Tenho visto, apesar da intensidade desnecessária e desmedida,
alguns jogos do Campeonato Brasileiro de razoável nível técnico, com uma
pequena melhora de qualidade. Mas, infelizmente, muitas partidas têm sido
prejudicadas e seu andamento comprometido por um vilão tecnológico que está
aparecendo mais do que os jogadores e o futebol: o VAR.
Ao menos no Brasil, ele está complicando e não ajudando a
solucionar dúvidas e polêmicas. Acontece um lance de gol, por exemplo, e, às
vezes, mais de 1 minuto depois, o juiz é comunicado da necessidade de validar
ou não a jogada. Isso é uma decepção para a torcida e os próprios jogadores.
Para citar um exemplo, ontem, no jogo Fluminense X Botafogo, quando o placar era
de 1 x 0 para o Botafogo, o zagueiro Matheus Ferraz aproveitou um rebote e
empatou a partida. O zagueiro comemorou e, já no seu campo de defesa, se
posicionado para aguardar a saída, ainda eufórico, levou aquela ducha de água
fria. Embora o lance tenha sido irregular, de fato, na jogada anterior o
atacante Pedro estava impedido, a decisão foi tomada pra lá de tardiamente.
Isso tem acontecido sistematicamente em várias partidas, travando o jogo por
vários minutos e ainda conseguindo produzir erros de interpretação. Sinceramente,
já começo a sentir saudades do velho trio de arbitragem com autoridade total.
O instrumento é para desfazer dúvidas. Se o juiz da partida
é soberano, não podem haver dúvidas. Nesse caso, é melhor que nem se discuta
com o juiz de campo. Se a equipe do VAR apontar a irregularidade, basta o juiz
segui-la, sem contestar. O futebol é um jogo de várias e várias nuances. Por
mais que a tecnologia dê flagrante na jogada, há de acontecer equívocos. Um
deles parte da própria mídia especializada que insiste ao reproduzir um lance julgando
pelo ponto de vista eletrônico, via câmera. Não existe como você acompanhar o “close”
eletrônico, o “stop” da máquina diante do dinamismo de um jogo de futebol. E,
pior, muitas vezes considerando um lance de impedimento, por exemplo, com a imagem
congelada tendo a bola nos pés ainda do jogador que daria o passe como o princípio
da jogada, quando a regra é clara ao dizer que o julgamento do lance se dá após
a partida do passe e não com a bola ainda em poder do jogador que faz o
lançamento.
É preciso que isso seja resolvido imediatamente, porque a
proposta de um julgamento justo de determinado lance irá por água abaixo,
levando a tecnologia e tudo. Vamos deixar o futebol ser futebol.
Uma boa semana a todos e em especial um abraço afetuoso às
mães do Brasil e de todo mundo pela data de hoje!
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