Pois é, meus amigos. Ontem foi apenas o começo. Provavelmente haverá mais emoções fortes por aí. O próprio equilíbrio da Copa traz esse prenúncio. Começando pelo nosso jogo, em relação à dificuldade, eu não me enganei. Escrevi, inclusive, que temia pela derrota. Principalmente se cometêssemos os mesmos erros. E cometemos. Um pouquinho diferentes, mas cometemos. Foi o 3º gol grátis que demos nesta Copa.
Tenho consciência de que
estou diante de uma equipe briosa, unida, esforçada e com algum talento, mas
sei que é uma equipe ingênua, até demais em certos momentos, pouco
experimentada em situações como as de ontem e que além de não estar pronta, não
consegue conter a ansiedade. O seu treinador também não consegue corrigir os
defeitos. É turrão e teimoso demais. Quando o jogo foge as suas expectativas,
fica nitidamente desorientado.
Continuamos com problemas nas
laterais do campo. De um lado Marcelo produz pouco e não marca bem, do outro a
mesma coisa, com o agravante de Daniel Alves ser mais lento ainda. A experiência
de Thiago Silva não permite que seu futebol esteja inibido. Ele joga muito mais
que isso. A apatia de Oscar, contando só com o bom primeiro jogo, não é
suficiente. Os subsequentes erros de passe, de saída de bola são os mais graves
que vi numa seleção brasileira dentro de uma Copa. Fred perdido e abobado entre
os zagueiros é inexplicável.
A conta disso tudo é óbvia,
cai toda nas costas de Neymar. E na dos torcedores que sofreram muito mais do
que mereciam ontem. Não adianta ter mais chances de gol, fazer uma pressão
maior sobre o adversário e fechar o último passe ou a finalização daquele modo
estabanado. Não cabe substituirmos de forma errada como Felipão fez ontem. Ta
na cara que precisamos da força do Maicon. E Jô nunca foi solução.
Convocar não dá mais, é isso
que temos, é com isso que vamos. Com os equívocos até na escalação dos
batedores de pênalti. Jogador que mal acabou de entrar, Zico que o diga em 86,
não pode ser escalado para bater pênalti. É muita sacanagem jogar a
responsabilidade em cima do garoto. Graças a Deus e a Julio Cesar, um dos
melhores goleiros que vi jogar e que nele sempre depositei e deposito
confiança, seguimos em frente. Até quando não sabemos.
Vamos enfrentar a excelente
seleção da Colômbia, dirigida pelo não menos excelente treinador argentino José
Pekerman, especialista em revelar jogadores e em divisões de base. É nítido o
conjunto que exibe a seleção colombiana, fora seus valores individuais. Não sei
como a Argentina abre mão deste treinador há tantos anos. E como ele já disse
muito bem, sabe que enfrentará um Brasil diferente. E será mesmo. Contrariando
meu texto, deve jogar melhor sim e de outra forma. Não há outra maneira.
De resto, a Holanda provando
que é uma forte candidata junto com a Argentina, a que acho mais forte,
despachando o guerreiro México de Rafa Márquez. Esse sim, individualmente, um
dos raros jogadores magníficos desta Copa. Sabe tudo. A sorte de seu goleiro é
que acabou. Sim, um bom goleiro, porque o resto era sorte mesmo e ineficiência
dos adversários. Agora há pouco Costa Rica venceu a Grécia nos pênaltis e vida
que segue. Apesar do abatimento dos gregos, a Costa Rica é bem melhor.
É isso aí, gente. Não faço
ideia do que a Alemanha irá aprontar, mas seleções como Holanda, Argentina e
Brasil estão calcadas em cima de seus astros: Robben, Messi e Neymar. É a
individualidade como sempre e o talento mostrando a estúpida diferença sobre o
futebol burocrata e comum.
Vamos às emoções! Aquele
abraço!
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