Peço ao leitor, antes de mais nada, que tenha paciência
com a maioria das crônicas que escrevo abordando aspectos negativos do futebol.
Mas, é um compromisso meu com vocês, e da minha coluna “Futebol de Fato”,
abraçar, perseguir, incansavelmente, a verdade dos fatos. Seria estúpido da
minha parte ou demagógico, transmitir aquilo que não acontece. Ou apenas que
gostaríamos que acontecesse. Bem mais distantes ficamos de uma solução.
De início escolhi abordar o que vi hoje pelo campeonato
estadual do Rio de Janeiro no jogo Fluminense 2 X 1 Volta Redonda, disputado em
Xerém, estado do Rio, no “estádio” de Los Lários. Coloquei o estádio entre
aspas porque você, leitor e amante do futebol, torça pra que time torcer não
merece assistir a uma partida em um espaço improvisado, deprimente daqueles.
Pra piorar mais ainda, encharcado pelo aguaceiro que caiu na região.
Sobres os dois times prevaleceu o de maior força, maior
investimento, tradição e jogadores. Embora por um placar apertado e sem
demonstrar um elenco sequer 10% próximo
aos que apresentava há anos. E mesmo assim passando apertado, com o já
desgastado treinador Abel na casa, tendo de frear o jogo com substituições nos
últimos 20 minutos. Maiores detalhes, como pênaltis mal marcados para ambos os
lados e absoluta falta de qualidade técnica e um “estádio” às moscas não creio
que mereçam maiores comentários. Alguém tirou algo positivo desse jogo fora o
Fluminense no avanço da tabela?
Sobre Neymar, não há necessidade de falar muito porque a
mídia o tem feito com uma frequência tão desproporcional que nem parece por se
tratar de ibope, mas absoluta falta de assunto mesmo. Ou tentando criar uma
expectativa e um suspense que envolvam o povo brasileiro, hoje, no futebol,
absolutamente desconectado com a Copa do Mundo que nos aguarda.
Ao ver as cenas de Neymar, ultimamente, lembro de Pelé na
Copa de 62. Ao distender a virília no segundo jogo e ficar o restante da Copa
do Chile de fora. Sem levar em conta a propagação da tecnologia de 1962 para
2018, imaginem se fosse hoje, com Pelé. Neymar é um jogador jovem, o maior em
atividade do futebol brasileiro, e perde-lo numa Copa é impensável. Acho muito
difícil isso ocorrer, embora não seja médico traumatologista, baseado nas
próprias declarações desses profissionais.
E desejo também a recuperação do craque, que
provavelmente irá acontecer. Mas, faço um alerta: desde o ano passado eu venho
chamando a atenção sobre esse “oba oba” exacerbado da seleção brasileira.
Lembrando que no futebol tudo muda muito rápido. Mesmo com uma equipe estando
num momento muito bom como estava a de Tite até há pouco. Fora não ter
enfrentado outros tipos de escolas de futebol, conforme bati algumas vezes
nessa tecla. Hoje, para mim, o Brasil não é favorito. Ninguém é ou pode se
considerar favorito à conquista da Copa do Mundo de 2018 em Moscou.
Vamos adiante! Abraços!
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