domingo, 10 de junho de 2018

A 3 DIAS DA COPA 2018, AFINAL, QUEM SÃO OS FAVORITOS?




Pelo visto a opinião pública esportiva e a maioria dos torcedores têm em mente seus favoritos, mas, com cautela, preferem aguardar a bola rolar, assistir as primeiras rodadas. Em parte eu também estou pensando assim. Há um equilíbrio muito grande entre os habituais favoritos e isto talvez explique a incerteza. Poucos falam em alguma surpresa. Se observarmos as histórias das Copas do Mundo e seus campeões fica bem explícito.

Abro o jogo, da minha parte, para colocar os meus, mas não “o favorito”. Mas também um dos favoritos surpresa, que citei em algumas crônicas atrás. Falo da Colômbia. Provavelmente na tal bolsa de apostas não deve ser tão cotada. Pelo que vi jogar em cinco ou seis partidas, principalmente nas últimas, me chamou a atenção a maturidade, a maior força de marcação e a qualidade técnica de seus jogadores. É bom lembrar que ela esbarrou no Brasil na última Copa e foi derrotada, num 2 X 1, com muito aperto, apesar de termos uma Seleção que entrou para a história negativamente. Mas vejo a Colômbia mais coesa, mais time. E sobre o comando do excelente José Pékerman.
Aproveito até o espaço que abri tocando no nome do treinador argentino que dirige a Colômbia para deixar em dúvida o trabalho do outro escolhido para dirigir a Seleção Argentina, Sampaoli. Até o momento o técnico da Seleção Argentina não mostrou tanta interação com seu elenco. E, envolvido em polêmicas, é um ponto de interrogação. Mas, não se iludam, na Copa do Brasil o título não caiu em mãos argentinas por muito pouco. É só relembrar. Ela é, sim, a Argentina, uma das minhas favoritas ao título, juntamente com a Colômbia que já citei como surpresa, o Brasil, a Espanha, e correndo por fora, digamos, a França. Pois é, citei cindo favoritos. E mesmo assim não vejo a Alemanha muito atrás deles. Baseio-me apenas numa renovação ainda em curso, embora muito bem feita, da seleção do técnico campeão mundial, Joachim Löw.
A França é outra que vem subindo de produção desde a entrada de Deschamps. E tem uma equipe muito bem armada, veloz e mortal nos contra-ataques. A Espanha readquiriu o seu padrão de jogo e sua força de competição. Apesar de não contar mais com o excelente Del Bosque, aposta em Julen Lopetegui para reviver 2010. Portugal, de Cristiano Ronaldo, outra força que tem tudo para fazer uma excelente Copa, e até conquistar o título, por que não? Sua pouca tradição em finais talvez seja seu maior adversário. Tem na minha opinião um dos melhores técnicos da Copa, Fernando Santos. Um treinador de diálogo, avesso à correria desenfreada, experiente e que segue à frente do futebol português, com um título da Eurocopa na bagagem, apresentando um excelente trabalho e há um bom tempo no comando, o que é muito favorável.

A Rússia não foi citada, embora seja a seleção da casa, pelas grandes limitações técnicas que percebi e um pouco do que citei de Portugal, por não ser uma equipe de tradição em finais. O que mais tem a seu favor é o fato de jogar em casa. Mas não acredito na Rússia.

Deixei por último o Brasil, talvez justamente por ser para mim um ponto de interrogação. Pelo futebol que vem jogando há mais de um ano e um comando firme e bem respaldado, embora protocolar e falho em alguns jogadores escolhidos, a Seleção montada por Tite, pelo que tem jogado, poderia ser até mais cotada. Mas o peso dessa geração, que em parte ainda vai a campo, principalmente em relação à Copa passada no Brasil, traz a pulga atrás da orelha. Temos excelentes jogadores, sim, sem necessidade de citar Neymar em particular. Que, aliás, espero que desenvolva seu melhor futebol novamente, porque esses dois amistosos atestam apenas sua recuperação física e clínica. Em jogo de Copa valendo três pontos, com o contato físico maior, é bom ver para crer. Como a medicina e a ciência moderna avançaram muito nesse aspecto, deve correr tudo bem. Mas, após uma lesão grave, como foi o caso de Neymar, existem dois pontos-chaves, chamados ritmo de jogo e o inconsciente do jogador. Se superar os dois, ótimo! E ainda temos um Philippe Coutinho, exuberante jogador, Renato Augusto, William, Gabriel Jesus, Marcelo e um goleiro firme e muito bem treinado. Quem sabe daqui a uns 40 e poucos dias eu não esteja fechando a coluna semanal em verde e amarelo? Quem viver, verá.
P.S.: Dois meses. São mais de 60 dias em que a lei é violada e o ex-Presidente vive uma prisão política em seu país. A cada dia com mais indignação internacional.

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