domingo, 11 de março de 2018

UM GRENAL NÃO COMO OS DO PASSADO, MAS COM MUITA EMOÇÃO E LUTA

Lucas Uebel / Grêmio FBPA

Vamos à Porto Alegre hoje desfrutar do Estádio Beira Rio com um público à altura de seu principal clássico, Grêmio X Internacional, vencido pelo Grêmio, por 2 X 1. Fora o Estadual de São Paulo, que ainda goza de alguma credibilidade e onde o que resta de recursos financeiros do futebol brasileiro está e justo por terem elencos como o do Corinthians, do Palmeiras e também do Santos ainda conseguem bons públicos e alguns jogos razoáveis de se ver. Mas não passa disso.

No Rio de Janeiro, já venho destrinchando aqui, é uma tragédia. Hoje mesmo assistimos à Fluminense X Nova Iguaçu, no Maracanã. Se você não entendeu, eu vou repetir: Fluminense X Nova Iguaçu, no horário nobre, no descaracterizado Maracanã, com um gramado recheado de surpresas como buracos e desníveis acentuados pela má qualidade de seu tratamento. Sobre o jogo, não vale à pena falar. A quantidade de torcedores no estádio, creio que não chegaram à 10 mil, espelham o fracasso melancólico e deprimente desse modelo de campeonato e seus organizadores.

Mas, voltando à Grêmio X Internacional, como me referi antes, se não houve a qualidade técnica dos tempos de Ancheta, Tarcisio, Renato, Falcão, Carpegiani, entre outros, houve um bom público pela rivalidade, que foi a palavra responsável pelo jogo ter prendido a atenção do torcedor, até de outros clubes, nos 12 minutos de acréscimos. Muita catimba, reclamações e jogadas ríspidas, como é comum nesse jogo. Mas a vantagem do Grêmio na primeira etapa, que poderia ter sido maior, jogando um futebol mais solto, explorando a falta de cobertura da zaga do Inter nas laterais, com dois gols de Luan, foi decisiva para o resultado final.

No segundo as coisas mudaram. O Inter, na base da raça, empurrou o Grêmio pra trás, que por sua vez aceitou o recuo e o gol de Rodrigo, do Internacional, acendeu o time colorado. Daí pra frente, deu pra perceber que além de D’Alessandro, um craque, notava-se alguma categoria em pelo menos mais dois jogadores do Inter pelas jogadas de alguma qualidade que executavam e só não levaram o clássico ao empate devido ao maior conjunto do Grêmio, sua postura defensiva mais firme, embora abusando dos erros e dos espaços e de um Inter a cada minuto mais ansioso e sem paciência para trabalhar a bola, que certamente o levaria a um empate, que, na soma de tudo, não teria sido nenhuma injustiça.

O Inter precisa ter, de agora em diante, mais paciência no comando da equipe. Tentar a contratação de ao menos mais um armador e um homem de área. Assim como Grêmio decidir romper essa barreira de apenas um bom time, bem entrosado e difícil de ser batido. É muito pouco, Renato. O Grêmio tem de ter mais qualidade também.

Abraços e boa semana!

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