domingo, 29 de junho de 2014

COPA 2014 - OITAVAS DE FINAL: FOI SÓ O COMEÇO













Pois é, meus amigos. Ontem foi apenas o começo. Provavelmente haverá mais emoções fortes por aí. O próprio equilíbrio da Copa traz esse prenúncio. Começando pelo nosso jogo, em relação à dificuldade, eu não me enganei. Escrevi, inclusive, que temia pela derrota. Principalmente se cometêssemos os mesmos erros. E cometemos. Um pouquinho diferentes, mas cometemos. Foi o 3º gol grátis que demos nesta Copa.

Tenho consciência de que estou diante de uma equipe briosa, unida, esforçada e com algum talento, mas sei que é uma equipe ingênua, até demais em certos momentos, pouco experimentada em situações como as de ontem e que além de não estar pronta, não consegue conter a ansiedade. O seu treinador também não consegue corrigir os defeitos. É turrão e teimoso demais. Quando o jogo foge as suas expectativas, fica nitidamente desorientado.

Continuamos com problemas nas laterais do campo. De um lado Marcelo produz pouco e não marca bem, do outro a mesma coisa, com o agravante de Daniel Alves ser mais lento ainda. A experiência de Thiago Silva não permite que seu futebol esteja inibido. Ele joga muito mais que isso. A apatia de Oscar, contando só com o bom primeiro jogo, não é suficiente. Os subsequentes erros de passe, de saída de bola são os mais graves que vi numa seleção brasileira dentro de uma Copa. Fred perdido e abobado entre os zagueiros é inexplicável.

A conta disso tudo é óbvia, cai toda nas costas de Neymar. E na dos torcedores que sofreram muito mais do que mereciam ontem. Não adianta ter mais chances de gol, fazer uma pressão maior sobre o adversário e fechar o último passe ou a finalização daquele modo estabanado. Não cabe substituirmos de forma errada como Felipão fez ontem. Ta na cara que precisamos da força do Maicon. E Jô nunca foi solução.

Convocar não dá mais, é isso que temos, é com isso que vamos. Com os equívocos até na escalação dos batedores de pênalti. Jogador que mal acabou de entrar, Zico que o diga em 86, não pode ser escalado para bater pênalti. É muita sacanagem jogar a responsabilidade em cima do garoto. Graças a Deus e a Julio Cesar, um dos melhores goleiros que vi jogar e que nele sempre depositei e deposito confiança, seguimos em frente. Até quando não sabemos.

Vamos enfrentar a excelente seleção da Colômbia, dirigida pelo não menos excelente treinador argentino José Pekerman, especialista em revelar jogadores e em divisões de base. É nítido o conjunto que exibe a seleção colombiana, fora seus valores individuais. Não sei como a Argentina abre mão deste treinador há tantos anos. E como ele já disse muito bem, sabe que enfrentará um Brasil diferente. E será mesmo. Contrariando meu texto, deve jogar melhor sim e de outra forma. Não há outra maneira.

De resto, a Holanda provando que é uma forte candidata junto com a Argentina, a que acho mais forte, despachando o guerreiro México de Rafa Márquez. Esse sim, individualmente, um dos raros jogadores magníficos desta Copa. Sabe tudo. A sorte de seu goleiro é que acabou. Sim, um bom goleiro, porque o resto era sorte mesmo e ineficiência dos adversários. Agora há pouco Costa Rica venceu a Grécia nos pênaltis e vida que segue. Apesar do abatimento dos gregos, a Costa Rica é bem melhor.

É isso aí, gente. Não faço ideia do que a Alemanha irá aprontar, mas seleções como Holanda, Argentina e Brasil estão calcadas em cima de seus astros: Robben, Messi e Neymar. É a individualidade como sempre e o talento mostrando a estúpida diferença sobre o futebol burocrata e comum.


Vamos às emoções! Aquele abraço!

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