A foto retrata um dos absurdos que têm se tornado habitual
nos jogos no Brasil e também no exterior. O problema não é só disciplinar. A
primeira impressão é que naturalmente tem que ser coibido pela arbitragem
entradas e jogadas violentas e algumas vezes criminosas.
Mas o problema já vem dos próprios clubes e suas
propostas de jogo. A ordem é ganhar o jogo a qualquer preço. Disputar um lance
e levar vantagem a qualquer custo. A técnica do desarme deixou de existir.
Raríssimos jogadores, sejam do sistema defensivo ou ofensivo, disputam uma
jogada visando única e exclusivamente a bola.
O torcedor, é lógico, faz a sua parte. Torce, reza, pede
e cobra raça, quando também incluído nesse clima não comparece ao aeroporto
para recepcionar seu time com agressões e ofensas, como foi o caso, por exemplo,
da delegação vascaína ao desembarcar no aeroporto de Manaus para a partida
contra o Corinthians pelo Campeonato Brasileiro.
Chega a ser impensável imaginar uma cena dessas por parte
de um jogador profissional, que agrediu fisicamente um torcedor local de seu
clube após não suportar as ofensas que ouviu. O mando de campo, meus amigos,
era do Vasco da Gama do Rio de Janeiro. E ele foi jogar a cerca de 3 mil km de
distância de sua torcida local. E, mesmo assim, o ódio chegou até lá, quando
devia ser motivo de festa para a torcida vascaína do Amazonas.
Mas isso não é privilégio do Vasco ou do Corinthians.
Todos os times têm o mesmo cardápio. Ele é elaborado nos treinamentos da
semana, faz parte da linguagem dos jogadores dentro de campo e da cobrança de
técnicos e comissão técnica. Já é equipamento dos massagistas e departamento
médico das equipes toucas de natação devido aos constantes choques
violentíssimos dentro de campo.
Sinceramente, espero estar equivocado, mas não vai demorar
e alguém virá a óbito pela razão mais idiota, que envolve uma simples disputa
de bola. A maioria delas longe de ser decisiva. As zagas, no futebol brasileiro
e mundial, perderam mais que os outros setores de uma equipe. Você conta nos
dedos os defensores que têm alguma qualidade técnica e bons recursos técnicos.
Podem argumentar que futebol é um jogo de contato. Evidente que sim e acidentes
e tragédias acontecem. Mas, justo por isso se chamam acidentes.
De imediato, tanto pela preservação da qualidade do jogo,
como da integridade física dos jogadores, que os cartolas tenham algum bom
senso, se é que é possível terem, e se reúnam cobrando punições rigorosas selecionando
a reincidência dos jogadores envolvidos nesses episódios até que a coisa se
acalme um pouco e todos passem a entender que ser competitivo está muito longe
de ser violento.
Boa semana a todos!
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