segunda-feira, 25 de junho de 2018

ATÉ COM O VAR OS JUÍZES ERRAM


... E muito! Hoje no jogo Portugal 1 X 1 Irã, o juiz paraguaio Enrique Cáceres conseguiu a proeza de cometer dois erros contra Portugal. O primeiro no lance sem agressão ou jogada violenta de Cristiano Ronaldo, com uma rara provocação do jogador iraniano, em que não havia sentido nem a marcação da falta. E o segundo no pênalti que ele enxerga o que não existe. Nem o replay mostrando, como foi o caso do primeiro lance, ele acerta. Marca um pênalti a favor do Irã onde o jogador de Portugal, Cedric, sobe, é vencido pela altura da bola e pela impulsão de Azmoun, que cabeceia mal e a bola bate em um dos braços do jogador português, o que sequer desvia sua trajetória.

Pior, amigos, é que os nossos analistas, ex-árbitros, conseguem ser mais cegos ainda que os juízes que estão no calor da partida e vão até o monitor conferir o lance. Têm à disposição vários monitores para verem quantas vezes quiserem antes de comentar. E, mesmo assim, dizem coisas absurdas. Quem sabe por isso a arbitragem no Brasil seja uma catástrofe crônica. Ouvi rumores de pedidos de investimento para que haja VAR nos jogos no Brasil também. Curioso que o excesso de reclamação e atitudes de afronta ao árbitro, que não são passíveis de VAR, ninguém comenta. Um juiz não pode ser cercado, pressionado de forma quase agressiva por grupos onde criam um verdadeiro comitê de reclamações num espetáculo apelativo, que por vezes passa do limite. É recomendável uma dose de compreensão, sim, por se tratar de Copa do Mundo, línguas diferentes, países diferentes, quase sempre os nervos à flor da pele, mas contestação não pode ser intimidação. Em qualquer língua intimidação e má educação é cartão. Sem muito papo.

Antes de dar uma apreciada geral no momento da Copa, finalizo dizendo que não sou contra o VAR. Mas ele está sendo usado de forma errada. Não pode ser uma transferência de responsabilidade. Nem do juiz, nem do jogador. Ele deve ser usado para lances extremamente polêmicos e objetivos. Até porque futebol não é basquetebol ou voleibol. Num campo de 100 metros, em 90 minutos, você não pode parar uma partida por 2, 3 vezes ou mais, travando seu desenrolar e criando problemas físicos e técnicos para os jogadores. Além do mais, se você for usar o equipamento com correção absoluta, não faço ideia de quantos pênaltis vai marcar ao flagrar através do monitor o que acontece na grande área nas cobranças de escanteio.

Quanto aos já classificados, Uruguai, Rússia, Portugal, Espanha, França, Croácia, Inglaterra e Bélgica, merecimento da maioria e facilidade da chave para outros. Deve haver alguma surpresa até quinta-feira, quando se definem os países para as oitavas de final. O que mais preocupa, pela ordem, em matéria de risco, tradição e peso no futebol, são Argentina, Colômbia, Suécia, Alemanha, Brasil e México. Este último é o menos cotado para voltar a seu país pelo que tem jogado. Mas o futebol tem lá seus caprichos.

Encerro questionando Neymar sobre sua postura no último jogo da seleção brasileira, o que não é novidade ao longo de sua trajetória, dentro e fora de campo. É ruim para o Brasil, que passa a ter um jogador alvo de hostilidade, injustiças dentro de campo, problemas dentro da equipe ligados a seu temperamento e suas reações... Enfim, uma série de dificuldades que deixaram desde a base chegar até hoje. Nunca pedi santo ou anjinhos em futebol. Mas Neymar passa dos limites com sua falta de respeito ao torcedor, que é o grande responsável por sua fama, aos seus colegas de trabalho e a si próprio com seu mimo, suas simulações infantis, sua falta de seriedade profissional e até senso do ridículo. Ao comando técnico de uma seleção cabe observar isso e trabalhar exaustivamente pela solução antes de ser surpreendido por um cartão vermelho ou uma desclassificação oriunda de um jogador de individualismo e ego exacerbados.

Vamos em frente!

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