Boa parte de nosso povo que parece já estar perdendo a
vergonha na cara, me refiro antes de mais nada ao quadro político, onde somos
governados por um Presidente comprovadamente corrupto, ilegal e ilegítimo, e
muitos parecem se incomodar menos do que deveriam, como se pobres ou ricos não
fossem pagar a conta do estrago que virá, igual ou pior acontece no futebol.
Mais uma vez viajando sem seu representante máximo por
risco de prisão fora do país, o que poderia acontecer também com o Presidente
em exercício e muitos de seus Ministros, novamente o Brasil perdeu para si
mesmo e acabou vergonhosamente desclassificado da Copa América, nos Estados
Unidos.
Já debati exaustivamente a solução aqui, que passa por
uma total revolução no futebol, em todos os seus quadros, incluindo a mudança
da própria “Lei Pelé”. Para os que não sabem, Neymar, que hoje é a estrela
máxima da seleção, não fora convocado porque o Barcelona impôs a ele e a CBF:
ou Copa América ou Olimpíadas. Já se tem uma ideia da representatividade e tipo
de comando que nós temos na seleção. Caso fosse eu o técnico, ou me demitiriam,
porque me recusaria a convocar Neymar para uma das competições caso ele não
aceitasse as duas, ou Neymar teria de vir e dar o seu melhor.
Uma seleção mal dirigida, desde o cargo mais nobre, até
as quatro linhas. Sem decência e moral no comando da entidade. Sem qualidade
técnica, planejamento e conhecimento em todas as categorias de base. E sem a
qualidade necessária no comando técnico representado por Dunga e seus
auxiliares. Em uma seleção dirigida por Dunga, você pode esperar luta, roubadas
de bola e mais nada.
E foi o que se viu ontem. A seleção teve maior domínio do
jogo, territorialmente falando, com maior número de roubadas de bola, mas sem
objetividade ofensiva, além de criação ofensiva. A velha história que venho
frisando: cada um só pode ficar 3, 4 segundos com a bola. Quando muito.
Cruzamentos precipitados, mal feitos, escalação deficiente, como a manutenção
de Daniel Alves, que pela ausência de um homem de área e pela idade e
categoria, deveria estar jogando ao lado de Elias no meio há muito tempo, e
várias finalizações à distância que sequer foram treinadas e utilizadas no
momento adequado.
Se o golpe fatal que nos tirou a vaga foi irregular,
paciência. 5 minutos depois, Elias teve um lance tão fácil quanto aquele para
recolocar o Brasil na competição e sem embrulhou nas próprias pernas, mostrando
que o nosso problema está longe de ser modernidade, velocidade e inovações
táticas. E sim qualidade, técnica, volta às raízes e respeito ao Brasil e à
camisa amarela. Tanto por parte dos jogadores, que não parecem se incomodar com
derrotas e desclassificações vexaminosas, como por dirigentes inescrupulosos,
incompetentes e indignos, que nada tem a ver com o Brasil e com a história do
futebol brasileiro.
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