domingo, 25 de novembro de 2018

O CONFLITO NA LIBERTADORES E O TÍTULO DO PALMEIRAS




Vamos por ordem de assuntos: a polêmica e conflituosa decisão adiada - não se sabe para quando - da Copa Libertadores entre River Plate e Boca Jrs. Muito se pergunta: por que aconteceu isso? Quem são os culpados? Dava pena ver a expressão dos torcedores do River Plate ao deixarem o estádio, surpresos após tanto aperto, sofrimento e informações contraditórias. A todo instante chegavam notícias confirmando ou desmentindo a realização da partida. Acharam pouco o desrespeito com o torcedor.

Muitos podem afirmar: “Ah, mas a culpa foi dos torcedores do River Plate que iniciaram a confusão.”. Olhem, por favor: culpem o que quiserem, menos o torcedor. O que aconteceu fora do estádio, dando início à confusão, com pedradas e selvageria de parte dos torcedores do River, poderia acontecer do lado adversário e em outras partidas sob responsabilidade da Conmebol. Ela é inexistente. Uma instituição com pífias atuações no passado e um presente vergonhoso representando o futebol sulamericano. Vamos aos erros e omissões por ela cometidos:

Sob sua organização, permitiu que o ônibus do Boca tivesse aproximação com a torcida adversária. Mesmo não havendo agressão por parte dos selvagens do River, era no mínimo temerário a delegação passar na frente da torcida de seu rival em meio a momentos que antecediam uma decisão inédita e uma Argentina e um mundo tão violentos. 

Depois, o absurdo, já cometido na partida anterior, em dividir as torcidas de modo único. Boca no primeiro jogo e River no segundo. Não há questão de segurança que justifique essa medida. O policiamento foi feito para isso. E existem várias medidas preventivas que propiciam a divisão das torcidas adversárias. Só isso já basta para medir a mediocridade dos dirigentes da Conmebol. 

Mesmo assim ainda se deram ao luxo de cometer barbaridades com troca de informações e comunicados vagos e desprovidos de poder decisório, levando a uma insegurança e dúvida que atingia até setores da imprensa mais afastados. Não havia quem não ficasse confuso com aquele circo de horrores que era pra estar fervendo de esportividade, com alegria de uns e tristeza de outros, mas com a prevalência absoluta do futebol.

Vamos aguardar os próximos capítulos dessa novela que só faz denegrir e manchar o futebol sulamericano.

Quanto ao Palmeiras, há pelo menos umas 7 ou 8 rodadas, já parecia trazer a faixa no peito. Um clube rico, com estrutura, um elenco de fazer inveja a muitos clubes brasileiros, só encontrando páreo e alguma dificuldade, a meu ver, no Cruzeiro e no Flamengo, que chegaram onde podiam. Ou seja, um decacampeonato que se desenhou nos últimos 2 meses. Uma equipe bem postada, com 5 ou 6 excelentes valores individuais, bons jogadores de reposição, um estádio próprio e força política. 

Enquanto o Palmeiras ganhava força no torneio, Flamengo, Inter e São Paulo, àquela altura favoritos, iam largando os pedaços, perdendo o gás no quarto final da competição. Hora por interesses financeiros, hora por não conseguirem lidar com o calendário criminoso do futebol brasileiro, ou, no caso do São Paulo, ainda em formação e renovação de glórias passadas. Extremamente justo o título do Palmeiras pela vantagem que leva nos aspectos que abordei e pelo clube forte e bem estruturado que é.

As emoções que sobram para o que chamei várias vezes de um dos piores campeonatos brasileiros que já vi na minha vida, e reitero a afirmação, são as emoções negativas e melancólicas dos que estão por cair, que são: Ceará, Fluminense, Vasco, Chapecoense, América MG e Sport (Paraná e Vitória já estão rebaixados). Não tenho a menor ideia de quem serão os “premiados” com a Série B em 2019. Acho apenas que, pela campanha que fez até aqui, o Ceará é o que menos merece entre os candidatos. O time do Nordeste ainda conseguiu uma recuperação extraordinária, saindo há 2 meses da última posição e estando hoje na 13º, a 1 ponto da permanência. Os demais citados foram e são um vexame só. Com honras especiais a um time que fez questão de incluir-se neste hall da tristeza nas últimas rodadas: o Fluminense.

Amigos, até o capítulo final!

3 comentários:

  1. Sobre a fina da Libertadores, além de favorecimento claro ao River, me parece também que existe interesse financeiro. Acha que a Conmebol não vai morder uma boa fatia, levando essa final pro Catar? Por que não realizar o jogo na Argentina mesmo, com ou sem portões fechados? De fato, pecaram no desleixo quanto ao isolamento dos torcedores locais. A essa altura do campeonato, não cabe pagar de ingênuo achando que não haveria problema algum.

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    1. Não creio, amigo Ernesto. Ela não teria como saber que ocorreria aquele conflito no dia do jogo. Ela pode, sim, ter se aproveitado dele para criar um clima favorável a seus interesses. Obrigado! Abraços

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  2. Não creio, amigo Ernesto. Ela não teria como saber que ocorreria aquele conflito no dia do jogo. Ela pode, sim, ter se aproveitado dele para criar um clima favorável a seus interesses. Obrigado! Abraços

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