domingo, 4 de março de 2018

A LESÃO DE NEYMAR E O DEPRIMENTE CAMPEONATO DO RIO DE JANEIRO


Peço ao leitor, antes de mais nada, que tenha paciência com a maioria das crônicas que escrevo abordando aspectos negativos do futebol. Mas, é um compromisso meu com vocês, e da minha coluna “Futebol de Fato”, abraçar, perseguir, incansavelmente, a verdade dos fatos. Seria estúpido da minha parte ou demagógico, transmitir aquilo que não acontece. Ou apenas que gostaríamos que acontecesse. Bem mais distantes ficamos de uma solução.

De início escolhi abordar o que vi hoje pelo campeonato estadual do Rio de Janeiro no jogo Fluminense 2 X 1 Volta Redonda, disputado em Xerém, estado do Rio, no “estádio” de Los Lários. Coloquei o estádio entre aspas porque você, leitor e amante do futebol, torça pra que time torcer não merece assistir a uma partida em um espaço improvisado, deprimente daqueles. Pra piorar mais ainda, encharcado pelo aguaceiro que caiu na região.

Sobres os dois times prevaleceu o de maior força, maior investimento, tradição e jogadores. Embora por um placar apertado e sem demonstrar um elenco sequer  10% próximo aos que apresentava há anos. E mesmo assim passando apertado, com o já desgastado treinador Abel na casa, tendo de frear o jogo com substituições nos últimos 20 minutos. Maiores detalhes, como pênaltis mal marcados para ambos os lados e absoluta falta de qualidade técnica e um “estádio” às moscas não creio que mereçam maiores comentários. Alguém tirou algo positivo desse jogo fora o Fluminense no avanço da tabela?

Sobre Neymar, não há necessidade de falar muito porque a mídia o tem feito com uma frequência tão desproporcional que nem parece por se tratar de ibope, mas absoluta falta de assunto mesmo. Ou tentando criar uma expectativa e um suspense que envolvam o povo brasileiro, hoje, no futebol, absolutamente desconectado com a Copa do Mundo que nos aguarda.

Ao ver as cenas de Neymar, ultimamente, lembro de Pelé na Copa de 62. Ao distender a virília no segundo jogo e ficar o restante da Copa do Chile de fora. Sem levar em conta a propagação da tecnologia de 1962 para 2018, imaginem se fosse hoje, com Pelé. Neymar é um jogador jovem, o maior em atividade do futebol brasileiro, e perde-lo numa Copa é impensável. Acho muito difícil isso ocorrer, embora não seja médico traumatologista, baseado nas próprias declarações desses profissionais.

E desejo também a recuperação do craque, que provavelmente irá acontecer. Mas, faço um alerta: desde o ano passado eu venho chamando a atenção sobre esse “oba oba” exacerbado da seleção brasileira. Lembrando que no futebol tudo muda muito rápido. Mesmo com uma equipe estando num momento muito bom como estava a de Tite até há pouco. Fora não ter enfrentado outros tipos de escolas de futebol, conforme bati algumas vezes nessa tecla. Hoje, para mim, o Brasil não é favorito. Ninguém é ou pode se considerar favorito à conquista da Copa do Mundo de 2018 em Moscou.

Vamos adiante! Abraços!

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