Bem, começando pelo extraordinário Iniesta. Acho até
desnecessário exaltar suas qualidades técnicas e lembrar sua trajetória até os
dias de hoje. Penso que o mais importante é destacar o exemplo que ele está
dando ao futebol. Principalmente a aqueles que creem que para executar uma função
de meio campo basta preparo físico e correria. O meio campo de todo time é e
sempre será o coração de uma equipe. E pra jogar ali você tem que ter muita
qualidade, muito cérebro pensante. Além de boa presença de espírito e
conhecimento para alertar e orientar seus companheiros. Temos vários exemplos
que comprovam o que estou dizendo.
E hoje, perto do final de sua carreira, a impressão é que
Iniesta consegue ficar a cada dia melhor. Chega à área fazendo gols lindos,
finalizando com alta classe. Torço muito para que o exemplo dele continue vivo
e revolucione a cabeça de muitos treinadores e muita gente ligada ao esporte
que consideram o meio de campo apenas um corredor entre a defesa e o ataque, sem
maiores exigências técnicas, de liderança e criatividade.
Passando a outro meia, este mais ofensivo, que não foi
menos brilhante do que Iniesta nas quatro linhas, para mim um dos maiores
jogadores, senão o maior, que já vi atuar no futebol francês, e que hoje dá
sequência como treinador do Real Madrid ao que fez no passado com a bola nos
pés. Entre tantos exemplos que já deu de comando e de acerto com o Real, ontem,
na goleada de 4 X 1 sobre a Juventus, na final da Liga dos Campeões, eles
ficaram mais do que evidentes.
Depois de um primeiro tempo equilibrado, que terminou
empatado, onde o gol mais bonito dos cinco da partida foi o de Mandzukic, tanto
pela finalização, quanto pela tabela de primeira, criando a jogada que o
determinou, Zidane teve a percepção correta do que era necessário fazer no
intervalo. Invertendo a marcação, apertando ainda mais a chegada de Casemiro
sobre Dybala, adiantando um pouco mais suas linhas e mantendo uma sobra para
não perder o equilíbrio defensivo, dava gosto de ver o Real ir de minuto a
minuto dominando a Juventus. Os gols foram apenas consequência desse domínio.
Triangulações, bolas de pé em pé, todas rasteiras, sem um
passe alçado, cruzamentos conscientes, jogadas rápidas, mas feitas com coordenação
e técnica, mostrando um excelente conjunto, aliado a quatro ou cinco jogadores
de alto nível, individualmente falando. Não havia como deter o Real Madrid.
Jogando certinho e subindo de produção chegou com justiça aos 4 X 1 por sua
maior capacidade técnica e de jogo, provando sua superioridade sobre a
Juventus.
Festa na Espanha e feliz do torcedor espanhol que torce
para o Real Madrid que tem um elenco com Cristiano Ronaldo, Toni Kross, Modric,
Marcelo e outros, comandados por um treinador chamado Zinedine Zidane.
Discreto, profundo conhecedor do futebol e iluminado.
Boa semana!
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