sábado, 24 de março de 2018

AS PRELIMINARES DA COPA DA RÚSSIA



Tivemos uma rodada ontem no mundo entre camisas famosas e seleções de primeira linha. Vou abordar um pouco de Brasil 3 x 0 Rússia: o jogo começou complicado e com dificuldades para seleção brasileira. Apesar da marcação bem feita, toda ela a partir do campo Russo, o Brasil também tinha a serenidade necessária para trocar passes quantas vezes fosse necessário, rodando a bola e tentando achar uma saída para o ataque. Como não tem um meio de criação específico, Marcelo, Miranda, Paulinho e às vezes Thiago Silva não conseguiam romper a linha média. A Rússia marcava firme. Em algumas tentativas, visivelmente sentindo a ausência de Neymar - que além de ser a estrela do time é o jogador que segura a bola lá na frente e cria - a falta de saída para o campo ofensivo propiciou a Rússia mais chances de gol que o Brasil na primeira etapa. O time Russo só não abriu o placar por falta de qualidade e inexperiência de seus finalizadores. A partir da segunda etapa, a coisa mudou de figura, quando permitiram que Thiago Silva se antecipasse a zaga - algo raro nos tempos da antiga União Soviética – e o goleiro Akinfeev desse rebote e Miranda abrisse o placar aos 7 minutos. Ficou claro o banho de água fria na equipe Russa, que não demorou a tomar o 2º e 3º gol, com Coutinho de pênalti e Paulinho numa bela e oportuna jogada de William, fazendo o individual e deixando Paulinho livre para selar o placar. O aprendizado de ontem fica por conta das dificuldades que cito muito aqui que serão as opções de criação ofensivas para abrir caminho contra marcações e defesas mais coesas. A Rússia dos velhos tempos seria um excelente teste, mas desde a transformação para a atual, o futebol deles perdeu em competividade e força que eram suas duas costumeiras armas. Vejo a Rússia fraca e inexperiente nessa Copa. Mas joga em casa e tem preparo físico. Deve avançar até onde puder. 

Lembrando rapidamente sobre Argentina 2 x 0 Itália com um amistoso que serviu mais para entrosamento Argentino, pois com a desclassificação, a Itália entrou em queda livre e renovação total. Talvez atravesse um dos piores momentos técnicos de seu futebol nos últimos 60 anos. Já a Inglaterra se impôs e na força derrotou a Holanda, também fora da Copa, por 1 x 0. Portugal penou, como creio que vá penar na Copa do Mundo, para vencer o Egito, com uma equipe aguerrida e bem distribuída em campo, além do talento de Mohammed Salah. As duas últimas campeãs mundiais, Alemanha e Espanha, mediram forças em Düsseldorf e não saíram do empate por 1x1. As duas seleções também se renovam, a Alemanha com mais cartas na mesa e a Espanha dentro do que pôde revelar. Além desses houveram outros amistosos de seleções classificadas para Copa. 

Mas o que mais me chamou a atenção foi jogo entre Colômbia 3 x 2 França. Me agradou muito a movimentação e maturidade das duas equipes. Um pouco mais a Colômbia que com justiça saiu com a vitória numa linda virada. A França começa a amadurecer a geração que vem trabalhando há 4/5 anos. Já mostra recursos técnicos, marcação e uma movimentação ofensiva forte. Apesar de derrotada, ainda vai melhorar muito e vai ser duro vencê-la na Copa. Já a Colômbia, uma surpresa total. Recuperando-se de uma recente queda de rendimento, o time Colombiano sob o excelente comando de José Pekermann, mostrou um esquema tático brilhante, com uma movimentação intensa, tanto a partir de seu campo quanto na saída da roubada de bola. James Rodríguez voltando a ter momentos de craque e a equipe inteira coesa, amadurecida e extremamente compacta. A Colômbia está num de seus melhores momentos e deve melhorar ainda. Pelo que assisti, não tenho dúvidas que, seguindo essa trilha, a Colômbia vai surpreender muita gente e dividir espaço com as primeiras colocadas. Vamos aguardar e conferir. 

Um abraço a todos!


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