Numa rodada atípica, com início no sábado e apenas um
jogo hoje, Santa Cruz X Palmeiras, devido às eleições municipais que, embora
marcadas, num sistema eleitoral esdrúxulo há muitos anos, se deram diante de um
país sem leis e credibilidade. Tanto dentro, quanto fora do Brasil. E o futebol
não é exceção.
Até porque, a maioria dos que sobraram da CBF são
golpistas natos e outros, até procurados pela Justiça no exterior. Mas, falemos
do assunto que comecei a abordar, porque certas pessoas no Brasil, diante do
sistema atual, que é uma velada ditadura, não são acusadas e não vão para a
prisão.
Devido as tais eleições que mencionei, tivemos vários
jogos no sábado. Ainda tentando copiar um modelo europeu que não se encaixa ao nosso,
com jogos de manhã, de tarde e de noite. Quero aproveitar para destacar nesta
rodada, dois jogadores que já vem se destacando há várias. Gustavo Scarpa, do
Fluminense, e Robinho, do Santos. Começando por Robinho, que como disse semana
passada, não entendo porque Tite não o convoca. Jamais aceitarei que o peso da
idade restringiu seu futebol. Porque inclusive isso não está sendo demonstrado
com suas atuações no Atlético MG.
É até uma pena que o Atlético não tenha um sistema
defensivo muito bom. Embora tenha um técnico bem razoável, que é o Marcelo
Oliveira. Porque, do meio para frente, o Galo tem feito jogadas trabalhadas, de
grande ofensividade e contando com a qualidade de finalização de Fred e
Robinho, por exemplo. Robinho dá gosto ver jogar. Joga com alegria,
objetividade e talento. Levando ao desespero várias zagas adversárias. É uma
alegria poder vê-lo em campo.
O mesmo posso dizer de Gustavo Scarpa no Fluminense. Que
embora jogando em outra posição e sendo bem novo ainda, com 22 anos, já ajudou
a dar ao Fluminense, pelo menos, uns 12 pontos na tabela de classificação. E a
esta altura, a um passo de uma vaga na Libertadores. Tanto em bolas paradas, no
caso dos cruzamentos, ainda não neutralizadas pela falta de percepção dos
treinadores adversários e que geram gols como aquele contra o Corinthians nos
acréscimos, como nas cobranças de falta diretas, no desarme, na armação
ofensiva e na finalização, como fez nesse sábado, marcando um belíssimo gol na
vitória sobre o Sport por 3 x 1. Gol de categoria, de confiança, de quem sabe
jogar.
Vale registrar que o embora o Fluminense não desenvolva
um futebol do nível do Atlético MG, quem escolheu Levir Culpi para o
Fluminense, acertou em cheio. E mais ainda quem o manteve quando decidiu deixar
o clube após um mau resultado. Não sei o que trataram, o que foi dito e
informado nessa reunião, mas sei que a sua manutenção é hoje responsável por
muitas vitórias do Fluminense.
Aproveitando a juventude e os reforços que chegaram,
Levir arma o Fluminense da única forma que pode ser armado, tornando-o um time
difícil de ser marcado nos contra-ataques e usando uma marcação que mesmo com
falhas bisonhas vez por outra, acaba se superando pela luta e disposição com
que encara cada partida. Não será surpresa alguma se o time do Fluminense
figurar entre os classificados para Libertadores.
Fechando à crônica, já que citei a Libertadores, meu
lamento a mais uma notícia triste a respeito dela. A exemplo da Liga dos
Campeões na Europa querem estendê-la paralela aos campeonatos regionais e
nacionais até o final do ano. Com certeza é uma medida comercial, seguida de mais
um golpe fatal no famoso esporte chamado futebol. Deus permita que os gênios
que comandam a Libertadores não tenham sucesso em mais um atentado a bola e ao
torcedor.
Uma boa semana!
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