Não é à toa que não tinha previsão e nem palpite para este jogo. Estréia já é fogo. Ainda mais cercada de ingredientes como ser uma Copa aqui, alguns fatores extra campo, que às vezes influenciam sim, o fato do pouco tempo pra ajeitar nossos problemas, como disse várias vezes, e um time encardido. Citando de passagem a bela festa que foi a abertura, embora seja mais adepto de nossas raízes como a predominância do samba, ela foi culturalmente rica e ao mesmo tempo simples. Simples como é o Brasil.
A novidade inicial foi a
presença de Neymar armando pelo meio e Hulk pela esquerda, com Oscar atuando
mais pela meia direita. De início o jogo não fluía, devido ao entrosamento, a
ansiedade e a excelente marcação do time croata. Veio o primeiro gol dos caras.
Um erro que Daniel Alves já tinha cometido marcando errado no setor. E a dupla
de zaga afobada e demorando a se acertar na cobertura, assim como nossos
volantes que não achavam os croatas no tempo certo. Era necessário primeiro
corrigir a marcação para depois correr atrás.
O 1 x 0, com o azar final do
Marcelo, que aliás não fez boa partida, incomodava. Até que Oscar começou a
entrar no jogo e Neymar, individualmente, começava a criar jogadas de perigo.
Quando empatamos, com o próprio Neymar, já merecíamos estar na frente. Fomos
pro 2º tempo na esperança de consertar os erros do primeiro e de assentar a
poeira. Mas o time veio meio desfocado, sem objetividade e o pior, com os
mesmos erros de marcação. Felizmente a figura apagada do jogo, Fred, usou seu
cartucho de experiência e cavou uma preciosa penalidade. 2 X 1.
Dava impressão que viria o
alívio. Mas como Hulk não conseguia acertar uma bola e havia sido substituído
por Bernard, o time apresentava sinais de desgaste físico. Erros curtos de passe
e rebote demonstravam isso claramente e a Croácia voltava a ameaçar mesmo que
sem capacidade de finalização. Aí que entrou a categoria e tranqüilidade do
melhor jogador em campo e um dos que mais me preocupava, Oscar. O menino fez uma
partida soberba, com inteligência, raça e técnica.
Vamos à bola da vez que é o
México. De olho na sombra dos cartões idiotas. Não é, Neymar?
Ponto positivo: a dedicação
deste elenco e a emoção que foi o momento do hino nacional da nossa terra. Coisa
indescritível.
Ponto negativo: uma parcela
odiosa, alienada e estranha da sociedade que resolveu ofender a presidente
durante o jogo. Com bola rolando, isso mesmo. Não são brasileiros de alma. Não
tiveram coragem de vaiar governadores e ex-presidentes em nenhum momento da
história passada. Por pior que fosse o governo de Dilma Rousseff, nem se
tivesse concebido uma medida econômica bloqueando as finanças do povo, o que
vocês ouviram não justificaria. Esse movimento não é nosso. Com absoluta
certeza, não tem nada de brasileiro e precisa ser combatido antes que coisas
piores venham por aí. Basta haver a perda da Copa.
Até o dia 17!
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