Um baita jogador. Técnico, veloz, excelente finalizador e
muito inteligente. Não cabe julgá-lo por aquele lance inusitado e hilário
contra a Itália, na Copa de 2014. E que não foi inédito em sua carreira. Ninguém
sabe por que ele fez aquilo. Eu apenas suponho que seja um modo de extravasar a
raiva, estranho e pessoal, quando algo lhe sai do controle.
Mas, vale a pena prestar atenção e apreciar seu futebol.
Passes precisos, participações ofensivas eficientes, movimentação constantes,
um atacante contra o qual não desejaria que minha equipe enfrentasse. É
complicado marca-lo. No mano a mano, não é aconselhável. Diante de tão poucas
revelações e jogadores de primeira qualidade no mundo, é uma alegria ver o
Uruguai dar ao mundo um jogador a altura de um Cubilla, de um Pedro Rocha, de
um Forlán e tantos outros que esse pequeno país da América do Sul revelou.
Muita gente me perguntou por que a seleção brasileira
melhorou tanto de uma hora pra outra e se isso se deve, de fato, a entrada de
Tite. Prezados leitores, hoje o líder Brasil joga com vontade e com seriedade.
E me parece que ouve e obedece ao seu técnico, criando um ambiente profissional
e tentando valorizar a camisa da seleção.
Não creio que a questão fosse só uma arrumação tática, um
novo esquema, um novo sistema de jogo, não. Tite não faz milagres e ninguém
faz. Os adversários diretos caíram e, como disse, a seleção parece estar obedecendo
a seu técnico e respeitando sua camisa. Por que não faziam isso antes? Porque
jogavam mal, com displicência, desinteresse e às vezes pouco caso, o tempo
dirá. A verdade chegará à tona um dia.
De qualquer forma, pra encerrar, nós não temos mais
aqueles “Brasis” absolutos em campo e os adversários que nós temos enfrentado
ainda não são de grande qualidade e não estão em seus melhores momentos. Eu
citei antes de Tite entrar, em uma crônica, que ele parecia ser o próximo a ser
chamado. E que se isso acontecesse, de início haveria uma boa melhoria. Mas,
por enquanto, contenha-se. Parece apenas uma melhoria. Há muito a ser feito e
corrigido. A começar pelo alto comando do futebol brasileiro num todo.
Aquele abraço!
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