É, meus amigos, parece piada, mas é verdade. Tá tudo
diferente e complicado. E começo logo minha crônica lembrando à imensa torcida
de Vasco, Fluminense e Botafogo que os 3 já são, sim, clubes pequenos. Os clubes
se comportam como pequenos, quase sem existência social, trabalham e jogam como
pequenos. E pequenos mal organizados. Porque, antigamente, vários clubes de
menor expressão conseguiam resultados e formavam times até melhores do que
esses que vocês veem. Só não tinham essa torcida que os mencionados têm. Outra
coisa que não é igual é em orçamento. Mas, aí eu não sei o que é pior. Se é ser
um clube pobre ou um clube “rico” com dívidas acima de 200, 300 milhões.
O Flamengo foge um pouco a essa regra porque nas duas
últimas temporadas, valendo-se de sua boa renovação de base, conseguiu montar
algumas equipes de bom valor e hoje poderia estar até melhor se tivesse
planejado com um pouco mais de inteligência a saída de Vinicius Junior e a
interrupção da Copa. Mesmo assim, o clube da Gávea ainda tem elenco e condições
de levar parte de sua multidão de torcedores aos estádios de todo o Brasil. Já
os que citei, os “pequenos” do Rio, não.
Até o Vasco caiu muito em matéria de torcida a nível
nacional. Há quantos anos Vasco, Botafogo e Fluminense não formam um time bom e
competitivo, com uma direção organizada e livre de escândalos? Por isso que
hoje Palmeiras, Santos, São Paulo, Corinthians, Cruzeiro, Internacional, Grêmio,
os times chamados de ponta do nosso futebol, são, sim, favoritos sempre que
enfrentam os 3 cariocas que se apequenaram.
Ontem, então, como ilustrado na foto, o jogo Vasco X
Flamengo foi emocionante, sim. Mas por duas razões. Por ser disputado fora de
sua capital de origem, para torcedores que esperam de tempos em tempos ver o
seu clube de coração atuar em seu estado. E ser recheado de emoções, só que oriunda
de erros. Se você reparar bem, a emoção que você tem visto nesses jogos acontece
por falhas ridículas, bisonhas, terríveis que redundam em lances de perigo ou
gols, que nascem de erros gritantes e não da qualidade de criação de seus jogadores.
Isso quando não é pior, como ontem no clássico mal
programado para um sábado, entre Vasco X Flamengo, e em Brasília, assistir a
jogadas típicas de UFC, como a que protagonizou o zagueiro Luiz Gustavo sobre o
meia vascaíno Bruno Silva, colocando a vida do colega de time em risco por uma
pixotada sem precedentes e explicação. Antes ele já havia feito um golaço pelo
Flamengo, contra suas próprias redes, por absoluta falta de técnica e domínio
de fundamento.
Sobre as outras partidas dos outros clubes, de outros
estados, como Santos X São Paulo, que marcaram a 25ª rodada desse estranho e
embolado Campeonato Brasileiro, ameaças, invasões de campo, jogadas violentas
como a de Bruno Alves, do São Paulo, sobre Rodrygo, do Santos, que o árbitro
vergonhosamente deu cartão amarelo quando devia expulsá-lo imediatamente.
É isso. Eu lamento ter de passar a vocês uma imagem
negativa do futebol brasileiro, como fiz na coluna anterior em relação aos
amistosos da seleção contra Estados Unidos e El Salvador e faço agora sobre o
futebol jogado no Brasil. Perdoem-me, mas isso não é futebol brasileiro. Nunca
foi.
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