O tempo vem avisando aos Italianos e fãs de seu futebol. As
últimas seleções montadas, como a de 2014, tiveram performance abaixo da
crítica. Nomes novos, revelações... praticamente nenhuma. Um fastio, digamos
assim, de novos valores, e um trabalho de renovação que se existiu, foi muito
abaixo do esperado. Já há um bom tempo a Itália vem jogando em cima da fama que
construiu no passado, na tradição de sua camisa. O resultado está aí. Os
campeonatos Italianos também cansaram de dar sinais de fadiga e mau futebol. As
grandes equipes italianas, famosas no mundo inteiro, jogando um futebol pálido
e medíocre por muitas vezes. Se eu perguntar ao leitor qual foi o último grande
centroavante Italiano ou pelo menos o último artilheiro da Itália, você vai ter
que recorrer a uma boa memória. A seleção Sueca de nível apenas razoável, fez o
seu papel. Sua maior determinação e organização lhe deram, com toda justiça, a
vaga tão sonhada para a Copa da Rússia de 2018. Fez bonito em casa, vencendo por
1 a 0, e abrindo uma importante vantagem ao jogar o peso da responsabilidade
para uma escola de futebol que, apesar das conquistas e glórias de sua
história, tem lá suas dificuldades com emocional e com jogos em casa. A Itália costuma ser mais fatal fora de seus
domínios. Mas hoje não tinha jeito. Em momento algum dos 97 minutos de futebol
a Itália teve um futebol que lembrasse a Itália. Jogadores absolutamente sem
estilo e visivelmente sem qualidade. Alguns jamais poderiam vestir a camisa da
Seleção Italiana de tão fracos e amadores. Triste ver um Buffon que tanto se
esforçou e tanto ajudou a Itália, se despedir dessa forma. Um time sem rosto, um
time sem uma jogada lúcida de trama de criação ofensiva, sem explorar os extremos
do campo. Sequer uma jogada de linha de fundo. Um amontoado de camisas azuis
lutando desesperadamente contra seus próprios limites e a bravura e resistência
da seleção Sueca. Que, diga-se de passagem, também tinha vários pecados de
qualidade técnica e lucidez. Mas fez por merecer. Como disse antes, foi mais
organizada e está de parabéns. Garantiu sua vaga depois de longa ausência na
Copa da Rússia em 2018. Já a Itália, pela terceira vez (1930, 1958 e 2018) não
irá figurar com sua gloriosa Azurra nos gramados russos.
Foto: Reuters/ Max Rossi
Foto: Reuters/ Max Rossi
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