Já contando praticamente com a segunda geração pós 2010,
atuando amadurecida e atualmente fazendo a base da Seleção Brasileira, noto com
certa preocupação uma lacuna muito grande entre as últimas revelações do
futebol brasileiro e as que estão surgindo hoje. Jogadores como Robinho, Fred,
Ricardo Oliveira, Zé Roberto, Nenê...fazendo a diferença e sendo jogadores
fundamentais em seus clubes e com as apostas basicamente concentradas em
Vinícius Jr., do Flamengo, é, sim, preocupante. Os clubes atualmente, com
exceção de Cruzeiro, Corinthians, Palmeiras, vivem dificuldades financeiras
agudas. E atualmente as únicas duas escolas que conseguem revelar bons
jogadores e mantê-los por algum tempo são as do Santos e Cruzeiro. O
Corinthians até melhorou um pouco, e os do Palmeiras, não são mais uma
surpresa. Estratégias, como as que fazem o Fluminense com seus jogadores de
Xerém, têm claro objetivo comercial. E nenhum dos jogadores anunciados como
acima da média, na verdade o são. O mesmo percebo no Vasco, no Botafogo e nos
demais clubes, incluindo o próprio Norte e Nordeste.
A cultura da garotada hoje em dia sofre muita influência da globalização. A tecnologia e o intercâmbio aumentam a distância entre uma promessa e a bola. Já se vê com certa normalidade surgirem campos de futebol americano, mais quadras de basquete, vôlei e outros esportes pouco comuns no Brasil. Sem falar na idolatria mais que cristalizada que mira o futebol internacional. A legião de admiradores e fãs de PSG, Barcelona, Real Madrid etc, devido aos craques brasileiros e os poucos internacionais como Messi, Cristiano Ronaldo, que captam atenção de grande parte do mundo esportivo nacional. Vale ressaltar a clareza do sucesso das raízes do nosso futebol. Pois a maioria dos nossos jogadores que fazem mais sucesso lá fora são mais franzinos, técnicos, portanto, dentro do nosso biotipo e das nossas origens. Precisamos urgentemente recuperar nossa vocação ofensiva e técnica. Hoje, nosso futebol é dominado por estilos estranhos aos nossos. O passe, o lançamento e principalmente a capacidade de driblar não podem viver mais afastadas do aprendizado e da filosofia de todas as categorias de nosso futebol. Principalmente as de base.
Outra deficiência grave é o que cito constantemente aqui: o amadorismo das pessoas escolhidas para lidar com o esporte. Descobrir e dirigir talentos. Profissionais, ex-jogadores de futebol deveriam participar mais ativamente. Gente que tem história com bola. Profissionais que possam aperfeiçoar promessas, corrigir erros, enfim. Uma estrutura e uma filosofia de trabalho que priorize a qualidade técnica, dirigida a revelar craques, que volte a tornar o futebol brasileiro mais qualificado. Com jogadores dominando com mais facilidade os fundamentos. Fato que temos visto raramente na grande maioria dos jogos que assistimos. Não podemos esquecer que a possibilidade disso acontecer depende de muitos debates de dogmas e conceitos equivocados e absurdos que foram criados e implantados na mentalidade do futebol brasileiro atual. E para isso acontecer tem de haver também uma limpeza ética nesta modalidade. Comando, transparência e honestidade. Obviamente com organização e dirigentes sobre os quais não pairem dúvidas sobre suas intenções e sua história no mundo do futebol.
Boa semana!
A cultura da garotada hoje em dia sofre muita influência da globalização. A tecnologia e o intercâmbio aumentam a distância entre uma promessa e a bola. Já se vê com certa normalidade surgirem campos de futebol americano, mais quadras de basquete, vôlei e outros esportes pouco comuns no Brasil. Sem falar na idolatria mais que cristalizada que mira o futebol internacional. A legião de admiradores e fãs de PSG, Barcelona, Real Madrid etc, devido aos craques brasileiros e os poucos internacionais como Messi, Cristiano Ronaldo, que captam atenção de grande parte do mundo esportivo nacional. Vale ressaltar a clareza do sucesso das raízes do nosso futebol. Pois a maioria dos nossos jogadores que fazem mais sucesso lá fora são mais franzinos, técnicos, portanto, dentro do nosso biotipo e das nossas origens. Precisamos urgentemente recuperar nossa vocação ofensiva e técnica. Hoje, nosso futebol é dominado por estilos estranhos aos nossos. O passe, o lançamento e principalmente a capacidade de driblar não podem viver mais afastadas do aprendizado e da filosofia de todas as categorias de nosso futebol. Principalmente as de base.
Outra deficiência grave é o que cito constantemente aqui: o amadorismo das pessoas escolhidas para lidar com o esporte. Descobrir e dirigir talentos. Profissionais, ex-jogadores de futebol deveriam participar mais ativamente. Gente que tem história com bola. Profissionais que possam aperfeiçoar promessas, corrigir erros, enfim. Uma estrutura e uma filosofia de trabalho que priorize a qualidade técnica, dirigida a revelar craques, que volte a tornar o futebol brasileiro mais qualificado. Com jogadores dominando com mais facilidade os fundamentos. Fato que temos visto raramente na grande maioria dos jogos que assistimos. Não podemos esquecer que a possibilidade disso acontecer depende de muitos debates de dogmas e conceitos equivocados e absurdos que foram criados e implantados na mentalidade do futebol brasileiro atual. E para isso acontecer tem de haver também uma limpeza ética nesta modalidade. Comando, transparência e honestidade. Obviamente com organização e dirigentes sobre os quais não pairem dúvidas sobre suas intenções e sua história no mundo do futebol.
Boa semana!
Foto:
Jan Kruger - FIFA/FIFA/Getty Images
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