Lucas Uebel / Grêmio FBPA |
Vamos à Porto Alegre hoje desfrutar do Estádio Beira Rio
com um público à altura de seu principal clássico, Grêmio X Internacional,
vencido pelo Grêmio, por 2 X 1. Fora o Estadual de São Paulo, que ainda goza de
alguma credibilidade e onde o que resta de recursos financeiros do futebol
brasileiro está e justo por terem elencos como o do Corinthians, do Palmeiras e
também do Santos ainda conseguem bons públicos e alguns jogos razoáveis de se
ver. Mas não passa disso.
No Rio de Janeiro, já venho destrinchando aqui, é uma
tragédia. Hoje mesmo assistimos à Fluminense X Nova Iguaçu, no Maracanã. Se
você não entendeu, eu vou repetir: Fluminense X Nova Iguaçu, no horário nobre,
no descaracterizado Maracanã, com um gramado recheado de surpresas como buracos
e desníveis acentuados pela má qualidade de seu tratamento. Sobre o jogo, não
vale à pena falar. A quantidade de torcedores no estádio, creio que não
chegaram à 10 mil, espelham o fracasso melancólico e deprimente desse modelo de
campeonato e seus organizadores.
Mas, voltando à Grêmio X Internacional, como me referi
antes, se não houve a qualidade técnica dos tempos de Ancheta, Tarcisio,
Renato, Falcão, Carpegiani, entre outros, houve um bom público pela rivalidade,
que foi a palavra responsável pelo jogo ter prendido a atenção do torcedor, até
de outros clubes, nos 12 minutos de acréscimos. Muita catimba, reclamações e
jogadas ríspidas, como é comum nesse jogo. Mas a vantagem do Grêmio na primeira
etapa, que poderia ter sido maior, jogando um futebol mais solto, explorando a
falta de cobertura da zaga do Inter nas laterais, com dois gols de Luan, foi
decisiva para o resultado final.
No segundo as coisas mudaram. O Inter, na base da raça,
empurrou o Grêmio pra trás, que por sua vez aceitou o recuo e o gol de Rodrigo,
do Internacional, acendeu o time colorado. Daí pra frente, deu pra perceber que
além de D’Alessandro, um craque, notava-se alguma categoria em pelo menos mais
dois jogadores do Inter pelas jogadas de alguma qualidade que executavam e só
não levaram o clássico ao empate devido ao maior conjunto do Grêmio, sua
postura defensiva mais firme, embora abusando dos erros e dos espaços e de um
Inter a cada minuto mais ansioso e sem paciência para trabalhar a bola, que
certamente o levaria a um empate, que, na soma de tudo, não teria sido nenhuma
injustiça.
O Inter precisa ter, de agora em diante, mais paciência
no comando da equipe. Tentar a contratação de ao menos mais um armador e um
homem de área. Assim como Grêmio decidir romper essa barreira de apenas um bom
time, bem entrosado e difícil de ser batido. É muito pouco, Renato. O Grêmio
tem de ter mais qualidade também.
Abraços e boa semana!
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