E como. Foi a única coisa que a FIFA conseguiu bolar, de
uns anos pra cá, que trouxe benefícios ao futebol. Tanto no aspecto geográfico
para que os campeões dos continentes tenham uma noção mais precisa do que irão
encontrar em termos de clima, ambientação... Como para ter uma ideia de como
estão jogando seus adversários.
Aí o leitor argumenta que o Brasil está fora da
competição e nas últimas três edições a venceu e não levou o título mundial no
ano seguinte. Isso não significa nada. No caso das vitórias que não se
repetiram na Copa seguinte, não se esqueça que o futebol muda muito de um ano
pro outro. E isso tem de constar no planejamento da comissão técnica de uma
seleção.
No caso, por exemplo, da última Copa das Confederações,
no Brasil, a seleção praticamente massacrou a Espanha, até então campeã do
mundo, jogando um futebol altamente vistoso e competitivo. Ocorre que a Espanha
teve seu auge em 2010. Aquela geração já começava a cair. E nossa seleção não
foi devidamente testada nas eliminatórias e vinha de uma irregularidade muito
grande. Tanto que na goleada, no Maracanã, contra a Espanha, o mundo viu com
grande surpresa o resultado. E começou a considerar o Brasil favorito, além de
tudo, por jogar em casa. Ocorre que outros problemas extracampo influíram
decisivamente na queda e no trabalho do comando da seleção do trágico 7 X 1.
Vai fazer muita falta não termos jogado essa Copa das
Confederações. Considerando que dos últimos 30 jogos que a seleção fez de 2014
pra cá, mais de 20 foram contra seleções sul-americanas. Isso pode fazer uma
diferença brutal na Rússia, ano que vem. A seleção de Tite que você vê hoje
pode estar bem diferente ano que vem. É conferir.
Em termos de surpresas e novidades na atual edição da
Copa das Confederações, apenas a boa competitividade do México e creio que a ascensão
definitiva de Portugal. As demais seleções como Alemanha e a própria dona da
casa, a Rússia, no meu entender ainda estão procurando a melhor formação.
Uma nota sobre Grêmio 0 X 1 Corinthians
No jogo da rodada dos líderes, considerados os melhores
times do Brasileirão até aqui, quero destacar dois detalhes na vitória do Corinthians,
em Porto Alegre. O primeiro é que em má fase há mais de 1 ano o goleiro Cassio
do Corinthians voltou a encontrar seu bom momento. Já Grohe, do Grêmio, há um
bom tempo não repete suas boas atuações do ano passado. E no meu entender os
goleiros fizeram a diferença nesse clássico.
E faço questão de lembrar que Renato Gaúcho e Espinosa,
que trabalham juntos no comando do Grêmio, tinham dificuldade, ambos quando
dirigiram o Fluminense, em resolver seus problemas de goleiros. Espinosa, em
2000, com Murilo, e Renato com Fernando Henrique, na ocasião do Brasileiro e da
Libertadores em 2007/2008. Precisam de melhor assessoria de treinadores de
goleiros com urgência.
E em relação ao Corinthians, pode não estar jogando um
futebol de alto nível e tão bonito como o Grêmio, mas sai para o ataque com
muita velocidade e se fecha com a mesma rapidez. É sim um time bem treinado. E
Jô, para mim um centroavante de razoável a fraco, também passa por um momento
feliz.
Vamos aguardar, porque é muito cedo para apontar um
favorito. A não ser para um descenso, que pelo desenho da impressão de tentar
arrastar Avaí e Atlético Goianiense.
É isso aí! Uma boa semana a todos!