domingo, 2 de setembro de 2018

A INFLUÊNCIA DOS EMPRESÁRIOS NO FUTEBOL




É muito difícil abordar esse tema, principalmente no Brasil. O pensamento que eu tenho sobre o assunto já me rendeu muitas inimizades. Mas, com certeza, por ignorância, insegurança e má fé dos que o fizeram. Só que aqui é o Futebol de Fato! Eu não tenho compromisso e nem rabo preso com ninguém. E fico à vontade porque procuro dizer a verdade, de dentro e fora das quatro linhas, sem ofender, denegrir ou prejudicar a carreira de A, B ou C. Por isso, sempre frisei com clareza que NADA TENHO CONTRA EMPRESÁRIOS NO FUTEBOL.

Os empresários hoje no mundo assessoram e muitas vezes criam estrelas e artistas em vários ramos de atividades. Até um cabelereiro famoso, em vários lugares do mundo, tem seu empresário. Habitual e natural. E no futebol não seria diferente. Mudam-se os nomes - no passado chamavam de Procurador, no mais distante, um advogado que respondia por ele, enfim, quase sempre existiu. O problema principal é quando este empresário não tem lastro no segmento esportivo. Neste caso específico, não tem experiência no futebol. Infelizmente, esses são maioria. Trocam uma promessa por outra que lhe interesse mais financeiramente, mas de menor potencial. Aproveitam a situação de pobreza de muitas famílias e o carregam para alguns clubes ou centros de futebol que se dizem formadores de atletas, fora de hora ou antes da hora. Nas mãos de pessoas que se dizem profissionais, mas não sabem dar um chute numa bola. E o mais grave: mantém a mentalidade que ataco insistentemente da prevalência do futebol teórico, pragmático. Do futebol de resultados. Do tipo de jogo que fere as raízes dos jogadores de futebol brasileiros. Ou de outra escola mundial. Ninguém faz um craque! Futebol não se aprende em livros e ponto final.

É uma vergonha existir no Brasil, com claros propósitos financeiros escusos, uma faculdade para formar técnico de futebol. É evidente e necessário que um técnico tenha conhecimentos básicos do que gira ao seu redor, porque tudo influencia no seu trabalho. Mas ele não tem de ser necessariamente formado em Educação Física, em Psicologia, em Marketing Esportivo, em Medicina Esportiva, em Fisiologia etc. Por essa razão talvez vocês vejam muitas figuras estranhas ao esporte. Figuras estas que são os famosos técnicos-empresários. Que obtêm as preferências dos clubes e seus cartolas vulneráveis profissionalmente, digamos assim, para não chamar de outra coisa, que os contratam pela troca de interesses, pela aquisição dos jogadores que lhe serão úteis e rentáveis, mais predominantemente na área financeira.

Nesse engodo, não importa para nenhum deles se o jogador não vai atingir o nível de cima. Basta que lhes deem lucro, seja lá em que praça for, em que país for. Mesmo sabendo que poderiam lucrar muito mais caso fizessem a coisa certa, não influenciando na vida, na história e na rotina de um clube de futebol. Portanto, o que eu torço é que essa influência seja benéfica, produtiva, seja feita por quem sabe fazer. Que o empresário receba seus dividendos à luz do dia, e o clube saiba de onde vem tais valores e seus cartolas vivam exclusivamente do trabalho a que se propõe na comissão técnica e diretoria que integram. Difícil, né? Parece um sonho. Acontece que não é um sonho, é um direito, é um dever e um respeito ao povo. Ao povo que os sustenta, ao torcedor que sofre, segura a barra e mantém a vida farta de muitos destes agentes secretos, em grande número que pulverizam e contaminam de vícios as novas gerações e constelações de estrelas que impedem de nascer. No futebol e até em outros esportes.

É isso aí!



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