Possivelmente, e acho que esse tempo não está longe, o
leitor de uma crônica como esta poderá interagir em tempo real. Quem sabe aí
você poderia me dar uma ajudinha. Porque não é fácil falar de jogos assim.
Principalmente quando você não tem compromisso com ninguém, a não ser com o
futebol.
Ah! E também o Grêmio 1 X 1 Novo Hamburgo; Atlético MG 1
X 1 URT; América MG 1 X 1 Cruzeiro, para me referir aos grandes centros.
Infelizmente grandes centros, mas jogos bem pequenos.
Ponte Preta X Palmeiras, apesar do placar elástico, foi
um jogo horroroso, com os dois times abusando de encenações, violência, catimba
sem nenhum sentido prático. Enfim, mas medíocre apenas a atuação do Palmeiras,
sem desmerecer o razoável time da Ponte Preta.
A sensação que nos passa assistindo o desenrolar do jogo
do Palmeiras é que não havia nenhum compromisso com a vitória, a mínima vontade
de vencer o jogo. Pela Ponte Preta, apenas o que acabei de dizer e o
aproveitamento de três oportunidades. No mais, foi só isso.
Frisando também os péssimos juízes que temos, que parecem
de acordo com a maioria dos jogos que assistimos. Parecem amigos de longa data
dos jogadores. Permitem tudo. Aceitam todo tipo de anti-jogo. Regra para eles é
um detalhe, tipo a Constituição Brasileira, por exemplo. Nada de importante.
Indo para Vasco X Botafogo, uma diferença apenas na
correria acentuada dos dois times, improdutiva e dando a impressão que o jogo
só existiu por 5 minutos, pois até os 40 do 2º tempo nada acontecia de
expressivo e que valesse o ingresso.
Por falhas e cansaço, talvez do Botafogo, Douglas, jogador
da base vascaína, aproveitou uma dessas falhas, fazendo 1 X 0. Pouco depois
Luis Fabiano finalmente fez sua “estreia” pelo Vasco e num contra-ataque apenas
empurrou para o gol fazendo 2 X 0, diante de um Botafogo com menos 1 jogador (o
zagueiro foi Marcelo foi expulso aos 18 minutos do 2º tempo).
Chegava o Vasco, pasmem, do elegante Milton Mendes, ao
título da Taça Rio. Talvez uma das conquistas vascaínas presenciadas por menos
público cruzmaltino até hoje em estaduais. Assistindo a derrota do Botafogo
então... Apenhas um punhado de torcedores.
Os outros jogos seguem o mesmo padrão que começa antes de
tudo a ser prejudicado pelo calendário e a quantidade de competições esdruxulas
e absurdas, que até um time de boa qualidade, dotado de planejamento, elenco,
profissionais altamente qualificados e bem entrosados teriam dificuldade de dar
conta de tantos jogos, tantos torneios, tantas taças.
Fiquemos na esperança se é que é possível ter alguma de
uma mudança neste estado de coisas. Eu justifico meu pessimismo porque não
tenho dúvidas que pra esta mudança acontecer e ter resultado prático teria que
vir de cima, do primeiro escalão que comanda o futebol. Até lá vocês vão ver a
paixão irremediável do torcedor segurando como pode o tal “esporte das
multidões”, do saudoso locutor Waldir Amaral.
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