A vitória do Barcelona por 6 X 1 sobre o PSG no meio da
semana não poderia passar em branco. Esse jogo entrou para a galeria dos
maiores jogos da história. Não pelo placar elástico ou pela excelente qualidade
técnica apresentada. Mas pela emoção gerada pela diferença de placar no jogo de
ida e a necessidade de suplantá-lo no jogo de volta.
Além do mais, a vantagem não foi sendo construída pouco a
pouco. Em vários momentos do jogo a própria torcida do Barcelona mostrava
desânimo e descrédito no feito. De todo o modo, o Barcelona abriu o placar logo
no início dando um importante passo para a reação. Já o segundo gol custou a
sair e só aconteceu por causa da genialidade de Iniesta. Um jogador que tem
vaga em qualquer meio campo de times ou seleções do mundo tirou da cartola uma
jogada mágica redundando no segundo gol do time catalão.
Após o intervalo, precisando ainda de no mínimo mais 2
gols, Messi converteu pênalti em Neymar, que a meu ver foi o único autêntico da
partida. Mal o Barcelona começou a se animar Cavani, com puro oportunismo e
raça, quase marca para o PSG. Mas não demorou e Cavani achou o caminho das
redes num cochilo da defesa do Barcelona.
Era a ducha de água fria que a
torcida não esperava. E por pouco Cavani novamente, dois minutos após, não
fecha o caixão do Barcelona. Mas Ter Stegen não deixou, salvando com o pé.
O jogo parecia caminhar baseado na vantagem construída na
França. No entanto, Unai Emery fez uma bobagem sem tamanho colocando Di Maria,
então no banco, a pretexto de prender a bola e garantir o resultado, tirando
Lucas, que apesar de não estar atuando bem cumpria uma função ofensiva
fundamental aquela altura. Culpa de Emery ou não, Neymar começou a despertar na
partida, enquanto Messi e Suárez pareciam fora de sintonia.
Cobrando falta pela meia esquerda, Neymar surpreendeu o
descrente goleiro Kevin Trapp e fez 4 a 1. Novamente o Barcelona no jogo. Uma
ajudazinha aquela altura era bem-vinda e o juiz colaborou marcando pênalti
inexistente em Suárez. Neymar, com firmeza, decretou 5 a 1. A emoção tomou
conta do estádio e do campo.
Os dois times viviam momentos finais de pura adrenalina.
Todo esforço além do limite era feito. O próprio goleiro passara a atacar como
última alternativa. E já no minuto final o iluminado do jogo, Neymar, usou um
de seus vários recursos para chegar ao gol que faltava. Fingindo um cruzamento
óbvio de perna direita, com consciência, Neymar trouxe para a sua esquerda e serviu
com lucidez Sergi Roberto, que num carrinho aéreo colocou o Barcelona, seus
torcedores e os amantes do futebol extasiados e embevecidos com a magia que
cerca o futebol e os grandes jogadores.
Parabéns ao grande time do Barcelona!
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