Lucas Figueiredo/CBF |
Você sabe quem é? Sabe quem é o vice-presidente? E
diretores de futebol, conhece algum? Bom, creio ser meu dever informar os
nomes, pelo menos:
Presidente: Rogério Caboclo
Vice Presidente: são vários, caro leitor, como Antônio
Carlos Nunes e Fernando Sarney
Diretor de Competições: Manoel Flores
Diretoria de Projetos Estratégicos: Gustavo Perrella
Ainda há outros nomes. Talvez o mais conhecido pelo
sobrenome seja Gustavo Perrella, filho de Zezé Perrella, hoje político e
ex-Presidente do Cruzeiro.
Talvez o internauta esteja se perguntando: “Por que não
falar do belíssimo jogo que o Flamengo tem apresentado, da Copa Libertadores,
da desclassificação do Fluminense na Copa Sul-americana na última
quinta-feira...?”. Por opção minha. Porque há um desequilíbrio evidente, uma
desorganização que você não vê, além de fatos misteriosos que vem desde a época
do intocável e abominável homem “invisível” ex-Presidente da CBF chamado
Ricardo Teixeira. Aquele que disse a famosa frase em 1989: “No parking, no
business”, referindo-se ao Maracanã, quando na ocasião interpretei como uma clara
intenção de derrubar o estádio. Ele não só “destombou”, como praticamente
acabou com ele.
Nunca faltou verba, inclusive espaço de melhor acesso,
para se construir um estádio com capacidade para 60, 80 mil pessoas que
cumprisse às normas da FIFA para jogos internacionais, deixando o Maracanã com
a finalidade que nasceu: o estádio do povo, o templo do futebol, patrimônio do
Rio de Janeiro, do Brasil e do mundo.
Os que sucederam Teixeira, um permanece preso nos Estados
Unidos e o outro, Del Nero, proibido de deixar o país já que é procurado pela
Interpol. Todas as dúvidas que você, torcedor, tem levantado sobre a lisura das
competições no que diz respeito a arbitragens, tabela e alguns fatos estranhos
são de responsabilidade dos senhores que citei no início do texto.
Os intermináveis intervalos de VAR, como o que castigou a
equipe do Fluminense, não são só ação da CONMEBOL, como foi na quinta-feira: 6
minutos de paralisação com o árbitro fazendo uma visível cera e despertando
desconfiança sobre a imparcialidade de seu trabalho. A CBF tem interferência
nisso, mesmo com a competição sendo organizada pela CONMEBOL.
No Brasil tem acontecido (já falei aqui algumas vezes
sobre isso), volta e meia, o uso indiscriminado e errôneo do VAR. E pior que os
comentaristas de arbitragem das TVs praticamente nada fazem. É um outro
mistério a relação e os comprometimentos da Rede Globo de Televisão, que detém
praticamente todos os direitos de transmissão esportivas do Brasil e do
futebol, em particular, com a CBF. Você não tem a quem recorrer. O estado dos
gramados, como já disse, em geral é péssimo.
Apenas jogos que envolvem os times de massa como
Flamengo, Corinthians e Palmeiras, tem movimentado grandes públicos. A exceção
é por conta do Nordeste, que sempre teve casa cheia, mas por não ter times de
ponta, não é a praça de preferência da
Globo, por exemplo.
Focar em apenas um clube ou outro, além de desmerecer os
demais concorrentes é prova inconteste de incompetência e mediocridade. O campeonato
tem que ser o mais equilibrado possível para ser um sucesso. Mas suas decisões
são feitas nas sombras, não há representatividade da CBF, tampouco confiança do
torcedor e dos apaixonados por futebol nos órgãos como a própria CBF, as Federações
e a Justiça Desportiva no Brasil.
O campeonato segue sendo empurrado com a barriga. Se não
fosse o bom futebol jogado por quatro ou cinco equipes no país, no máximo,
tanto financeiramente, como tecnicamente, estaria entre os piores. Eu vou mais
longe: basta Flamengo e Palmeiras terem uma queda vertiginosa repentina para
você entender o que quero dizer.
Vou seguir cobrando que haja representatividade, respeito
ao torcedor e moral por parte das autoridades que dirigem o futebol brasileiro.
Com relação a Ricardo Teixeira, Del Nero e suas várias acusações de corrupção e
malfeitos, ah, meu amigo, só um “Snownden”, um “Glenn Greenwald” para exporem
ao mundo o que fizeram e fazem. Ainda.
Boa semana!
Nenhum comentário:
Postar um comentário