domingo, 19 de maio de 2019

O QUE ESPERAR DA COPA AMÉRICA 2019?


Deixando pra falar do meu favorito mais adiante, eu creio que o torcedor não deve esperar muitas novidades em termos táticos, em novas estratégias. Há sempre uma esperança de novos valores surgirem e nos surpreenderem. Mas a realidade aponta para outro lado. Os poucos valores que existem na América do Sul no momento jogam foram dela. E é sempre bom lembrar que por razões culturais, tradicionais e econômicas a Copa América nunca teve o mesmo apelo e a mesma importância mundial que Eurocopa.

Se o torcedor brasileiro, chileno ou argentino puxar pela memória vai ter dificuldade em encontrar uma Copa América que tenha encantado em cheio a todos. Há uma característica também de uma rivalidade que vai além das quatro linhas. Em alguns casos, o torneio vira uma batalha, uma guerra.  Por isso sempre defendi a presença de árbitros europeus nessa competição. Há um envolvimento muito forte dos juízes do continente sul-americano com os países que jogam a competição. Tanto na parte disciplinar, como técnica, a arbitragem sempre vira polêmica.

Sobre os países e suas equipes, a que mais me chama a atenção é a Argentina. Mais por razões de qualidade do que de favorita, a seleção comandada por Lionel Scaloni tenta se encontrar. Após a Copa de 2014 o futebol da seleção argentina vem numa queda muito grande. E não houve um trabalho de renovação que tenha dado às caras por enquanto. O futebol argentino ainda não encontrou seu melhor jogo. Está muito longe dele.

E muito diferente pode ser o Uruguai, com a limitação de sua força a Suarez e Cavani, e isso já há algum tempo. A diferença entre os dois países é que o futebol uruguaio está acima no momento do argentino e o país se transforma normalmente quando disputa esse torneio. Mas também vejo uma queda acentuada no futebol uruguaio.

Como não é diferente o chileno, que há menos de 5 anos tinha montado uma seleção forte e competitiva, com alguns bons valores individuais como Vidal, Sanchez, Vargas, entre outros. E a Colômbia de James Rodriguez, que teve uma participação razoável na última Copa da Rússia, irá conseguir o mesmo conjunto e as fortes variações ofensivas que teve na Copa de 2014, onde foi mais eficaz? As demais seleções para mim são zebras. Podem ter melhorado aqui ou ali, piorado nisso ou naquilo, mas as defino como zebras. Falta tradição, desenvolvimento de jogo e de um trabalho mais bem estruturado.

Chegando ao Brasil, que considero o favorito, mais pelo fato de jogar em casa e de ter uma qualidade técnica, no momento, ligeiramente acima dos demais. Estrelas mesmo são Coutinho e Neymar. No mais, temos um excelente goleiro, um meia razoável, Paquetá, um centroavante de força, Richarlisson, e um atacante de alta velocidade, como Everton. Na parte defensiva, uma zaga bem aquém da que o Brasil já apresentou e convocações equivocadas, como de hábito.

Tite esqueceu Lucas, esqueceu Everton Ribeiro, do Flamengo (pra mim no momento o melhor meia do mundo), abriu mão de Dedé, enfim, Tite não quis olhar, como sempre faz e fazem os treinadores da seleção brasileira, com bons olhos para os jogadores que atuam no Brasil. Os motivos que levam a isso são razões obscuras que prefiro não comentar. Prefiro dizer mesmo que continuo achando que nem esse time está à altura da camisa da seleção brasileira e nem Tite de conduzi-lo. O tempo vai tirar essa dúvida.

Uma boa semana a todos!

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