domingo, 22 de junho de 2014

COPA 2014 - AFINAL, É OU NÃO É A COPA DAS COPAS?



Por enquanto, temos 10 dias de Copa, está sendo sim. Não me lembro de outra Copa das 13 que presenciei com tanta alegria nos estádios e nas cidades-sede e jogos emocionantes, mesmo na fase de classificação. Estou vendo um espetáculo raro e acho que muita gente também. Baixa qualidade técnica à parte, a raça tem compensado este problema.

Como temos muitos jogos e muito assunto, até aqui são 32 jogos e 94 gols, uma média de, praticamente, 3 por partida, vou escrever sobre os destaques positivos e negativos até aqui. Sobre os negativos, já começo com a provável eliminação de Portugal. Independente do grupo forte em que caiu, o desempenho da Seleção Portuguesa e do craque Cristiano Ronaldo estão abaixo da crítica. Agora mesmo, frente aos Estados Unidos, dava impressão em alguns momentos que a Seleção não estava a fim. Esquisito, pra quem se matou fazendo 3 gols na Suécia, se classificando na marra. Outro destaque negativo, naturalmente, a Seleção da Espanha. Apesar de não ter esperado o desempenho de 2010, não fazia a menor ideia que o rendimento seria tão ruim. Jogadores apáticos, pouca inspiração, uma equipe que parecia jogar com total desarmonia, justo o oposto de seu futebol, se despede de forma melancólica ainda na fase classificatória. A mesma decepção tive com relação à Inglaterra, embora não esperasse muito dela. Em que pese a decadência das últimas Copas, o sistema defensivo inglês sempre permaneceu forte, e foi justamente um dos seus pontos mais fracos e vulneráveis. Outros dois aspectos negativos foram: a passividade com que a Seleção Brasileira aceitou um empate com o México na última partida, embora tenhamos visto um México aguerrido, marcando muito e com sorte. Isto não é normal e foi preocupante. E um aspecto extra campo, a baderna da torcida Chilena no Maracanã. Assim como a da Argentina outro dia. Assim, só dão motivos para aqueles que não deixam por menos em seus países, e hipocritamente atacam a educação sul-americana, como se eles fossem um exemplo, de publicamente seguirem com suas políticas de diminuição do valor do continente sul-americano. Fechando os destaques negativos, o péssimo nível de arbitragem, pra variar, que estão nos oferecendo. O critério tem passado longe. E o que tem de juiz míope... e pra essa preocupação idiota com o calor, umidade etc. Se é assim, vamos entrar com um recurso também para que na Rússia, em 2018, possamos ir à beira do campo nos agasalhar um pouquinho. Tomar algo que esquente os músculos. Ah! Pára com isso, né? Deixe de papo furado. Em Dallas, em 94, enfrentamos mais de 48 graus contra a Holanda e fazia mais de 50° fora do estádio. Sem hipocrisia, ok?

Os destaques positivos ficam, como citei acima, a emoção, o empenho de certas equipes, os magníficos jogos que presenciamos como Alemanha x Gana, Holanda x Espanha, Uruguai x Inglaterra e o próprio jogo de Costa Rica x Itália, que me agradou bastante. Ops! Ia me esquecendo de Chile x Espanha, carregado de muita raça e emoção. Os estádios cheios têm oferecido condições para jogos sempre animados e disputados. Isto está sendo visto no mundo inteiro. Pra quem tinha dúvida da necessidade de uma Copa aqui, tenho certeza que na próxima vai sentir saudade desta.
Sobre a definição dos classificados, temos o que todos já sabem e faltam alguns como Brasil, que embora já dêem como certo, prefiro aguardar o apito final amanhã. Se você pensou que tenho medo de perder pra Camarões, te respondo que não, mas não acho isto impossível. No futebol se vê muita coisa estranha, sabe. Agora, é claro que isso acontecer, só vem ratificar que não tínhamos a menor condição de permanecer nesta Copa. Time por time, Camarões é melhor que o Irã, que até 94 minutos de jogo, sem tradição nenhuma em futebol, segurava a Argentina. Até que Messi, numa jogada individual, usando a finta, tirou a Argentina do sufoco. E por tabela desmentiu gente famosa que comenta futebol, que diz que a correria, a compactação, a movimentação e intensidade máxima é a tônica do futebol hoje em dia. Foi assim que a Argentina começou, meus amigos, e a bola não queria entrar. E foi assim que voltamos em 90, contra ela quando Maradona esperou a nossa correria terminar. Quem não usar o recurso do drible, sempre friso isto, o recurso do talento individual, que é o que faz a diferença no futebol, não vai a lugar nenhum. Mesmo que tenha uma equipe organizada, com harmonia e equilíbrio. Só pra lembrar, o futebol vive de competitividade, sim, mas não sobrevive sem a qualidade.

Vamos em frente.


Abraços e avante Brasil!

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