Paulo Sergio / Lancepress |
Jamais imaginei que fosse usar um título destes em minha crônica. Mas, fazer o quê? Assistimos domingo passado a uma super Copa, que apesar das deficiências técnicas atuais, mostrou qualidade e muita emoção, principalmente ao final, na decisão.
Chico Buarque em uma de suas letras de músicas famosas
dizia: “Aqui na terra estão jogando futebol”. Então, vamos lá, embora pra mim,
hoje, alguns jogos estejam distantes de serem chamados de futebol.
Na 15ª rodada do campeonato mais importante do Brasil,
destacamos aí o jogo do Santos com a Ponte Preta, onde a equipe santista
demonstrou alguma qualidade e conjunto e a Ponte Preta valorizou sua vitória. E
o Palmeiras, que tem sido a equipe mais equilibrada e de melhores valores no
futebol brasileiro, além de bem comandada pelo técnico Cuca, na vitória sobre o
Internacional.
Alguns jogos, pelo placar, como Botafogo e Flamengo, 3 X
3, induzem a pensar que houve bom futebol. Mas foi um placar construído em
falhas de ambas as equipes, sobrando destaque apenas para o gol de empate do
Botafogo, de Salgueiro, em uma jogada individual de categoria.
Cabe ressaltar a solução que o Botafogo encontrou,
maquiando o velho estádio de um time pequeno, a Portuguesa da Ilha, para
resolver seu problema logístico, pelo qual estão passando várias equipes do Rio
por conta das Olimpíadas. Foi a solução possível diante da ausência de recursos
financeiros, mas triste ao imaginar que um dia assistiríamos a Botafogo e
Flamengo, duas equipes tradicionais do futebol brasileiro, se enfrentando em um
estádio praticamente improvisado e longe de suas tradições, num recanto
apertado da cidade.
Não menos triste o Fluminense também ter de improvisar,
fazendo o mesmo no Estádio do América, na periferia de sua cidade. No jogo de
hoje, no clássico tradicional contra a equipe mineira, o Cruzeiro, o maior vencedor
foi a torcida do Fluminense. Pra ela pouco importou se seu time mostrou um
futebol limitado e apenas baseado na força e na vontade.
Bem pior para o torcedor do Cruzeiro, com jogadores de
baixíssimo nível técnico, como Bruno Ramires, que viu uma equipe sem vontade e
como disse muito bem em um comentário o ex-jogador Junior, sem propósito, sem
assinatura, sem cara de time de futebol. O que fica mais evidente na pouca
vontade dos jogadores, que transmite um ambiente interno ruim. Seu técnico, o
português Paulo Bento, não parece bem aceito pelo elenco.
Isso ficou nítido na pouca comunicação entre os jogadores
e, principalmente, quando da entrada de Riascos no jogo, inexplicavelmente no
banco. O colombiano mostrou logo sua irritação ao entrar, dividindo bolas
ríspidas e isolando uma delas, após marcação de falta, um ato de disciplina
incomum, numa demonstração de evidente insatisfação.
O Fluminense, que não tinha nada com isso, era a marca da
luta de Jonathan e do único jogador técnico e lúcido do time, Cícero, e se
beneficiou da permanência de Levir Culpi, que esteve por sair. O técnico, com
sua experiência, optou por usar uma garotada e exercer sobre ela um comando
eficiente.
O Fluminense é um bom time? Não. Mas o Fluminense é um
candidato a 2ª divisão? Também não. Está recheado de garotos lutadores e se
desdobrando dentro do gramado. Trabalha no limite da força física. Provavelmente,
quando enfrentar equipes mais bem armadas, vai encontrar dificuldade. Mas,
diante da saída de Fred, da contusão de Scarpa e de mais dois ou três valores
de qualidade que perdera, creio que a alternativa de jogo, embora feia, seja
esta: alta competitividade e muito suor.
E vamos em frente, na expectativa de que surjam novidades
positivas em nosso futebol. A começar pelo comando. Afinal, não podemos perder
a esperança.
Canalhas acima. Deturparam um comentário feito no twitter por mim. que não sou fake como muitos de vocês é tão fácil quanto dar um golpe de estado no país como vocês fizeram. Devem é estar tremendo de medo que o que disse acabe acontecendo. Afinal, quem dá um golpe de estado em seu próprio país, trai seu povo e comete um atentando a segurança nacional com escutas ilegais na presidência, corre sim o risco que mencionei. Agora caiam fora. Aqui é lugar de futebol, de brasileiro com S, de gente que existe!
ResponderExcluirColocou às claras a podridão que interessa a setores da sociedade. Juiz que age seletivamente, não é juiz. Ou então, qual seria o significado desta palavra? Agradeça a Dilma que foi quem permitiu segundo o próprio PGR, você saber o que já existia desde 1978 na Petrobrás e outras firmas. Não culpe um partido apenas. É preconceito e ignorância.
ExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirEste comentário foi removido por um administrador do blog.
ResponderExcluirPago minhas contas em dia, recebo de fonte limpa, não devo IR e nunca soneguei ou subornei alguém. Pode dizer o mesmo?
ExcluirDeus não costuma abençoar quem trai sua terra e seu povo. Além de ferir a lei de segurança natural entre outros crimes que cometeu.
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