Não posso deixar de falar sobre o que acaba de acontecer no
ex-clássico dos milhões, como era apelidado, Vasco e Flamengo, em São Januário,
neste 08/07/2017. Muita gente pode estar surpresa, mas é muita inocência estar
surpreso, como também é um erro grosseiro achar que isso é privilégio do Rio de
Janeiro. Aconteceu hoje no Sul, já houve
em São Paulo e até no Nordeste.
Esperavam um jogo normal? Disputado lealmente e quem sabe,
com troca de camisas e gentileza, de parte a parte, com qualquer resultado ao fim
do espetáculo? Evidente que é sonho. É impossível! E alienação pensar assim. O
que você espera de um país sem governo, vivendo um golpe de estado covarde,
ceifando os direitos do povo com políticos e juízes vendidos, atirados na lama
e jogando no lixo a credibilidade e a imagem de um país como o Brasil? Não está
refletindo no futebol. Já estava. Achar que o que está havendo no país não
motiva o que aconteceu é ingenuidade. Se esse jogo, no Maracanã, possivelmente
seria alvo de conflitos, por maior que fosse o policiamento, imagine no estádio
do Vasco, em São Januário. Quando o jogo foi marcado, apareceram STJD ou a
mídia para impedir e alertar a possibilidade de conflitos sangrentos? Ninguém
imaginou o pior?
Há anos colocavam Ricardo Teixeira e João Havelange como
ícones da moralidade do futebol brasileiro e até mundial. Ricardo Teixeira,
então, tinha pretensões de ser presidente da Fifa. Pois bem, descobriu-se a
corrupção pesada do inexpugnável João Havelange, depois a do Teixeira, depois
veio a do Marin, hoje em prisão domiciliar nos Estados Unidos, e entre tantos
outros temos um presidente que comanda o futebol brasileiro tão corrupto e
acusado de ilicitudes que não pode deixar o Brasil, senão é preso pela
Interpol. O que você esperava disso? O que você esperava que acontecesse quando,
diabolicamente, “destombaram” o Maracanã, passando por cima das leis e da maior
cultura do povo do estado e do Brasil? Derrubando e refazendo o templo do futebol
como uma arena particular.
O estádio de São Januário era o estádio número 1 do Rio no
passado, com capacidade acima de 40.000 espectadores. Abrigava clássicos e
jogos da seleção brasileira inclusive, mas, numa época e com uma sociedade que
não vivia uma convulsão social e o limite da loucura como esta. E hoje,
ultrapassaram o limite da loucura, marcando um jogo entre os dois maiores
rivais do futebol do Rio de Janeiro, num estádio onde sua própria torcida já
vive uma violenta cisão contra seu presidente, Eurico Miranda. A CBF? Ora, não
é ela que está lá levando tiro da PM, órgão não menos apodrecido neste momento
ímpar de tristeza e destruição em que vivem todas as instituições e setores da
vida pública do Brasil e do Rio de Janeiro, dentro de um estado de calamidade
pública. Bom frisar que antes de mergulharmos neste período negro da história, ou seja, o golpe, há anos vinham acontecendo conflitos e tragédias maiores ou menores, por razões sociais variadas, muito extensas para se dissecar aqui. Grande parte dos torcedores já viraram bandidos e criminosos há muitos anos.
Não vejam como ato isolado. O campeonato não tem sido ordeiro. A violência não é de hoje e o esporte, no caso o futebol, que reúne massas, naturalmente é vulnerável e terreno fértil para o espetáculo de vandalismo e fim de festa que a cidade e o país presenciaram hoje.
“Parabéns”, presidente ilegítimo do Brasil!
“Parabéns”, forças de segurança!
“Parabéns”, deputados, senadores etc!
“Parabéns”, dirigentes e CBF e outros setores da vida pública do Brasil e do estado!
Não vejam como ato isolado. O campeonato não tem sido ordeiro. A violência não é de hoje e o esporte, no caso o futebol, que reúne massas, naturalmente é vulnerável e terreno fértil para o espetáculo de vandalismo e fim de festa que a cidade e o país presenciaram hoje.
“Parabéns”, presidente ilegítimo do Brasil!
“Parabéns”, forças de segurança!
“Parabéns”, deputados, senadores etc!
“Parabéns”, dirigentes e CBF e outros setores da vida pública do Brasil e do estado!
Nenhum comentário:
Postar um comentário