra-ataque desta maneira.” -
Todo jogo a melhor e mais bem armada equipe do mundo leva contra-ataques. Basta
você se armar para conhecê-los e contê-los. Se você tiver medo de
contra-ataque, é melhor não entrar em campo.
“2
X 0 é um placar perigoso” - Preferia
2 X 0 pro adversário? Estranho isso. Parece medo de estar ganhando. Medo de
estar na frente.
“Com
boa vantagem no placar é hora de recuar” –
Tem certeza? O que você considera boa vantagem? Recuando, meu amigo, está
trazendo o adversário para a sua área e imediações. O bate-rebate começa a
acontecer. E muitos gols hoje em dia, além de muitos jogos, se decidem em
rebotes infantis. Avançando o time você começa a marca-lo no nascimento da
jogada e não na definição. E vale lembrar que após o surgimento dos 3 pontos, um empate tá mais pra derrota do que vitória.
O
drible - Pra citar um exemplo bem recente, o jogador Dátolo, do
Atlético Mineiro, confiram nos VT’s, tinha um visual fechado a sua frente até
resolver enfiar a bola embaixo das pernas de Pará, do Flamengo. Tudo clareou. E
a defesa do Flamengo perdeu reação e foi surpreendida. Dátolo, com categoria,
definiu o jogo. Jadson hoje, a mesma coisa contra o Santos, tanto em uma jogada
individual na partida, quanto no lance do segundo gol do Corinthians,
desequilibrando o adversário. Nada mais fatal que o drible bem aplicado como
recurso natural, como “abridor de latas” de uma zaga bem fechada, de uma
marcação cerrada. Do gol de Jairzinho na Copa de 70, contra a Inglaterra, até
hoje, milhares de exemplos comprovam e assinam embaixo do que estou dizendo.
Aquela desculpa: "Perdemos sim. Por 2x0 mas foram duas bolas
paradas." -Sei...bolas paradas são ilegais?
Quando um treinador diz: “Gostei daquele atleta. Ele
movimentou-se muito bem.” - O que precisamente ele quis dizer com isso?
Por fim, que tal: “Vamos garantir o resultado. Não esqueçam
que o jogo é no campo do adversário” – É? E daí? Alguém vai sofrer
alguma agressão física? A bola é diferente? O torcedor vai entrar em campo e
influir no jogo? Então me explica como você se profissionalizou e leva
profissionais a campo adversário com este raciocínio muito pequeno. Jogo é
jogo, companheiro. Em qualquer lugar.
É isso aí. Vamos nos aproximando do final da temporada no
Brasil, lembrando que as equipes já mostram um desgaste enorme. A
irregularidade dos resultados é um sinal disso, além de um calendário grosseiro
e mal planejado, que não permite a preparação física adequada.
Boa semana a todos!
Boa semana a todos!
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