domingo, 19 de junho de 2016

MISTURANDO EUROCOPA E COPA AMÉRICA











Vamos misturar um pouco a Eurocopa 2016 com a Copa América Especial, sendo jogada nos Estados Unidos. Lamento nada comentar sobre o Brasileiro 2016. O mau futebol, sem comando, refletido nas arquibancadas com público aquém do comum já é suficiente para explicar o fracasso desta competição. Mesmo em seu início.

Antes de falar da Eurocopa, uma passagem pela Copa América, se definindo entre Chile, Estados Unidos, Colômbia e Argentina. Não pelo jogo de ontem, Argentina 4 X 1 Venezuela, mas pelo futebol que vem jogando a bicampeã mundial e passando por uma renovação necessária e ao meu ver adequada, a Argentina é minha favorita ao título. Sua renovação está sendo feita de forma correta ao melhorarem o poder de marcação da equipe e na melhor forma técnica de Higuain, com a maior participação de Messi, não esquecendo que Di Maria, peça chave e grande jogador, está praticamente fora do campeonato.

A surpresa, negativa pra uns e positiva pra outros, foi o 7 X 0 do Chile sobre o México. Jogando algum tempo com forte poder ofensivo e com a equipe bem entrosada, o Chile já é dor de cabeça para qualquer seleção do mundo. Com 4 jogadores jogando avançados, sendo dois deles, Sanchez e Vargas, de boa qualidade técnica, e uma movimentação intensa e um poder de fogo muito grande, está mais difícil atacar o Chile do que contê-lo. Ontem não foi diferente. Seu ataque, apoiado por um meio ofensivo, praticamente voava em campo, não deixando a seleção mexicana respirar.

Mas, o 7 a 0, quem poderia imaginar? Não se enganem. Não era só um grande dia do Chile e um negro do México. Algo ali não parecia se ajustar no time mexicano. As pernas de seus jogadores pareciam pesar toneladas. Não ganhavam uma bola dividida e raramente ameaçavam o gol chileno. Embora o México não esteja em seus melhores momentos no futebol, não tem seleção e modelo para ser derrotado daquela forma. Algo de estranho parece ter acontecido entre seu treinador, o colombiano Osório, e os jogadores. A aparente absorção do resultado já me pareceu incomum. Embora esta reação hoje esteja se tornando normal no futebol.

Pulando para a Eurocopa, o que me impressiona nesse torneio é a forma como as equipes e países se dedicam e se rivalizam. É inexistente o fair play e comum e cada vez mais agressivas as manifestações de violência dos torcedores, antes e depois dos jogos, tornando uma festa em uma praça de guerra. Várias razões contribuem pra isso. O choque cultural entre esses países é muito grande. Creio até que maior que a rivalidade que você vê nas quatro linhas.

Em todo caso, vale comentar aqui alguns detalhes importantes. Destaco uma nova França, crescendo a cada momento e mostrando um futebol objetivo, competitivo e com extrema qualidade, com jogadores como Pogba e Payet. Jogam muito estes dois. Bale, do País de Gales, já havia citado aqui antes. Precisão cirúrgica na perna esquerda, habilidade e inteligência. Destaca-se de longe no País de Gales.

A Alemanha já não é a mesma, o que era de se esperar. Seu limite foi a Copa do Mundo 2014. E embora a equipe não tenha caído tanto de produção, o time de Joachim Löw, não vê mais seu jogo fluir com desenvoltura e finalização eficiente. Vale destacar também que a Espanha voltou a melhorar, embora ainda exagere no excesso de toques curtos e um pouco na falta de objetividade da jogada final.

A Itália também vem renovada, apresentando o mesmo estilo de sempre. Em tantos anos de futebol, nunca vi a Itália fugir de seu padrão tradicional de jogo. A Inglaterra mantém sua luta e sua forte marcação que se igualam praticamente a seleções como Albânia, Rússia e República Tcheca, que se não chegam a encantar ou assustar tanto, merecem a máxima atenção pela dedicação total, força de jogo e garra até o apito final.

Nota: volto a frisar para que os torcedores europeus maneirem na adrenalina. Seus excessos estão estragando momentos de prazer, festa e alegria de uma maioria significativa que quer se divertir e curtir um bom campeonato e um bom jogo de futebol, além de interagir com seus vizinhos.

Sigamos em frente!

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