O tradicional e famoso Liverpool, da terra dos Beatles,
conquistou ontem a Liga dos Campeões da Europa pela 6ª vez. E com merecimento,
diga-se de passagem. A equipe inglesa fez uma partida muito mais ofensiva e
recheada de recursos e alternativas táticas contra o Tottenham.
Tecnicamente falando a equipe do Liverpool está apenas um
pouco acima do Tottenham. Contando com o estupendo goleiro brasileiro Alisson,
o excelente zagueiro Van Dijk, o meia atacante Salah e o senegalês Mané, o lado
técnico já se diz mais eficaz que o Tottenham, que, por sua vez, joga um
futebol mais fundamentado na marcação, força e velocidade de seus jogadores.
Como destaques no Tottenham o não menos estupendo goleiro
francês Lloris, o sul-coreano Son, que ontem não fez boa partida e o
centroavante inglês Harry Kane. Ocorre que o seu treinador, Mauricio Pochetino,
abriu mão de um jogador que considero fundamental no esquema do Tottenham, o
brasileiro Lucas, que havia classificado o Tottenham com 3 gols na semifinal
contra o Ajax e por mim seria convocação certa na seleção brasileira.
Não vi um Tottenham bem armado em campo. Seu time atuava
sem harmonia e dava espaços demais quando avançava. E o próprio Lucas, quando
finalmente foi chamado, já após a metade do segundo tempo, foi escalado numa
zona morta do campo. Ficou encaixotado no sistema defensivo de contenção de
zaga do Liverpool, perdendo sua melhor característica de arranque. Até o final
do jogo mal tocou na bola.
O Liverpool fez uma partida, além de mais coesa,
determinada, objetiva e com alma de campeão. Nas poucas vezes em que o
Tottenham chegou com perigo, Alisson se destacou com boas defesas. Torço
bastante para que essa semente dê frutos em breve ao futebol inglês, mesmo com
muitos jogadores de outros países atuando em seu futebol. A Inglaterra deve.
Para um país que inventou o futebol, apenas uma Copa, há quase 53 anos atrás, em
seus domínios, é muito pouco.
Parabéns ao Liverpool e sua entusiasmada torcida!
CAMPEONATO BRASILEIRO
Sobre o Campeonato Brasileiro, guardo estas linhas finais
da crônica para lembrar ao leitor como a iniciei na semana passada, alegre e
satisfeito pelo desfecho da partida do time rubro-negro então dirigido por
Abel. Volto a frisar que Abel nunca foi meu treinador predileto. Mas é
experiente e tem nítidas qualidades. Estava encaixado ao time do Flamengo, seu
retrospecto era super favorável, mas, o estilo do clube da Gávea e os urubus
que o sobrevoam exigem além da conta.
A mídia e os empresários já vinham cavando a contratação
do português Jorge Jesus, que, segundo fontes, já havia acertado com o
Flamengo. Desejo a ele boa sorte, mas vejo com algum ceticismo o futuro do seu
trabalho. O Flamengo é um clube difícil de dirigir e mais ainda por quem não
fala a língua de suas entranhas. Não sabe de seus caprichos e não conhece de
perto o tamanho e a pressão de sua torcida, como Abel conhecia.
Abel fez bem ao pedir demissão, pois sai por cima. Sai
deixando o Flamengo discutindo um assunto vazio que é a escalação ou não de
Arrascaeta. Para mim o ex-treinador rubro-negro estava correto ao abrir mão de
seu futebol em algumas ocasiões.
Vamos aguardar o que vem por aí. Mas, como disse antes,
temo que o Flamengo perca a força que muitos se recusavam a ver que tinha.
Boa semana!
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