Depois de um longo tempo, com incalculável prejuízo à
FIFA como entidade e ao futebol num todo, finalmente chega ao fim a “Era
Blatter”. Só lamento que tal acontecimento não tenha ocorrido há mais tempo e
tenha sido necessário que autoridades policiais, no caso o FBI, tivessem
descoberto um dos grandes tumores da entidade, dirigida por Blatter.
A corrupção não pode ser apenas a palavra maior do
momento. Oriunda dela ou não, o futebol em campo, os jogadores e a organização
dele sofreram muitos prejuízos com a incompetência dos outros membros da FIFA e
seus tentáculos como Ligas e Confederações. Vários torneios mundiais
organizados por ela, em várias categorias, ficaram, inevitavelmente, comprometidos.
Pena que no tempo do amadorismo no futebol fossem raros
esses acontecimentos e, após a profissionalização e montanhas de dinheiro, as
imoralidades tenham acontecido. É comum que diante de muito dinheiro a sujeira
esteja presente. Mas há de se pensar que o futebol, por ser uma paixão,
dificilmente há de involuir em matéria de finanças. Apesar da qualidade não ser
a mesma, o futebol ainda é absoluto em termos de poder financeiro e preferência
mundial. Pela paixão, história e bilhões de pessoas envolvidas no planeta
inteiro.
Quem seria o nome ideal para substituir Blatter? Não
creio que tudo se baseie num nome. Mas como temos que começar por ele, não acho
que Platini seja o melhor deles. O já candidato, príncipe da Jordânia Ali bin
al-Hussein, apoiado por estrelas como Maradona, por exemplo, pra mim é uma interrogação.
Penso que o nome deva ter ajudado a fazer a história do futebol. Gente
qualificada e do ofício mesmo. Quem me dera ter um Beckenbauer, Cruyff, Del
Bosque ou o nosso Carlos Alberto Torres, por exemplo, comandando a FIFA. Eu veria com bons olhos.
Estes nomes provavelmente escalariam outros ao seu lado que tivessem intimidade
e conhecimento suficientes para reerguer e introduzir as mudanças que o futebol
mundial tanto anseia, além de moralizar suas relações com as Confederações dos
países.
De qualquer forma, fez-se a luz.
CAMPEONATO BRASILEIRO
Antes de um breve comentário sobre os últimos jogos do
Brasileiro, vai um pedido de desculpas a um nome que esqueci na coluna
retrasada dos técnicos do nosso país. Cito também Paulo Roberto Falcão como um
grande treinador. Não somente pelo Sport, que vivia empatando e bastou Eduardo
Baptista sair para exibir outra cara e outro jogo. Mas pelo que sei que
conhece, assim como o modelo de trabalho que adota. Foi vítima de Ricardo
Teixeira na Copa América de 1991, quando foi treinador, devido aos vários erros
que o nefasto dirigente cometia na ocasião, com destaque a convocação dos
chamados “estrangeiros”, que ele não conseguia liberar. Na ocasião Falcão foi
muito prejudicado. Ficamos privados de uma avaliação correta de sua capacidade.
Se dependesse de mim, ele seria hoje o técnico da seleção brasileira. E de
passagem, meus parabéns pelo seu aniversário, na sexta-feira.
Segue o Brasileiro e a Copa do Brasil. Ou seja, vocês
estão vendo dois campeonatos em um só. Sequer um é internacional e o outro é
nacional. Disputa-se a mesma coisa e em tempos jamais recomendados, em final de
temporada. Absurdo. E com o calorão que anda fazendo Brasil afora, o desgaste
físico e mental das equipes é terrível. Não tenho a menor ideia do favorito na
Copa do Brasil. Talvez quem estiver mais a fim de vencer essa competição gêmea
do Brasileiro e com o elenco mais inteiro.
No Brasileiro, o Corinthians é praticamente o campeão. E
o Vasco hoje me parece que jogou uma oportunidade de ouro de escapar do
rebaixamento dado como certo. E vejam a curiosidade. Dos quatro gols da
partida, Rodrigo teve participação direta em três. Um converteu com excelente
cabeçada a favor do seu time, na virada para 2 X1. Nos outros dois,
lamentavelmente, falhou. Deu uma furada no primeiro do São Paulo e abandonou,
no segundo, sua posição. O que naquele momento era inaceitável.
O Vasco dominava o jogo e já havia obrigado Rogério Ceni
a pelo menos 8 defesas difíceis em 20 minutos. E o São Paulo não ameaçava o
Vasco. Era um bando perdido e desanimado, que não lembrava o tricolor paulista
de outros tempos. Como quem não faz leva, e com uma boa dose de má sorte, um
cruzamento mal marcado caiu justo num ponto em que Rodrigo deveria estar. O
empate tirou dois preciosos pontos do Vasco e tornou mais difícil do que já
estava sua permanência na primeira divisão. Mais alguns dias virá à definição.
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