Tivemos uma rodada ontem no mundo entre camisas
famosas e seleções de primeira linha. Vou abordar um pouco de Brasil 3 x 0
Rússia: o jogo começou complicado e com dificuldades para seleção brasileira. Apesar
da marcação bem feita, toda ela a partir do campo Russo, o Brasil também tinha
a serenidade necessária para trocar passes quantas vezes fosse necessário,
rodando a bola e tentando achar uma saída para o ataque. Como não tem um meio
de criação específico, Marcelo, Miranda, Paulinho e às vezes Thiago Silva não
conseguiam romper a linha média. A Rússia marcava firme. Em algumas tentativas,
visivelmente sentindo a ausência de Neymar - que além de ser a estrela do time
é o jogador que segura a bola lá na frente e cria - a falta de saída para o
campo ofensivo propiciou a Rússia mais chances de gol que o Brasil na primeira
etapa. O time Russo só não abriu o placar por falta de qualidade e
inexperiência de seus finalizadores. A partir da segunda etapa, a coisa mudou
de figura, quando permitiram que Thiago Silva se antecipasse a zaga - algo raro
nos tempos da antiga União Soviética – e o goleiro Akinfeev desse rebote e
Miranda abrisse o placar aos 7 minutos. Ficou claro o banho de água fria na
equipe Russa, que não demorou a tomar o 2º e 3º gol, com Coutinho de pênalti e
Paulinho numa bela e oportuna jogada de William, fazendo o individual e
deixando Paulinho livre para selar o placar. O aprendizado de ontem fica por
conta das dificuldades que cito muito aqui que serão as opções de criação
ofensivas para abrir caminho contra marcações e defesas mais coesas. A Rússia
dos velhos tempos seria um excelente teste, mas desde a transformação para a
atual, o futebol deles perdeu em competividade e força que eram suas duas
costumeiras armas. Vejo a Rússia fraca e inexperiente nessa Copa. Mas joga em
casa e tem preparo físico. Deve avançar até onde puder.
Lembrando rapidamente sobre Argentina 2 x 0 Itália com um amistoso que serviu
mais para entrosamento Argentino, pois com a desclassificação, a Itália entrou
em queda livre e renovação total. Talvez atravesse um dos piores momentos
técnicos de seu futebol nos últimos 60 anos. Já a Inglaterra se impôs e na
força derrotou a Holanda, também fora da Copa, por 1 x 0. Portugal penou, como
creio que vá penar na Copa do Mundo, para vencer o Egito, com uma equipe
aguerrida e bem distribuída em campo, além do talento de Mohammed Salah. As
duas últimas campeãs mundiais, Alemanha e Espanha, mediram forças em Düsseldorf
e não saíram do empate por 1x1. As duas seleções também se renovam, a Alemanha
com mais cartas na mesa e a Espanha dentro do que pôde revelar. Além desses
houveram outros amistosos de seleções classificadas para Copa.
Mas o que mais me chamou a atenção foi jogo entre Colômbia 3 x 2 França. Me
agradou muito a movimentação e maturidade das duas equipes. Um pouco mais a
Colômbia que com justiça saiu com a vitória numa linda virada. A França começa
a amadurecer a geração que vem trabalhando há 4/5 anos. Já mostra recursos
técnicos, marcação e uma movimentação ofensiva forte. Apesar de derrotada, ainda
vai melhorar muito e vai ser duro vencê-la na Copa. Já a Colômbia, uma surpresa
total. Recuperando-se de uma recente queda de rendimento, o time Colombiano sob
o excelente comando de José Pekermann, mostrou um esquema tático brilhante, com
uma movimentação intensa, tanto a partir de seu campo quanto na saída da
roubada de bola. James Rodríguez voltando a ter momentos de craque e a equipe
inteira coesa, amadurecida e extremamente compacta. A Colômbia está num de seus
melhores momentos e deve melhorar ainda. Pelo que assisti, não tenho dúvidas
que, seguindo essa trilha, a Colômbia vai surpreender muita gente e dividir
espaço com as primeiras colocadas. Vamos aguardar e conferir.
Um abraço a todos!
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