Empate no jogo das maiores massas. Corinthians e
Flamengo. Pode parecer exagero, mas os números não são meus, são de
estatísticas oficiais e eu até concordo com elas. Pena não jogarem em um estádio
de capacidade maior. O próprio Morumbi do passado, que recebia cerca de 90 mil,
provavelmente encheria no jogo de hoje. Mas, como a ordem é casa cheia em
estádio pequeno, pra facilitar segurança e quem transmite usar e abusar de suas
técnicas de imagem, naturalmente fica mais fácil.
Quanto ao jogo, já escrevi outro dia sobre o Corinthians,
enaltecendo seu trabalho e sua força de equipe, principalmente no aspecto
competitivo. Embora nos últimos jogos tenha havido uma queda no predomínio, o
timão ainda é o time a ser batido e secado por muitos neste Brasileiro 2017. Já
no início o Corinthians saiu dando as cartas e com maior desenvoltura, levava
mais perigo ao Flamengo. No primeiro lance polêmico, foi prejudicado pelo
bandeira e árbitro, ao anotarem um impedimento inexistente de Jô. Esse tipo de
erro, proposital ou não, de um braço à frente, uma perna, um cotovelo, tem que
ser resolvido pela FIFA. Enquanto não for, vamos passar por situações ridículas
como a que estamos vendo, de juízes constantemente voltando atrás ou errando
por causa de 10, 20 centímetros. Não dá pra acompanhar. Há cerca de 40 anos, na
mesma linha era impedimento. Hoje não é. Já está na hora de decidirem por pelo
menos um corpo à frente pra configurar impedimento. Travar a câmera e dizer que
o nariz do zagueiro ou do atacante estava adiantado é demais. Quando não é
coisa pior.
Bom, de toda forma, o Corinthians seguiu melhor, e em
mais uma jogada lenta de cobertura da zaga do Flamengo, Jô ganhou na
velocidade, o que não é seu forte, e dando um chute defensável, apesar de
cruzado e rasteiro, abriu o placar. O jogo seguiu arrastado até o segundo
tempo. O Flamengo voltou melhor, com Éverton Ribeiro cavando muitas jogadas
pelo lado direito que não eram aproveitadas porque o time alçava as bolas na
área, por falta de espaço de penetração.
Foi aí que o goleiro Cássio começou a se destacar e em 2 ou 3 ocasiões, como
numa cabeçada de Juan, salvou o timão do empate. Já a esta altura Guerrero
prejudicava as ações ofensivas do Flamengo, preguiçoso e se deixando marcar
entre a zaga Corintiana, anulava a força de finalização do time. Acertadamente,
o injustamente perseguido Zé Ricardo, técnico do Fla, fez entrar Berrío e
inverteu Éverton Ribeiro pela canhota, abrindo as jogadas nas duas extremas e
conseguindo levar mais perigo. Apesar de Berrío não ser habilidoso e o
rendimento de Diego estar começando a declinar, era a opção correta. Tanto que o Fla
passou a dominar, chegando a um empate numa conclusão oportuna do zagueiro
Réver. Agiu certo Zé Ricardo em segurar a promessa Vinícius Jr. Mesmo ele
entrando e dando seu cartão de visitas, numa jogada que Cássio interceptou e
que poderia levar o Fla à vitória, ele ainda está crescendo. E não se deve
jogar a responsabilidade de decidir um jogo desse porte num garoto.
O Fla poderia ter saído de São Paulo com 3 pontos valiosíssimos se Diego não fizesse o inesperado, concluísse mal uma tabela muito bem articulada, sozinho frente a Cássio. Aos que gostam de chamar a “bola do jogo”, esta foi a bola do jogo. O Corinthians ainda conseguiu pertinho do fim, o seu único lance de perigo no 2º tempo com um chute de Jô e desta vez Diego Alves, atento e com rapidez, evitou a vitória do rival. Daí pra frente foi só lamento para os rubro-negros que perderam a chance de sair com 3 pontos num dia em que Guerrero parecia de mal com a vida. E pelo Corinthians, alívio pela invencibilidade, que não é por acaso, e a manutenção de uma vantagem confortável no campeonato.
Em tempo: mais uma tragédia no âmbito do futebol. Tivemos a perda lamentável de Perivaldo, quem lembra bem, teve seu momento de estrelato na Copa do Mundo de 86, e nos deixou essa semana, e outra indireta, envolvendo a morte do filho mais novo do treinador Abel Braga, forçando o adiamento do jogo entre Fluminense x Ponte Preta. Que os dois estejam no andar de cima e em paz. E que Deus dê força a seus familiares.
Boa Semana!
Foto: Gilvan de Souza/Flamengo/ Globoesporte
O Fla poderia ter saído de São Paulo com 3 pontos valiosíssimos se Diego não fizesse o inesperado, concluísse mal uma tabela muito bem articulada, sozinho frente a Cássio. Aos que gostam de chamar a “bola do jogo”, esta foi a bola do jogo. O Corinthians ainda conseguiu pertinho do fim, o seu único lance de perigo no 2º tempo com um chute de Jô e desta vez Diego Alves, atento e com rapidez, evitou a vitória do rival. Daí pra frente foi só lamento para os rubro-negros que perderam a chance de sair com 3 pontos num dia em que Guerrero parecia de mal com a vida. E pelo Corinthians, alívio pela invencibilidade, que não é por acaso, e a manutenção de uma vantagem confortável no campeonato.
Em tempo: mais uma tragédia no âmbito do futebol. Tivemos a perda lamentável de Perivaldo, quem lembra bem, teve seu momento de estrelato na Copa do Mundo de 86, e nos deixou essa semana, e outra indireta, envolvendo a morte do filho mais novo do treinador Abel Braga, forçando o adiamento do jogo entre Fluminense x Ponte Preta. Que os dois estejam no andar de cima e em paz. E que Deus dê força a seus familiares.
Boa Semana!
Foto: Gilvan de Souza/Flamengo/ Globoesporte