segunda-feira, 3 de outubro de 2016

ELES ESTÃO JOGANDO FUTEBOL


Numa rodada atípica, com início no sábado e apenas um jogo hoje, Santa Cruz X Palmeiras, devido às eleições municipais que, embora marcadas, num sistema eleitoral esdrúxulo há muitos anos, se deram diante de um país sem leis e credibilidade. Tanto dentro, quanto fora do Brasil. E o futebol não é exceção.  

Até porque, a maioria dos que sobraram da CBF são golpistas natos e outros, até procurados pela Justiça no exterior. Mas, falemos do assunto que comecei a abordar, porque certas pessoas no Brasil, diante do sistema atual, que é uma velada ditadura, não são acusadas e não vão para a prisão.

Devido as tais eleições que mencionei, tivemos vários jogos no sábado. Ainda tentando copiar um modelo europeu que não se encaixa ao nosso, com jogos de manhã, de tarde e de noite. Quero aproveitar para destacar nesta rodada, dois jogadores que já vem se destacando há várias. Gustavo Scarpa, do Fluminense, e Robinho, do Santos. Começando por Robinho, que como disse semana passada, não entendo porque Tite não o convoca. Jamais aceitarei que o peso da idade restringiu seu futebol. Porque inclusive isso não está sendo demonstrado com suas atuações no Atlético MG.

É até uma pena que o Atlético não tenha um sistema defensivo muito bom. Embora tenha um técnico bem razoável, que é o Marcelo Oliveira. Porque, do meio para frente, o Galo tem feito jogadas trabalhadas, de grande ofensividade e contando com a qualidade de finalização de Fred e Robinho, por exemplo. Robinho dá gosto ver jogar. Joga com alegria, objetividade e talento. Levando ao desespero várias zagas adversárias. É uma alegria poder vê-lo em campo.

O mesmo posso dizer de Gustavo Scarpa no Fluminense. Que embora jogando em outra posição e sendo bem novo ainda, com 22 anos, já ajudou a dar ao Fluminense, pelo menos, uns 12 pontos na tabela de classificação. E a esta altura, a um passo de uma vaga na Libertadores. Tanto em bolas paradas, no caso dos cruzamentos, ainda não neutralizadas pela falta de percepção dos treinadores adversários e que geram gols como aquele contra o Corinthians nos acréscimos, como nas cobranças de falta diretas, no desarme, na armação ofensiva e na finalização, como fez nesse sábado, marcando um belíssimo gol na vitória sobre o Sport por 3 x 1. Gol de categoria, de confiança, de quem sabe jogar.

Vale registrar que o embora o Fluminense não desenvolva um futebol do nível do Atlético MG, quem escolheu Levir Culpi para o Fluminense, acertou em cheio. E mais ainda quem o manteve quando decidiu deixar o clube após um mau resultado. Não sei o que trataram, o que foi dito e informado nessa reunião, mas sei que a sua manutenção é hoje responsável por muitas vitórias do Fluminense.

Aproveitando a juventude e os reforços que chegaram, Levir arma o Fluminense da única forma que pode ser armado, tornando-o um time difícil de ser marcado nos contra-ataques e usando uma marcação que mesmo com falhas bisonhas vez por outra, acaba se superando pela luta e disposição com que encara cada partida. Não será surpresa alguma se o time do Fluminense figurar entre os classificados para Libertadores.

Fechando à crônica, já que citei a Libertadores, meu lamento a mais uma notícia triste a respeito dela. A exemplo da Liga dos Campeões na Europa querem estendê-la paralela aos campeonatos regionais e nacionais até o final do ano. Com certeza é uma medida comercial, seguida de mais um golpe fatal no famoso esporte chamado futebol. Deus permita que os gênios que comandam a Libertadores não tenham sucesso em mais um atentado a bola e ao torcedor.

Uma boa semana!

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