Em minha opinião e creio que na de muitos, Neymar já é há
um tempo o melhor jogador do mundo. Se me perguntarem quais os outros, vejo
apenas quatro. Apesar da idade, Iniesta, e da fase de lesões e algumas atuações
irregulares, Robben e Messi. Um voto de louvor também ao magnífico zagueiro alemão
Hummels. Não sou de julgar um jogador apenas por um momento top que vive. Por
isso incluo Robben e Messi.
Mas, voltando ao Neymar, o que teria acontecido com um
jogador que há cerca de 2 anos jogava um futebol apagado, passando a maior
parte do tempo no famoso “cai cai”? Muita gente acha que ele estava numa barca
furada. Eu acrescento que além de furada, era podre. E vou insistir com a
certeza de que essa verdade virá à tona. Por razões políticas e outras que
desconheço além da incompetência absoluta a seleção brasileira não foi montada
para vencer a Copa do Mundo de 2014.
A ideia pra mim não era essa e planejamento, equipes e
ambientes não eram esses. Fora a mudança de comissão técnica já ao apagar das luzes,
sem sentido algum. Trocar Mano Menezes por Felipão? Quais as vantagens? O
próprio modelo de jogar (se é que aquilo era jogar futebol) foi mantido por
Felipão. Mas quero dizer que tudo isso não justifica que nem Neymar e o próprio
Fred, jogadores de um futebol diferenciado, afundassem junto com essa canoa.
Jogador tem brio, tem reação. Tem que ter amor ao futebol e ao que faz. Ainda
mais em uma Copa do Mundo e no Brasil. O Brasil deve milhões de perdões aos
impropérios e críticas dirigidos a geração de 50. Em 50 tínhamos heróis em
campo. Em 2014, caricaturas grosseiras fragilizadas.
Não digo isso porque perdemos de 7 a 1. Uma rápida
olhadinha na campanha e o andamento dela, na ocasião, além da reação dos
jogadores antes, durante e depois dos jogos refletem claramente o que digo. Que
Neymar era uma das nossas esperanças, já sabíamos. Além de algumas substituições
corretas e oportunas feitas por Tite e um time que disputa a bola com
disposição incomum como vimos no jogo contra o Paraguai, também atuando
ofensivamente com liberdade incomum, com tabelas eficientes e rápidas em tão
pouco tempo, com destaque para a recomposição e agrupamento rápido quando se dá a perda da bola. Fica a pergunta: aprenderam isso em 2 anos? E Tite em 1 ano de
trabalho conseguiu tempo para essa estruturação e melhoria?
Evidente que peço cautela em relação ao futuro deste
time. Em pouco tempo se transformam gênios em boçais medíocres e o inverso. É
muito cedo para endeusar este ou aquele. Mas volto a focar em Neymar. Não joga
mais no “cai cai”, sua aparência voltou a se “abrasileirar” (parece que assumiu
o seu look de berço bem nacional) e está jogando o fino da bola. Desequilibra
várias partidas, como já estava desequilibrando no Barcelona. Sem fricotes. Sem
excesso de choro, de manha, jogando como gente grande. Jogando parecido, às
vezes, como jogava Garrincha. Não tenho dúvida que houve a intervenção de
alguém ou outras pessoas. Bendito seja esse alguém, porque deve ter dito ao
Neymar justamente o que ele necessitava ouvir. E agora o desafio “desta" ou "destas pessoas”
é manterem o Neymar exatamente do jeito que ele necessita ser daqui por diante.
Boa semana!
Nenhum comentário:
Postar um comentário