Eu, particularmente, tenho visto muito poucas. E você,
amigo leitor? Nada que tenho surpreendido positivamente ou que nos dê esperança
de algo diferente. Por enquanto, em matéria de futebol brasileiro, o que tem
sobressaído é o antijogo e a agressividade das equipes, envolvendo até
profissionais extracampo. É um espelho da tônica da política do país no momento.
Cultura de ódio, divisões, ameaças e ofensas de toda sorte. O futebol não passa
impune, não.
Se por um lado os jogadores atuais se manifestam muito
pouco politicamente, funcionando quase como robôs, e trabalham e se comportam
dentro dos padrões criados pelo tal “politicamente correto” no futebol, que
significa mais ou menos fazer de tudo dentro de campo, bater, entrar na
maldade, usar de violência desnecessária e depois agradecer aos céus. Ou mesmo,
ao fim da partida, um arranca-rabo aqui, uma troca de socos, um tumulto,
qualquer coisa que justifique ausência total de futebol, bom senso e
mentalidade profissional e esportiva. Como disse antes, é o quadro do país.
Os jogadores, infelizmente, não são mais empregados do clube.
Na teoria e na documentação, são obrigados a serem. Mas todos que giram no
mundo do futebol sabem que seus verdadeiros patrões são os empresários ou
diretores-empresários dos clubes. As equipes têm poucos jogadores com alguma
relação mais profunda e sentimental com o clube.
E segue o campeonato, aos trancos e barrancos, com os
líderes embolados, numa 27ª rodada onde Internacional, Palmeiras, São Paulo,
Grêmio e, por último, o atualmente desnorteado Flamengo, pra alegria dos
cartolas da CBF, continuam irregulares, embolados e jogando um futebol muito
aquém da posição que ostentam.
É, meus amigos, estamos vivendo de alguns poucos jogos
interessantes e de raríssimos momentos de bom futebol. A realidade é essa. Quem
como eu acompanha a série B às vezes ainda consegue ver partidas melhores e
times mais bem organizados do que muito peixe grande da série A.
E, no futebol mundial, num período pós-Copa, pouco se vê
de novo e interessante. As estrelas do momento, Messi, Neymar e Cristiano
Ronaldo, estão em baixa, com exceção de Hazard, da Bélgica, que mostra muita
técnica, habilidade e ofensividade. Talvez ele seja a atração solitária e
isolada do futebol mundial atualmente num todo.
Vamos ver o que nos aguarda 2019, sempre com a esperança
de que as categorias de base da América do Sul ou da Europa nos apresentem uma
nova atração, uma grande novidade, para que eu possa, com prazer, retratar aqui
e debater aspectos positivos e mais alegria, que é o quê norteia o show do
futebol.