domingo, 1 de abril de 2018

A RESSURREIÇÃO DOS ESTADUAIS



Guardadas as devidas proporções, e sem comparar com os estaduais de 30, 40, até 50 anos atrás, estamos tendo algumas surpresas nestas finais de campeonatos estaduais. Rio, São Paulo, Minas e Bahia, principalmente, vão dando uma emoção que há algum tempo não se via, chegando às vezes a apresentarem um bom futebol. 

São Paulo e Corinthians fizeram partidas emocionantes com estádios lotados. Palmeiras e Corinthians também. Cruzeiro e Atlético mostrando um pouquinho da rivalidade dos velhos tempos e com algumas jogadas de boa qualidade aparecendo. Na Bahia, Bahia e Vitória fazendo jogo de casa cheia, revivendo os bons temperos do BaVi e trazendo alegria à massa. E o Rio de Janeiro, pasmem, apesar de um regulamento às avessas, trazendo às finais Flamengo, Fluminense, Botafogo e Vasco, é de certa forma surpreendente.

Abordando o Rio de Janeiro, a primeira surpresa já aconteceu durante a semana, quando o Botafogo, meio caidinho, surpreendeu o Flamengo com uma forte marcação e um senhor espírito de luta, premiado com um gol de Luiz Fernando, que quebrou a vantagem do empate rubro-negro, além de desmontar sua comissão técnica, levando o Botafogo às finais. Um dia depois, apesar do pequeno público para um jogo desta envergadura, Vasco e Fluminense, se não fizeram um jogo de alta qualidade e de poucos erros, não deixaram faltar emoção nos mais de 100 minutos jogados. 

Diante de um Fluminense mais engessado e limitado, o Vasco, com alguma experiência, ofensividade, drible e inteligência, acabou dobrando o Fluminense e chegando a um resultado nos acréscimos que poucos imaginariam: 3 x 2. Num daqueles gols decisivos que entram para história, Fabrício também levou o Vasco às finais, que começaram hoje, em mais um jogo emocionante, e novamente tendo como destaques principais, o drible, a que tenho me referido incansavelmente nos últimos tempos, que aconteceu no jogo anterior e hoje, decidindo 2 gols. Como os erros individuais defensivos. Os pragmáticos defensores do futebol força que tanto prezam por uma zaga forte e por uma marcação intransponível, precisam explicar aos esportistas porque as zagas e os zagueiros vêm falhando de forma tão acintosa e infantil. O velho erro de marcar a bola e não o jogador segue em alta.

E hoje, mais uma vez, também nos acréscimos, honrando o slogan que a torcida Vascaína criou, de que: “O Vasco é o time da virada”, Andrés Rios acertou um voleio que em mais um jogo emocionante, marcou a vitória do Vasco por 3 x 2, colocando-o em vantagem para a próxima partida final do dia 08. Eu recomendo: vale à pena, torcedor, que nesse periodozinho pré-Copa do Mundo, você acompanhe os estados que citei acima, além do futebol carioca, porque as chances de ver uma razoável qualidade técnica misturada à emoção é muito grande. Vamos acompanhar.

Uma boa semana!

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