Com a Arena do Corinthians abarrotada de torcedores (que
fique frisado: não me acostumei até hoje com essa estranha denominação de “Arena”)
houve emoção do início ao fim do clássico paulista.
Outra coisa que vejo com estranheza também, além de
tantas que já são consideradas naturais, que os jogadores de hoje preferem
dizer “faz parte”, foi o reencontro do timão com o Campeonato Brasileiro. Já a
alguns jogos o Corinthians parecia afastado das boas atuações do primeiro turno.
Enquanto perdia ou empatava, seus adversários diretos, por coincidência ou não,
Santos, Grêmio e o próprio Palmeiras, não aproveitavam a vantagem.
Embora o jogo do Corinthians não tenha sido tão seguro e
eficiente como no 1º turno, hoje foi melhor que as atuações que vem tendo no 2,
do qual chegou a ser uma das piores campanhas. O Palmeiras na maioria das vezes
não conseguia acompanhar as jogadas ofensivas e velozes. O ritmo imprimido pelo
Corinthians era muito forte. Mesmo assim precisou de uma ajuda, também estranha,
do musculoso árbitro Anderson Daronco e do bandeira Elio Nepomuceno em um impedimento
claro no primeiro gol e, a meu ver, em um pênalti inexiste, no terceiro.
Mesmo tendo recuperado um pouco de sua qualidade de jogo
na metade do primeiro tempo o Palmeiras não teve força para lidar com esse
revés. De bom para o torcedor palmeirense fica a imagem da luta pelo empate até
depois do 50º minuto do 2º tempo. O que terá acontecido com o Corinthians, que
resolveu voltar a jogar bem, sinceramente eu não sei. Também não adianta falar
sobre a CBF e a direção do Campeonato Brasileiro. Qualquer torcedor com alguma
experiência percebe que existe algo de errado nesta competição.
Ainda falando deste campeonato, dos jogos que você pode
ter a certeza que são disputados com a seriedade necessária, a de se lembrar a
quantidade de erros nos sistemas defensivos. Zagueiros seguem marcando a bola e
não o adversário. E o desarme normalmente só através do carrinho. Os goleiros,
apesar de irem bem na maioria dos clubes, não aproveitam o sistemático jogo
aéreo para saírem mais do gol ao invés de contarem com os cortes de suas zagas.
Os meias erram passes de 2, 3 metros, quase sempre por precipitação e por não
olharem a jogada. Os atacantes... Meu Deus! Haja falta de técnica e pontaria. Ao
invés de tirarem a bola do goleiro, concluem quase sempre nas nuvens ou em cima
dos próprios goleiros, mesmo absolutamente sós nas jogadas.
Por fim, excetuando os grandes chutadores do futebol
brasileiro, como Pepe, Rivelino, Nelinho, Marcelinho etc, o aproveitamento de
chutes de fora da área é lamentável. E esse problema não se dá devido à falta
de tempo no treinamento. O problema é antigo. Se dá por falta de atenção e
repetição desta jogada, hoje mais importante que nunca, diante dos bloqueios
defensivos.
Uma boa semana!
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