domingo, 31 de março de 2019

O PROTAGONISMO DO VAR E OS MISTÉRIOS DE FLAMENGO x VASCO


Começando por esse “tal” de VAR, a nova tecnologia de tirar dúvidas eletrônica, criada pela FIFA e já nem tão nova assim, pois foi muito utilizada na última Copa, por exemplo, no Brasil é motivo de chacota. É a chance para o juiz e demais pessoas estranhas ao campo de jogo aparecerem na sua TV, gerarem polêmica, suspense e outras consequências absurdas.

No último jogo entre Vasco e Bangu, uma dúvida da legalidade do então gol de empate da equipe banguense, levou mais de 6’ pra ser esclarecida. Enquanto isso os jogadores esfriavam, a torcida esfriava e o telespectador a mesma coisa.   Como se não bastasse o malfadado tempo técnico, que prejudica o andamento, a emoção e o rumo de uma partida, onde 22 jogadores disputam num espaço de 100m de comprimento um jogo de 90min, e não 10 jogadores num espaço de 28m de comprimento, como na quadra de basquete, onde fazem normalmente, sem prejuízo ao jogo. Ocorre que futebol não é basquete. Não existe espaço para parada técnica, sob argumento algum. Infelizmente ainda continuam complicando mais do que simplificando, para um futebol cada vez melhor e mais bem jogado. Paciência.

Falando sobre o decisivo jogo entre Flamengo e Vasco da Gama, já encontramos outra incoerência. O Vasco vencedor do 1º turno e  Taça Guanabara, que vencia a partida até os 48’ do 2º tempo, não seria campeão, caso mantivesse a vitória parcial, graças ao regulamento esdrúxulo, criado mais uma vez pela Federação do Estado do Rio de Janeiro – FERJ. Entretanto, falando apenas no âmbito do jogo, o Flamengo até aquele momento derrotado, jogando com time reserva, forçava situações de gol que e não encontrava. Como o treinador vascaíno acabou facilitando as coisas, ao não marcar as jogadas mais óbvias do time rubro-negro pelo lado esquerdo de sua defesa e não prendendo a bola e trocando passes no campo adversário, foi impiedosamente castigado com um vacilo de marcação numa cobrança de lateral, que possibilitou um cruzamento em cima da linha de fundo, encontrando a cabeça de Arrascaeta que não tinha como errar.

Jogo empatado e decisão nos pênaltis. O Vasco não conseguiu se reerguer do tombo que tomou ao final do jogo, fez uma péssima cobrança de pênaltis, entregando um jogo e um título que eram dele a 120 segundos antes do apito final. Mas, quem acompanha os últimos anos de Vasco e Flamengo ou mesmo de Vasco e Fluminense já se acostumou à famosa freguesia: as vitórias do Flamengo, no primeiro caso, e do Vasco no caso do Fluminense. Este tabu criado, faz uma barreira, um bloqueio psicológico, que tem de ser trabalhado no terreno da preleção, do discurso, do efeito psicológico. Não adianta falar em esquema de jogo ou variações mirabolantes, quando é rotina seu adversário tornar-se um gigante na sua frente, devido à sua sequência de derrotas perante ele. Mas, experiência, malandragem e catimba não estão no mapa do futebol brasileiro atual. Então, eu lamento. O sofrimento fica por conta do torcedor freguês.

Boa Semana!

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