domingo, 22 de outubro de 2017

UM SHOW CHAMADO ROBINHO E BRASIL 2 X 1 ALEMANHA NO SUB-17



Vou inverter a manchete e começar pelo Sub-17, onde o Brasil derrotou a Alemanha por 2 x 1, até porque falei na coluna passada sobre o futuro das novas gerações do futebol brasileiro. Portanto, o que podemos deduzir desta vitória importante de hoje sobre a Alemanha que nos credencia a Semifinal do Mundial Sub-17? Eu fico entre a palavra “esperança”, sem perder o senso de realidade. Esperança porque, queiram ou não, apesar dos vexames dos últimos anos, não seria um 7x1 ou momentos de deturpação de nosso verdadeiro futebol que nos tirariam as 5 estrelas do peito e a capacidade de, no mínimo, ser uma grande força mundial. Os países adversários estão cansados de saber disso. Apesar de tudo, Brasil é Brasil. Não podemos nos deixar levar é pela noção de mediocridade como objetivo de garantir a vantagem no marcador, recuando o time excessivamente. Aí fica complicado. Não é o nosso estilo. E sempre que fugimos ao nosso estilo, correremos o risco de sermos impiedosamente derrotados. Ou na base da surpresa, ou de forma bastante previsível.

Além do mais, sem comparar as duas escolas, Brasil e Alemanha, a do lado de lá está se preparando e tem seu planejamento e sua estratégia provavelmente pronta para os próximos anos. Duvido muito que com uma organização que começa por ter um comando desacreditado, viciado e outros problemas mais, tenho sérias dúvidas que haja planejamento e estrutura pra manter jogadores, comissão técnica e objetivos a médio e longo prazo. A própria situação financeira já é um desafio para isso. Quem garante que daqui a 2 anos, por exemplo, você verá estes mesmos jogadores por aqui pelo Brasil? E é necessário que eles amadureçam dentro do nosso estilo, da nossa escola. Do contrário, se perderão como centenas já se perderam.

O QUE ROBINHO TEM QUE ELES NÃO TÊM?

O futebol brasileiro e suas raízes nos pés, no coração e na mente. Resumiria desta forma. Há cerca de uma semana, postei, isoladamente, no Facebook, que Robinho era, no momento, o melhor jogador em atividade no Brasil. Pouca gente entendeu, mas creio que os últimos jogos têm desfeito qualquer suspeita. Robinho sobra nos jogos. Robinho não tem medo de driblar. Tem uma agilidade impressionante. Domínio e controle de bola, malandragem, precisão e, agora, experiência. Sem perder a rapidez. Sua própria constituição física ajuda. É um moleque da bola. E um moleque da bola você só para com muita capacidade defensiva, muito cerco, muita marcação. E mesmo assim não tem a garantia que ele te derrube num só lance. Hoje, por exemplo, na vitória do Atlético sobre o Cruzeiro, quem foi o principal responsável por ela? Quem tem a tranquilidade, a sapiência, a esperteza e a sincronia com as verdadeiras raízes do nosso futebol para fazer o que Robinho fez? Lamento muito que ninguém tenha tido olhos de ver Robinho em 2014. Por mais difícil e por mais que aquela canoa fosse furada, Robinho iria incomodar bastante. Seria, no mínimo, em meio àquela tragédia, uma dor de cabeça a mais para os adversários. Parabéns, Robinho! Pela alegria e satisfação de ver que ainda existem resquícios dos monstros sagrados do futebol brasileiro encarnados em você.

Boa semana! 




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