Imagem: Correio do Povo |
Não é de hoje e é uma prática antiga, principalmente na
era de Ricardo Teixeira, ex-Presidente da CBF que, além de destruir o Maracanã,
trouxe os maiores malefícios possíveis ao futebol brasileiro, vemos amistosos
com compromissos financeiros contra equipes pouco significativas no cenário do
futebol mundial.
Aliás, Ricardo Teixeira parece um dos intocáveis do mundo.
Metido em diversas transações escusas, goza de liberdade e segue curtindo a
vida e a fortuna que acumulou no cargo quando dirigia a CBF. Até hoje o caso
Nike, CBF e Rede Globo de Televisão é mantido sob o tapete. Os poderes da lei e
da justiça, no caso deles, parecem não ter efeito como com demais conhecidos,
condenados absurdamente e ilegalmente em nosso país.
Após dias conturbados envolvendo problemas de caráter
particular, que ao invés do campo de futebol, tem rendido delegacias de
polícia, Neymar lesionou-se seriamente no primeiro dos inúteis amistosos e já
vai passar mais um período longe do PSG e da seleção brasileira. Lá o prejuízo
é financeiro. No Brasil, é técnico. Mesmo assim, nada justifica a escolha de
Catar e Honduras como preparação para a Copa América. Existem certas seleções,
com alguma tradição em futebol, que podem ajudar muito mais a Tite do que Catar
e Honduras.
No primeiro jogo, contra o Catar, eu não consegui tirar
conclusão alguma que julgue benéfica para o time. E ainda poderíamos ter tomado
um gol em um pênalti perdido pelo Catar ao final da partida. Julgar o
aproveitamento individual é impraticável e a progressão tática e coletiva da
equipe, idem. Restou aos organizadores fomentar de qualquer modo possível algum
entusiasmo entre a torcida de Brasília.
Já no segundo jogo, contra Honduras, no Sul, diante de um
público que não me recordo tão pequeno em jogos da famosa camisa amarela, mais
um fraco adversário: o inoperante Honduras. Mesmo assim, com toda a
superioridade da seleção brasileira, o árbitro conseguiu atrapalhar mais ainda
ao expulsar um jogador de Honduras por uma entrada mais violenta, desanimando o
time visitante e desarticulando qualquer possível novidade de observação para o
técnico Tite. Resultado: colocando alguns jogadores para serem testados no 2º
tempo, vocês não viram mais um jogo de futebol normal envolvendo a seleção
brasileira.
Pode ser que tenha havido alguma “pelada” pior na
história. Não tinha nem o valor de um simples e fraco treinamento. Até a
comemoração dos gols da seleção brasileira, enquanto vencia por 7 X 0, aos 27
minutos do 2º tempo, eram de absoluto constrangimento. Não via nenhuma alegria
em comemorar gols, acertar jogadas, no prazer de jogar, na evolução da equipe.
Do pouco que se pode notar, a seleção ainda depende muito de Neymar e de um
líder em campo. Joga amarrada, previsível e, mesmo assim, ainda dá espaços. Se
alguém se salvou nesses dois primeiros jogos foi a constatação de que David
Neres, do Ajax, pode trazer talento a esse time e alguma esperança ao torcedor.
Fico pensando, como ex-treinador profissional, e outros
treinadores no mundo, e quebrando a cabeça para tentar entender as razões de
estarem destruindo um futebol 5 vezes campeão do mundo e que por décadas e mais
décadas encantou e deu alegria aos brasileiros.
Paciência! Vamos à Copa América!
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