domingo, 26 de agosto de 2018

CAMPOS DE GRAMA SINTÉTICA NÃO


Há décadas quando alguns jogos fizeram sucesso nos Estados Unidos, no torneio bicentenário, em 1976, na contratação de astros do futebol em vias de aposentadoria como Pelé, Carlos Alberto Torres, Beckenbauer e outros, a maioria dos campos utilizados era de grama natural, embora os craques tenham jogado também em grama sintética. É uma tradição dos EUA devido ao futebol americano de origem.

Ocorre que esse futebol é totalmente diferente do futebol praticado no mundo. É outro jogo. Até então esses eventos estavam limitados ao Estados Unidos e um ou outro campo no oriente médio. No Brasil eles vieram ganhando espaço devido às dimensões dos campos oficiais de grama natural serem atropeladas pela especulação imobiliária. Com a redução do espaço e sua comercialização, a grama sintética se tornou uma opção para campos de 45, 60, 70 metros. Como existe atualmente no Aterro do Flamengo-RJ, onde no passado era apenas terra batida.

A minha preocupação é que a FIFA começa lentamente a incluir no cardápio de suas atrações nos estádios a grama sintética, oficializando-a. Cedendo a pressão de alguns países onde ela é mais conveniente. O estádio chamado Arena da Baixada, do Atlético Paranaense, já é de grama sintética. Quem teve oportunidade de jogar nos dois e teve  experiência suficiente neles, profissionalmente ou não, percebe que por mais avançada que seja a tecnologia utilizada, mais barata seja a conservação e manutenção, a grama sintética não se adapta e não se iguala nunca a um campo de grama natural.

Na grama sintética você está sujeito a atritos em quedas que lhe rendem queimaduras, mesmo nos campos mais modernos. O quique é diferente. O amortecimento dela é muito maior. A velocidade do jogo, ao correr da bola na grama sintética, recebe um atrito maior. E o som do quique e do passe é diferente. A bola sai com menos velocidade a partir do momento que você bate nela. E o jogador se guia pelo som também. Sem falar em possíveis lesões de articulações devido ao atrito a que me referi, pois ela trava muito mais o corpo e os movimentos do jogador em campo. Em suma, a bola não ganha velocidade. Perde. É amortecida.

Se essa “novidade” virar mania e tornar-se padrão vamos perder muito. Não tenham dúvidas disto. Vida longa à grama natural sempre! Mesmo não estando em seu melhor estado de conservação.

É isso aí!

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