Futebol de Fato em vídeo analisa a final do Mundial Interclubes da FIFA
vencida na prorrogação pelo Liverpool sobre o Flamengo.
sábado, 21 de dezembro de 2019
quarta-feira, 18 de dezembro de 2019
FLAMENGO X LIVERPOOL - UMA FINAL QUE NINGUÉM PODE PERDER
Futebol de Fato em vídeo analisa a Final do Mundial de Clubes da FIFA entre Flamengo e Liverpool.
terça-feira, 17 de dezembro de 2019
domingo, 15 de dezembro de 2019
VÍDEO: ENFIM O MUNDIAL DE CLUBES
Futebol de Fato em vídeo dá uma palinha sobre Mundial de Clubes de 2019.
domingo, 1 de dezembro de 2019
VÍDEO: O PIOR BRASILEIRÃO QUE EU JÁ VI
Futebol de Fato em vídeo analisa o desfecho do Campeonato Brasileiro e o Mundial de Clubes
sábado, 23 de novembro de 2019
VÍDEO: FINAL DA LIBERTADORES - FLAMENGO 2 X 1 RIVER PLATE
Futebol de Fato em vídeo dá uma palinha sobre a final da Libertadores: Flamengo 2 X 1 River Plate.
sábado, 16 de novembro de 2019
VÍDEO: FLAMENGO X RIVER PLATE - LIBERTADORES
Futebol de Fato em vídeo dá uma palinha sobre a esperada final da Libertadores entre Flamengo e River Plate.
domingo, 3 de novembro de 2019
ESCALE SUA SELEÇÃO BRASILEIRA AGORA
A minha ainda não está escalada, mas já tenho na cabeça os convocados, tranquilamente. E, com certeza, muitos não são os que Tite tem convocado. Sempre fui adepto da formação de uma seleção ou de um time através de uma base. Se for um clube, a base que já possui, com reforços ou não, e jogadores que tenham qualidade. Se for seleção, os times do país que se destacam. Mas, a história mudou há muitos anos.
Hoje, valoriza-se muito mais os que estão fora do país. Esse é um dos erros que os treinadores têm cometido. Muitos por compromissos com os empresários desses, afinal de contas, você acha que quem manda na CBF são dirigentes esportistas? São empresários de jogadores.
Quando chega a Copa do Mundo, ninguém percebe que uma das maiores dificuldades do técnico, caso não esteja envolvido neste sistema pouco esportivo que falei, é reintegrar os jogadores que jogam fora do Brasil ao nosso real estilo de jogo. Isso acontece também com outros países que não têm moeda forte ou que são dirigidos de fora pra dentro.
No passado, Botafogo e Santos, com alguns enxertos, faziam a base das seleções campeãs do mundo. Dos anos 90 em diante, já foi o contrário. E você, torcedor, não faz ideia de como é difícil casar futebol, interesses, níveis sociais e ascensões financeiras repentinas entre esses jogadores. Há exceções, principalmente nos países mais acostumados a planejamento e organização mais profissionais.
Hoje não seria difícil manter nos convocados de Tite:
Alisson, Marquinhos, Casemiro, Coutinho, Neymar, Vinícius Jr. e Cebolinha. O restante
seria Diego Alves, do Flamengo como um dos postulantes a camisa 1, Rodrigo Caio
(uma pena que Pablo Marí seja espanhol), Felipe Luís, Arão, Everton Ribeiro,
Gerson, Bruno Henrique e Gabigol. No mais, entre os que se destacam nos outros
clubes do Brasil, preenchendo essa base 50% rubro negra, Michael, do Goiás,
Pedrinho, do Corinthians, Reinaldo, do São Paulo, Matheus Henrique e Geromel,
do Grêmio, Rony e Thiago Heleno, do Athlético PR, Edílson, do Cruzeiro e Thales
Magno, do Vasco.
Estes jogadores que citei, bem treinados, dão ao Brasil a força suficiente para mesclar competitividade com técnica. Sem fugir das raízes do futebol brasileiro, sem fugir do drible, da malandragem, do tesão de vencer, da alegria de jogar, da emoção de defender as cores de seu país. Naturalmente um ou outro reforço do exterior ou do país teria de ser chamado (o menino Thalles, que vem surgindo no Goiás, já não me parece mais uma promessa, e poderia ser um deles), mas isso acontece a partir do momento em que você já tem boa parte do time armado.
Estes jogadores que citei, bem treinados, dão ao Brasil a força suficiente para mesclar competitividade com técnica. Sem fugir das raízes do futebol brasileiro, sem fugir do drible, da malandragem, do tesão de vencer, da alegria de jogar, da emoção de defender as cores de seu país. Naturalmente um ou outro reforço do exterior ou do país teria de ser chamado (o menino Thalles, que vem surgindo no Goiás, já não me parece mais uma promessa, e poderia ser um deles), mas isso acontece a partir do momento em que você já tem boa parte do time armado.
Sinceramente, só não manteria o atual treinador. Outros como Luxemburgo e Ney Franco, no meu julgo, são bem superiores.
Boa semana!
domingo, 27 de outubro de 2019
A AGONIA TRICOLOR
Futebol de Fato em vídeo analisa a agonia tricolor no Campeonato Brasileiro após o empate em 1 X 1 contra a Chapecoense, no Maracanã.
quarta-feira, 23 de outubro de 2019
VÍDEO: FLAMENGO 5 x 0 GRÊMIO - LIBERTADORES
Futebol de Fato em vídeo analisa Flamengo 5 x 0 Grêmio pelo segundo jogo da semifinal da Libertadores.
domingo, 20 de outubro de 2019
VÍDEO: FLA 2 x 0 FLU - FLAMENGO x GRÊMIO
Futebol de Fato em vídeo analisa o Fla x Flu e o segundo jogo da semifinal da Libertadores da América 2019, entre Flamengo x Grêmio.
domingo, 13 de outubro de 2019
DIA HISTÓRICO NO FUTEBOL
O jogo de ontem, dia 12/10/2019, no Maracanã,
proporcionou a muitos um dos momentos mais valiosos da história do futebol
brasileiro. Não necessariamente pela partida vencida pelo Fluminense por 2 x 0
frente ao Bahia. Mas, pela iniciativa inédita, corajosa e iluminada do técnico
Roger, do Bahia, e do técnico Marcão, do Fluminense. Ambos, neste abraço aí da
foto, deram “cartão vermelho” ao hediondo racismo no futebol, dando destaque
especial à campanha do Observatório da Discriminação Racial.
E o fizeram, vale lembrar, contando com uma verdadeira
aula de cultura social e valores humanos dada pelo técnico Roger, do Bahia, em
entrevista coletiva após a partida.
Roger não poderia ter sido mais feliz em
suas palavras, expondo a ferida que afeta, não só ao Brasil, mas ao mundo, e
não se esquecendo de ter a iniciativa e a personalidade de citar até a
destruição de valores e direitos sociais que vêm ocorrendo no Brasil,
sacramentada pelo atual governo. O extermínio dos avanços alcançados no Brasil
através dos governos e suas conquistas nos últimos 15 anos. Você não deve
perder o vídeo e a memorável reportagem a que me refiro.
Vale lembrar que já toquei neste assunto aqui várias
vezes. Pedindo, inclusive, a manutenção do técnico Marcão a um clube, o
Fluminense, que já teve machada sua história com episódios antigos de racismo
velado. O próprio apelido “Pó de Arroz” surgiu no clube devido ao racismo, onde
tanto trabalhadores, como negros jogadores de futebol, considerados empregados
do clube, entravam no seu ambiente de trabalho, no estádio das Laranjeiras,
pelo portão de serviço. Graças a Deus o atual Presidente, Mário Bittencourt,
tem os olhos abertos e uma visão mais larga sobre essa calamidade. E ele sabe
que o clube hoje ainda é dominado por algum preconceito racial.
Já tivemos Andrade, Jayme, Lula Pereira, Cristóvão e um
ou outro que possa estar esquecendo de citar. Todos com passagens meteóricas,
mesmo fazendo um bom trabalho, como foi o caso de Andrade e Jayme, no Flamengo.
E fecho esta coluna citando o maior exemplo desta praga num país que se
submeteu a este julgo. No ano de 2000, assisti a um jogo festivo beneficente ao
então ex-jogador Bianchini, na cidade de Cordeiro, no Estado do Rio de Janeiro,
na presença de Vavá, ex-centroavante bicampeão do mundo, já falecido, e de
Waldir Pereira, o Didi. Na ocasião, já aposentado, e o considerando, como
sempre considerei desde que o conheci no Fluminense quando eu era jogador, em
1975, o maior treinador que já vi, arranquei do Mestre Didi num papo informal
naquele dia, toda sua mágoa por nunca ter sido convocado para treinar a seleção
brasileira. E a razão era taxativa: puro racismo: “Nunca esperei dos cartolas o
convite para ter a honra de dirigir a seleção do meu país por causa da minha
cor”, disse ele.
Na ocasião fiquei com os olhos cheios d’água e tentei
entender como o país onde a raça negra predomina e que gerou o maior jogador de
todos os tempos, Pelé, negro, pode aceitar isso, pode conviver com isso e pode
admitir esse crime na sua história.
domingo, 6 de outubro de 2019
NOSSAS REVELAÇÕES SÃO CONFIÁVEIS?
Com toda certeza, a maioria não. Esta, da foto que
utilizei, com 18 anos de idade, chamada João Pedro, do Fluminense Futebol
Clube, já nem é mais do Fluminense Futebol Clube. Pertence ao Watford, da
Inglaterra. Quem vendeu, se deu bem. Que comprou, provavelmente não terá
prejuízo. Mas, lhe garanto que não terá o futebol que imagina.
Jogador muito badalado, chegando às manchetes das mídias
esportivas, tratado quase como um fenômeno e uma revelação que fazia chorar os
torcedores do Fluminense por perde-la precocemente. Vi um jogo diante do
Atlético Nacional, da Colômbia, no Maracanã, onde por volta dos 15 minutos ele
já havia assinalado 2 gols e participado de outro, levando a torcida tricolor ao
delírio. Movido pela paixão, o torcedor sequer percebeu que o time que ele
enfrentava, que o deixava deslizar em campo, correndo com passadas largas,
lembrando uma gazela, pelo seu estilo físico, estava em uma bruta crise. Seu
treinador, o brasileiro Paulo Autuori, com a cabeça a prêmio, e, a começar
pelos zagueiros, sequer sabiam se posicionar em campo.
Minha intenção não é desmerecer João Pedro. Mas sim
mostrar minha visão da realidade do seu futebol. Já vi cerca de 15 ou mais
jogos dessa promessa. Não vi nada do outro mundo, a não ser um jogador esguio, coordenado,
rápido, mas com um potencial técnico não totalmente desenvolvido. Fundamentos
como cabeceio e finalização de média e curta distância deixando muito a
desejar. E os deslocamentos quase sempre errados. Vejo falhas na proteção de
bola. E cheguei mesmo a duvidar do seu real interesse em defender o Fluminense
até sua mudança definitiva para a Inglaterra. Já se envolveu em confusões com a
torcida fora do jogo, pela cobrança da mesma, justo porque ela já desconfia em
quem tanto apostava. E com razão. O jogador não tem o futebol que muitos
pensavam ou esperavam. Inclusive eu.
E isso vai se tornando comum nos clubes brasileiros. Uma
forma, como se diz, de salvar a lavoura, arrumar o caixa, disfarçando sua visão
unicamente comercial, se aproveitando da incompetência, da irresponsabilidade e
da podridão que existe nas categorias de base dos clubes, em sua maioria. Raros
trabalham com seriedade e com os profissionais qualificados para tanto. Usam a
base como máquina de fazer dinheiro. Usam, na base, profissionais de origem
estranha ao futebol. Quando não são chancelados, apadrinhados ou tido como “modernos
e estudiosos”, como se futebol na categoria de base também fosse aprendido em
livros. Enxergar o dom e a arte é um mistério. E, provavelmente, o dom e a arte
não são bem aproveitados e são pouco confiáveis. E quando são previamente
escolhidos, jogadores com potencial (uma palavra que não gosto de usar)
razoável, promissor, esse jogador só é visto do ponto de vista científico. Não
técnico. Não se trabalham as finalizações e os fundamentos necessários e
imprescindíveis a um jogador revelado na categoria de base dos clubes.
E para piorar tudo, em países como Brasil, Argentina, Colômbia,
Peru etc, a vulnerabilidade é muito maior, porque são países exportadores de
jogadores. Países pobres diante do poder do dólar e do euro. Essa mistura que
coloquei acima, num todo, torna, com absoluta convicção, um campo cheio de
soluções em um buraco sem fundo. O futebol das divisões de base deve ser
devolvido a quem de direito. A quem conhece futebol de verdade, a quem vive
futebol, tem tradição no futebol e, de preferência, tenha jogador futebol. E
nunca transitar frouxo e livre sem os olhos da Receita Federal dos países que
revelam jogadores que usam como simples mercadorias.
Boa semana!
quarta-feira, 2 de outubro de 2019
VÍDEO: GRÊMIO 1 x 1 FLAMENGO - LIBERTADORES
Futebol de Fato em vídeo dá uma palinha do que foi Grêmio 1 x 1 Flamengo em Porto Alegre, pela primeira partida da semifinal da Libertadores da América 2019.
segunda-feira, 30 de setembro de 2019
A DANÇA DAS CADEIRAS DOS TÉCNICOS
Os últimos dias no futebol brasileiro, em especial, foram
marcados pelo entra e sai de treinadores. Não se trata de nenhuma novidade no
nosso futebol. Muitas vezes certos ou errados, os clubes usam essa prática que já
se tornou comum como solução ou política com os torcedores, ou, ao julgamento
deles, para resolver o problema de rendimento de uma equipe. A grande questão é
a escolha. Os parâmetros e o conhecimento de quem escolhe quase sempre são
sofríveis. Dirigentes sem nenhum conhecimento das quatro linhas e conceitos
desprovidos de planejamento, sem obedecer às normas do futebol.
Tivemos a saída de Felipão do Palmeiras e a entrada de Mano Menezes. De início, houve uma melhora. Felipão parecia desgastado com seu elenco e a perda da liderança afetou ainda mais. Mano deixou o Cruzeiro, e, como disse, assumiu o Palmeiras, depois de perder um caminhão de jogos e ver seu time afundar. Foi substituído por Rogério Ceni, que já foi “demitido” pelos próprios jogadores do Cruzeiro, que optou por Abel, que havia afirmado ao Fluminense que não aceitaria o convite porque pensava em descansar. Isso até ter conhecimento do valor da proposta do time Mineiro. Rapidamente o técnico mudou de ideia.
Tivemos a saída de Felipão do Palmeiras e a entrada de Mano Menezes. De início, houve uma melhora. Felipão parecia desgastado com seu elenco e a perda da liderança afetou ainda mais. Mano deixou o Cruzeiro, e, como disse, assumiu o Palmeiras, depois de perder um caminhão de jogos e ver seu time afundar. Foi substituído por Rogério Ceni, que já foi “demitido” pelos próprios jogadores do Cruzeiro, que optou por Abel, que havia afirmado ao Fluminense que não aceitaria o convite porque pensava em descansar. Isso até ter conhecimento do valor da proposta do time Mineiro. Rapidamente o técnico mudou de ideia.
Rogério Ceni, como disse, boicotado ou não pelos jogadores
do Cruzeiro, foi readmitido com honras de Estado pelo Fortaleza. Numa atitude, a
meu ver, de pouca autovalorização da equipe nordestina. Os parâmetros para
tê-lo de volta foram regionais e não técnicos, diminuindo a importância do
clube, que, por sua vez, desprezou e desvalorizou o trabalho do então
contratado Zé Ricardo. Talvez a diretoria do Fortaleza aprenda com o que deve
vir por aí, que em futebol as coisas não se repetem com precisão.
O Fluminense dispensou Oswaldo, quando nunca deveria tê-lo admitido, substituindo Fernando Diniz, que foi chamado para acertar o São Paulo. Oswaldo parecia que trabalhava de graça, não mostrando nenhuma solução a um clube em apuros na tabela, se envolvendo em problemas com o meia Ganso, além de mandar gestos pouco educados para os torcedores. Marcão, que deveria ter ficado anteriormente, reassumiu. Se o Fluminense não fizer nenhuma bobagem, achando que o pedigree e o nome dos treinadores são mais importantes que seu passado no futebol e seu conhecimento técnico, Marcão tem boas chances de colocar o Flu nos eixos, o que parece já estar acontecendo. Será, inclusive, uma vitória contra o preconceito, pois, inexplicavelmente, o futebol brasileiro raramente reúne treinadores negros dirigindo suas equipes.
O Fluminense dispensou Oswaldo, quando nunca deveria tê-lo admitido, substituindo Fernando Diniz, que foi chamado para acertar o São Paulo. Oswaldo parecia que trabalhava de graça, não mostrando nenhuma solução a um clube em apuros na tabela, se envolvendo em problemas com o meia Ganso, além de mandar gestos pouco educados para os torcedores. Marcão, que deveria ter ficado anteriormente, reassumiu. Se o Fluminense não fizer nenhuma bobagem, achando que o pedigree e o nome dos treinadores são mais importantes que seu passado no futebol e seu conhecimento técnico, Marcão tem boas chances de colocar o Flu nos eixos, o que parece já estar acontecendo. Será, inclusive, uma vitória contra o preconceito, pois, inexplicavelmente, o futebol brasileiro raramente reúne treinadores negros dirigindo suas equipes.
Nas próximas rodadas
teremos uma ideia do que deu certo ou não. Mas, uma coisa é certa: o critério
de escolha dos treinadores brasileiros é furado. Raramente tem algum requisito
técnico e profissional presente na opção por este ou aquele nome.
Abraços!
Abraços!
domingo, 22 de setembro de 2019
FANTASMA DO REBAIXAMENTO JÁ RONDA TIMES GRANDES
O recado é pra você, Cruzeiro, Vasco da Gama, mas,
principalmente, para o Fluminense. Neste sentido, existe uma conta de débito
esportivo já histórica com o tricolor das Laranjeiras. Em uma das últimas
parcelas dessa dívida, um dos protagonistas principais foi você mesmo, Mário
Bittencourt, hoje Presidente do Fluminense Futebol Clube.
Em 2013, como advogado, você conseguiu junto ao STJD um
caminho anti-esportivo para livrar o time da série B. Não vou entrar em maiores
detalhes, mas o que aconteceu entre Fluminense, Portuguesa e Flamengo,
envolvendo a própria Unimed e o atual vice-Presidente, Celso Barros, me deixou,
como esportista, envergonhado.
E é muito triste que haja uma grande parte de torcedores
que apoie esse tipo de manobra, sem perceber que seu clube vai ficando “mal na
fita”. Vai perdendo popularidade, moral, simpatia, mais ainda quando se trata
de um clube de 117 anos de existência e que já sofrera problemas dessa ordem
nos anos 90, passando por situações humilhantes e vexaminosas. Não sou eu que
digo, a história registrou.
Dos três clubes que mencionei, o Cruzeiro tem um elenco
bem melhor que o do Fluminense, mas passa por turbulência política interna que
vem afetando o desempenho da equipe há mais de 3 meses. E o Vasco, apesar do
excelente treinador que tem, tenta tirar água de pedra, com um elenco igual ou
pior que o do Fluminense.
Voltando ao tricolor, já disse aqui que vi torcedores
lamentando a saída de Fernando Diniz, no mês passado. Eu acompanhei o trabalho
dele desde o início até sua demissão e não faltam críticas a seu modelo de jogo
e muitas vezes à escalação escolhida. Nenhum time, Barcelona, Real Madrid ou Liverpool,
joga para trás hoje no mundo. Muito menos se não tiverem defensores de
qualidade técnica, saída de bola de harmonia e timming e homens objetivos, rápidos e eficientes na frente. Diniz
insistiu nisso e 90% da agonia atual vem das ideias dele.
Entretanto, sua substituição, que era um momento chave
(não poderia haver escolha errada, mesmo sem verba para voos mais altos), foi
ruim também. Oswaldo de Oliveira não tem o perfil e a visão de futebol que o
clube precisa. Já disse aqui que com Harvard, sem Harvard, com PHD ou não, o
treinador estava lá. Foi aquele que foi a São Paulo e fez, ao meu ver, o melhor
dos últimos 10 jogos do clube, jogando contra o Corinthians, em seus domínios,
consciente, competitivo e travando o adversário. É o suficiente? Evidente que
não. Ninguém vive de pouco assim. Mas Marcão é boleiro, jogou lá, estava lá e é
muito querido e experiente. Não havia razões para não seguir com ele. A não ser
as que lamentavelmente suspeito.
Hoje, no Serra Dourada, o Fluminense enfrentou um Goiás
de jogadores de média de idade baixa, bem dirigidos pelo excelente treinador
Ney Franco, e que foi para o jogo com uma estratégia pronta, ao contrário do
Fluminense, que toca 30, 40 passes e no limiar da grande área tenta romper uma
parede defensiva como num passe de mágica, usando raio-x, sem variedade de
jogadas, sem qualidade técnica do lateral escolhido para o lugar de Igor
Julião, sem jogadas agudas de linha de fundo, sem o toque individual, com as
joias de Xerém omissas e desligadas, com um Ganso que chega a dar depressão ao
ver andar em campo, com uma zaga sem sintonia, sem projeto, sem linha de
marcação.
O 3 a 0 pode ter parecido muito, mas foi, sim, de bom
tamanho. Não foi maior o resultado porque o projeto de jogo do Goiás era
aquele, de contra-ataque. E qualquer time hoje do futebol brasileiro, mesmo
fraco, que tenha pelo menos um bom preparo físico, se jogar na defesa, marcar
bem e sair nos contra-ataques, pode não vencer, mas não perde do Fluminense de
modo algum.
Ou a direção do clube age imediatamente ou o caminho da
série B - nem nos tribunais dessa vez - será evitado.
Uma boa semana!
sábado, 14 de setembro de 2019
JESUS E O CONCEITO ERRADO DO FUTEBOL BRASILEIRO
No decorrer desta semana, um jornal carioca, que não me
recordo agora o nome, divulgou uma entrevista com o atual treinador do Flamengo,
Jorge Jesus, realizada, se não me engano, ano passado, em outro país. Não sei
se o pensamento revelado na entrevista modificou ao chegar ao Flamengo. Pelo
que li, muita gente gostou e aprovou o que disse. Como um jornalista, por
exemplo, de um canal fechado, que tem dado declarações polêmicas, não sei com
que intenção, mas penso que é um direito dele. O jornalista disse que o
comentário de Jorge Jesus “incomodou muito os treinadores brasileiros, pois
tocara na ferida da classe”.
O comentário, minha gente, se refere a um suposto
adormecimento do futebol brasileiro após conquistar as 5 estrelas. Jesus disse
que o futebol brasileiro “deitou nas glórias do passado; não estudou e não
evoluiu taticamente e fisicamente”. Eu me assustei e me surpreendi, pois
começava a fazer de Jorge Jesus um bom conceito como treinador. Dentro dos
limites que conheço do futebol português, caso me fizessem a mesma pergunta,
diria que, calcado em Cristiano Ronaldo e mais três ou quatro bons jogadores, a
última geração portuguesa forneceu ao mundo uma boa equipe conquistando a taça
da Europa e tendo boa participação nos torneios e nas Copas que disputou sob o
comando de Fernando Santos, ao meu ver um excelente treinador, que comandou e
armou muito bem a seleção portuguesa. Expôs um trabalho simples e eficiente,
dentro dos padrões em que atua o futebol português.
Sobre o que disse Jorge Jesus, eu diria, na gíria
brasileira, que ele pisou na bola. Nem todos os treinadores ou profissionais
que estão em seu melhor momento são felizes no que dizem. E, me permita, Jesus,
você disse uma bobagem sem tamanho. Em 2006 (aí sim uma seleção desarrumada em
sua escalação e definição tática e técnica), 2010, 2014 e 2018, o que faltou
foi o talento de 2002, 94 e nos anteriores das conquistas brasileiras.
Vamos por partes, na parte física há muito tempo as
seleções brasileiras não “abrem o bico”, não são superadas pelo melhor
condicionamento físico dos adversários. Tampouco pelo lado tático. Sempre disse
que é um erro grosseiro a linha de que “o treinador chega no clube com sua
proposta tática pronta e trabalha para que os jogadores se encaixem nela”. É
justo o contrário, companheiro. É diante do material que você dispõe que você
monta seu esquema tático e até físico. Todo futebol , assim como outros
esportes, cito o basquete por exemplo, a raiz americana não aceita modificações
pois ela deu certo. E ai de quem propuser alguma modificação nela. É o estilo
americano de jogo. Pode contar com melhores ou piores jogadores. Mas não se
mexe na raiz, na base e na essência de uma seleção.
Em nossas 5 estrelas, Jesus, não faltam vídeos que te
provem que a qualidade técnica foi muito superior a dos adversários. Meu
comentário de forma alguma despreza o estudo, a fisiologia, a fisioterapia, a
medicina esportiva, a preparação física, a parte teórica. De forma alguma. Mas
não é em razão dela que decaímos. É justo por tentarmos priorizar o que as
outras seleções fazem há muito tempo, usando a parte física, tática e
organizacional da melhor forma possível, que estamos entrando pelo cano.
Você dirige um time hoje que tem dois jogadores altamente
técnicos e velocíssimos no ataque, abastecidos por dois outros extremamente
técnicos e dotados de muitos recursos. A diferença do elenco que lhe deram pra
trabalhar hoje para os demais clubes é quilométrica. Isso não anula sua
capacidade e sua competência. Mas fica provado que anular seu time que tem como
propósito técnico o seu abre alas é bastante difícil, concorda?
O técnico Vanderlei Luxemburgo, que comanda um time
fraquíssimo e envolto em políticas sinistras, como o Vasco da Gama, também
partilha desta opinião que expus. Muito experiente, Luxemburgo já dirigiu times
no exterior de primeiro nível, conhece perfeitamente os cursos e o estudo que é
feito com os técnicos que saem do Brasil e tentam se aperfeiçoar no exterior. O técnico Muricy Ramalho ratifica o mesmo
pensamento. Resumindo, ninguém saiu daqui pior e voltou melhor.
Vale a pena citar um comentário muito feliz de Luxemburgo:
“Houve uma mudança dentro do futebol brasileiro, uma preocupação muito grande
com a tática, e a essência do empirismo brasileiro foi esquecida. Não estamos
jogando o futebol brasileiro”. Eu assino embaixo, Vanderlei. E uso um exemplo
simples: pergunte aos nossos adversários do passado e do presente o que eles
mais temiam e temem jogando contra o futebol brasileiro, se é uma tática
inovadora ou um drible desconcertante.
Mas a maioria está querendo aparecer mais que o drible,
mais que o jogador, mais que o jeito brasileiro de jogar, distorcendo nossas
raízes, nosso estilo e já escolhendo na base dos clubes jogadores pelo lado
atlético e não pelo lado técnico. E quem os escolhe em via de regra são
preparadores físicos e muitas vezes estagiários ou apadrinhados.
Para fechar meu raciocínio: enquanto acharem que o
futebol começou há 10 minutos e que o estudo é carro chefe do futebol jogado no
Brasil desde sua origem, nos igualaremos a quem só pode estudar pra melhorar. A
quem tem a cintura dura e não foi abençoado com a magia responsável por 5
títulos mundiais e o maior número de vitórias de uma seleção de futebol no
mundo.
domingo, 8 de setembro de 2019
O BRASIL PODE CONFIAR EM NEYMAR?
Créditos: Michael Reaves/Getty Images |
É difícil dizer isso hoje. Muitos acham que sim, outros
acham que não. Neymar está com 27 anos, já faz muito tempo que nós vimos ele estreando
pelo Santos ao lado de Ganso, André e outros. Era uma promessa, ficou no Santos
como uma promessa e virou o craque de Vila Belmiro, fenomenal.
Mas já fazem 10 anos de seu início de carreira e Neymar
se aproxima dos 30 anos de idade. É pouco em termos de idade, mas o problema é
que ele está mostrando muito pouco, para tanto tempo de futebol. Esperava-se muito
mais de Neymar do que o quê vem fazendo. Nas duas últimas Copa do Mundo então,
nem se fala. E nos clubes, nos amistosos e nos jogos que participa da seleção,
em que pese ter tido contusões graves, Neymar caiu de produção, sim. Não tem
jogado mais aquele futebol objetivo, voltado para o gol. Quando consegue algum
destaque, parece jogar para ele e não para o Brasil.
Vamos fazer uma comparação para quem viu jogar (quem não
viu pode consultar alguns momentos no Youtube) com Garrincha, que era um
jogador virtuose, fora do comum, mas que jogava para a seleção brasileira.
Quando Pelé se contundiu na Copa de 62 foi Garrincha que assumiu o protagonismo
de Pelé e fez gol de perna esquerda, de cabeça, de tudo quanto foi jeito. Não
entendo, portanto, a dificuldade de Neymar diante da moral que tem com o
futebol brasileiro.
Muita gente já está começando a colocar em dúvida o
sucesso da carreira de Neymar. E parece que está custando a amadurecer como
jogador. Cai em todas as provocações dos adversários, se irrita com entradas
mais duras, cria uma quizomba, tenta dar o troco... E isso não é uma boa
prática de profissional, de experiência, algo que traga benefício pro time que defende
e pro próprio jogador.
Talento, qualidade técnica, sabemos que tem de sobra.
Possui um leque de opções de futebol, de habilidade, fora do comuns. É um
jogador diferenciado, totalmente acima da média. Como Messi e Cristiano Ronaldo,
que no momento já entram em declínio. Se analisarmos bem, o próprio futebol do
Messi já começa a cair um pouco da média do que apresentou em toda sua
carreira. A mesma coisa com Cristiano Ronaldo, muito por conta de sua idade.
Mas Neymar ainda tem uma boa idade para fazer uma próxima Copa do Mundo de
muito sucesso, mas tenho dúvidas do que Neymar pode vir a render, assim como as
dúvidas, que você, leitor, também deve ter com relação a seu rendimento.
É uma jogada boa, uma complicada, um drible a mais sem
necessidade, uma reclamação, um tumulto. Neymar está sempre se envolvendo em
uma confusão. Além de, em minha opinião, Neymar estar sendo escalado há muito
tempo preso na ala esquerda sem necessidade. Neymar é um jogador que tem que
ter liberdade para flutuar no ataque, entrar pelo meio, cair pelos flancos,
jogar à vontade, porque é um jogador ofensivo, criativo, não tem que ter
posição fixa no ataque. Neymar não precisa voltar para marcar. Ele no campo
adversário já prende pelo menos dois ou três adversários. É uma bobagem, um
erro absurdo você querer que o Neymar volte para marcar. Deixa o gás dele ser
utilizado para situações ofensivas da seleção ou do clube que defende.
Voltando ao título que coloquei, se devemos ou não
confiar em Neymar, é ele quem tem que provar isso pra gente, se merece
confiança. Ninguém esquece de jogar bola. Neymar não desaprendeu. Mas não está
jogando mais o que jogava. E continua com sérias dificuldades de
amadurecimento. Pela idade e experiência que tem, já era para ser mais imune a
certas situações de jogo, a certas catimbas. Deveria tirar um proveito mais
inteligente da marcação dos adversários e das provocações deles.
Neymar cai na provocação, entra no jogo dos outros, joga
muito pra si e provoca, chamando até a violência do adversário. É evidente que
o fato dele ser muito magro, franzino, facilita isso. Mas não é só por isso.
Messi também é e não apanha como Neymar. “Ah, Neymar deve dar o troco!”. A
questão não é dar troco, mas você tem que saber utilizar isso dentro de campo,
a seu favor e a favor do time que defende.
Portanto, só Neymar poderá nos responder se a seleção
brasileira e o clube que defende podem confiar no seu jogo. Isso veremos com o
tempo. Porque futebol ele tem de sobra, mas está devendo há 2, 3 anos uma fase
de encher o nossos olhos. Bola não lhe falta pra isso.
Pergunta ao leitor: você acredita que esses 2 amistosos da seleção nos Estados Unidos são de caráter esportivo, técnico, tático, ou de caráter financeiro?
Pergunta ao leitor: você acredita que esses 2 amistosos da seleção nos Estados Unidos são de caráter esportivo, técnico, tático, ou de caráter financeiro?
domingo, 1 de setembro de 2019
O QUE FAZ A CBF? QUEM É SEU PRESIDENTE?
Lucas Figueiredo/CBF |
Você sabe quem é? Sabe quem é o vice-presidente? E
diretores de futebol, conhece algum? Bom, creio ser meu dever informar os
nomes, pelo menos:
Presidente: Rogério Caboclo
Vice Presidente: são vários, caro leitor, como Antônio
Carlos Nunes e Fernando Sarney
Diretor de Competições: Manoel Flores
Diretoria de Projetos Estratégicos: Gustavo Perrella
Ainda há outros nomes. Talvez o mais conhecido pelo
sobrenome seja Gustavo Perrella, filho de Zezé Perrella, hoje político e
ex-Presidente do Cruzeiro.
Talvez o internauta esteja se perguntando: “Por que não
falar do belíssimo jogo que o Flamengo tem apresentado, da Copa Libertadores,
da desclassificação do Fluminense na Copa Sul-americana na última
quinta-feira...?”. Por opção minha. Porque há um desequilíbrio evidente, uma
desorganização que você não vê, além de fatos misteriosos que vem desde a época
do intocável e abominável homem “invisível” ex-Presidente da CBF chamado
Ricardo Teixeira. Aquele que disse a famosa frase em 1989: “No parking, no
business”, referindo-se ao Maracanã, quando na ocasião interpretei como uma clara
intenção de derrubar o estádio. Ele não só “destombou”, como praticamente
acabou com ele.
Nunca faltou verba, inclusive espaço de melhor acesso,
para se construir um estádio com capacidade para 60, 80 mil pessoas que
cumprisse às normas da FIFA para jogos internacionais, deixando o Maracanã com
a finalidade que nasceu: o estádio do povo, o templo do futebol, patrimônio do
Rio de Janeiro, do Brasil e do mundo.
Os que sucederam Teixeira, um permanece preso nos Estados
Unidos e o outro, Del Nero, proibido de deixar o país já que é procurado pela
Interpol. Todas as dúvidas que você, torcedor, tem levantado sobre a lisura das
competições no que diz respeito a arbitragens, tabela e alguns fatos estranhos
são de responsabilidade dos senhores que citei no início do texto.
Os intermináveis intervalos de VAR, como o que castigou a
equipe do Fluminense, não são só ação da CONMEBOL, como foi na quinta-feira: 6
minutos de paralisação com o árbitro fazendo uma visível cera e despertando
desconfiança sobre a imparcialidade de seu trabalho. A CBF tem interferência
nisso, mesmo com a competição sendo organizada pela CONMEBOL.
No Brasil tem acontecido (já falei aqui algumas vezes
sobre isso), volta e meia, o uso indiscriminado e errôneo do VAR. E pior que os
comentaristas de arbitragem das TVs praticamente nada fazem. É um outro
mistério a relação e os comprometimentos da Rede Globo de Televisão, que detém
praticamente todos os direitos de transmissão esportivas do Brasil e do
futebol, em particular, com a CBF. Você não tem a quem recorrer. O estado dos
gramados, como já disse, em geral é péssimo.
Apenas jogos que envolvem os times de massa como
Flamengo, Corinthians e Palmeiras, tem movimentado grandes públicos. A exceção
é por conta do Nordeste, que sempre teve casa cheia, mas por não ter times de
ponta, não é a praça de preferência da
Globo, por exemplo.
Focar em apenas um clube ou outro, além de desmerecer os
demais concorrentes é prova inconteste de incompetência e mediocridade. O campeonato
tem que ser o mais equilibrado possível para ser um sucesso. Mas suas decisões
são feitas nas sombras, não há representatividade da CBF, tampouco confiança do
torcedor e dos apaixonados por futebol nos órgãos como a própria CBF, as Federações
e a Justiça Desportiva no Brasil.
O campeonato segue sendo empurrado com a barriga. Se não
fosse o bom futebol jogado por quatro ou cinco equipes no país, no máximo,
tanto financeiramente, como tecnicamente, estaria entre os piores. Eu vou mais
longe: basta Flamengo e Palmeiras terem uma queda vertiginosa repentina para
você entender o que quero dizer.
Vou seguir cobrando que haja representatividade, respeito
ao torcedor e moral por parte das autoridades que dirigem o futebol brasileiro.
Com relação a Ricardo Teixeira, Del Nero e suas várias acusações de corrupção e
malfeitos, ah, meu amigo, só um “Snownden”, um “Glenn Greenwald” para exporem
ao mundo o que fizeram e fazem. Ainda.
Boa semana!
domingo, 25 de agosto de 2019
TORCEDOR BRASILEIRO, CUIDADO COM A JUSTIÇA ESPORTIVA
Reprodução: TV Globo |
Censura! Estão censurando no futebol também. Já o faziam,
e agora é lei. Absolutamente nada tem a ver com um novo mundo ou uma nova
realidade social. Digo e assumo. O STJD (Superior Tribunal de Justiça
Desportiva Brasileiro), seguindo uma recomendação da FIFA, emitiu nota para o
quadro de arbitragem, federações e clubes determinando que cânticos homofóbicos
de torcedores sejam relatados na súmula para punição com multa ou até perda de
pontos por parte do clube com a torcida envolvida nas ações.
Pois bem, agora a bola está comigo. No jogo de hoje entre
Vasco X São Paulo, em São Januário, no Rio de Janeiro, por volta dos 20 minutos
do 2º tempo, quando o Vasco ainda vencia por 1 X 0, o árbitro Anderson Daronco,
que já tem por hábito aparecer mais que o jogo que arbitra em si, chamou a
atenção do técnico do Vasco Vanderlei Luxemburgo sobre o comportamento da
torcida do Vasco que ofendia o time do São Paulo com um termo ouvido há pelo
menos 50 anos nos estádios de futebol, hoje enquadrado como homofóbico.
Prontamente, ciente da norma, o técnico pediu calma aos torcedores. E eu aqui,
fiquei nervoso. Indignado com a compreensão do que acontecia naquele momento.
Não existem medidas ou normas para acabar com a corrupção
no futebol ou torna-lo um espetáculo melhor de se ver. Mas agora querem calar a
boa do torcedor. O leitor talvez pergunte, “seria eu, o autor do blog, a favor
da homofobia?”. Evidente que não. Como não sou a favor de arranjos no futebol,
corrupção, jogos de péssimo nível e, principalmente, hipocrisia e conversa
fiada. O torcedor não é o protagonista do jogo. É o espectador que paga
ingresso e tem direito a vaiar, aplaudir, elogiar, xingar e ponto final. Ele é responsável
pelos seus atos. Como num cinema, num teatro, num evento público ou privado.
Que falta fazerem? Distribuir cartilhas educativas dizendo o que o torcedor
deve ou não gritar durante um jogo de futebol? Excessos como preconceito
racial, de classe e gênero não podem ser debitados na conta do jogo, do
treinador ou do clube. Há de se criar outra fórmula mais justa e de bom senso
para julgar tais atitudes
Até mesmo uma briga entre torcidas não pode estar na
conta dos clubes participantes. Isso é assunto de polícia. E se ela, a polícia,
julgar que as medidas de segurança do estádio, com mando de campo do clube, não
foram as necessárias, aí entramos em outro aspecto do assunto. Que lei poderia
ser criada? Francamente, não sei. Não sou especialista em leis, não sou
advogado. Mas minha experiência sobre as quatros linhas e o que sei sobre
torcedor, aponta o dedo para os tribunais de justiça e para a FIFA, que fecham
os olhos às falcatruas que, infelizmente, não podemos provar, assim como vários
crimes que acontecem no cotidiano, dentro ou fora do esporte. Quais medidas são tomadas para isso? Quais medidas foram tomadas,
por exemplo, contra a CBF, sobre acusações de corrupção envolvendo emissoras de
TV e a própria FIFA, que redundaram na prisão do ex-Presidente da CBF, José
Maria Marin, ainda pesando acusações e mandados de prisão contra integrantes
que se envolveram em determinados escândalos recentes?
Posso apenas, como treinador e colunista esportivo,
sugerir que haja outro tipo de julgamento sobre a homofobia por parte do
torcedor. Gente especializada que descubra premiações ou boicotes, chegando até
a um mando de campo, por exemplo, dependendo da gravidade do caso, a serem
aplicados. Mas, jamais, órgãos do futebol. Não é a tarefa que lhes cabe.
O jogo em questão terminou com o placar de 2 X 0 para o
Vasco, chamando a atenção para dois aspectos: a péssima arbitragem do juiz
Anderson Daronco, que nem com o VAR acertou na expulsão do jogador Raniel, do
São Paulo (o lance não foi falta para expulsão), e a capacidade técnica do
treinador vascaíno, Luxemburgo, que, apesar do adversário ter um jogador a
menos facilitando seu trabalho, está conseguindo levar um time medíocre a se
afastar da zona de rebaixamento com esses 2 X 0 obtidos hoje sobre o São Paulo.
Boa semana!
Nota: Em breve o Futebol de Fato em vídeo também.
domingo, 18 de agosto de 2019
VASCO 1 X 4 FLAMENGO - A QUALIDADE É A DIFERENÇA
Chegamos à 15ª rodada do Campeonato Brasileiro já com a,
até então, sensação Palmeiras perdendo a ponta e caindo de produção. Entre os seis
primeiros colocados, quatro times paulistas, um carioca e um mineiro. Vou focar
meu comentário no jogo de sábado entre Vasco X Flamengo, que bateu recorde de
público, mas em lugar errado, infelizmente. Dois clubes tradicionais do Rio de
Janeiro (muito provavelmente as duas torcidas juntas somem cerca de 50 milhões
de torcedores, no mínimo) se enfrentando em Brasília, com os interesses
comerciais falando mais alto.
Mando de campo do Vasco da Gama, time inferior, pior
colocado na tabela, mas vindo de uma melhora nos últimos jogos em função de uma
melhor arrumação que o bom treinador Vanderlei Luxemburgo conseguiu. Por mais
que o torcedor de Vasco X Flamengo sinta prazer em assistir seus times de
coração na TV, eu garanto que no fundo eles ficam é tristes. Não posso afirmar,
contudo, que se o Vasco jogasse em seu território teria melhor sorte que ontem.
A diferença de qualidade entre os dois elencos é evidente. Quem assistiu ao
jogo viu isso com toda clareza.
Com a vantagem de 1 X 0 no primeiro tempo, o Flamengo
manteve sua superioridade na segunda etapa, chegando ao 2º gol de forma
arrasadora. Os jogadores contratados pelo Flamengo, principalmente do setor
ofensivo, são rápidos, leves e muito técnicos. Deter a força ofensiva do
Flamengo requer uma estratégia muito bem montada e uma melhor qualidade
individual, tanto defensiva, quanto de meio e ataque. Embora tenha conseguido
dois pênaltis, tendo a chance de deixar o placar mais apertado, até nesse
momento notava-se a diferença entre os jogadores.
O goleiro do Flamengo experiente e muito técnico defendia
os dois pênaltis a favor do Vasco. O Flamengo respondia em alta velocidade, com
trocas de passes e passes de primeira que envolviam e desnorteavam
completamente os esforçados, mas limitados, zagueiros vascaínos. Às vezes com
quatro, cinco e até seis jogadores. O placar deu a medida da diferença entre os
dois times.
E lembro que esta sequência que parece infindável de
derrotas do Vasco para o Flamengo já criou há muito tempo uma barreira
psicológica contra o time vascaíno, que há de precisar de um trabalho muito bem
feito, além de um elenco de boa qualidade e personalidade para superar este
efeito colateral.
Vamos aguardar agora se o Flamengo conseguirá manter esse
ritmo, uma vez que disputa a Libertadores e o próprio Brasileiro e vem de, pelo
menos, umas trinta partidas de forte desgaste. Vamos conferir se o técnico
Jorge Jesus vai saber usar o elenco inteiro e poupá-lo na medida certa. Quanto
ao Vasco, resta a Luxemburgo trabalhar com o que tem. E ele deve saber disso.
Seu passo terá de ser curto e sua meta apenas a permanência na séria A, em
2019.
Aproveito a oportunidade para chamar a atenção da
situação de outro clube carioca, o tradicional tricolor das Laranjeiras, que
creio não lhe restará outra alternativa a não ser demitir seu atual treinador,
Fernando Diniz. Num jogo em casa, diante de sua torcida, enfrentando o fraco
CSA, não conseguiu em 97 minutos de jogo aproveitar nenhuma das oportunidades
criadas.
O time apresenta os mesmos erros de seis, sete meses
atrás. Afoito, ansioso, previsível e sem jogadas de fundo. Isso lhe custou uma
derrota que o colocou na zona de rebaixamento e os problemas do Fluminense são
muitos. Resolvê-los durante a competição não é tarefa pra qualquer um.
Fique de olho agora, amigo leitor, porque em breve vem aí
o novo Futebol de Fato impresso e em
vídeo para trazer tudo mais explicadinho pra você.
Boa semana!
domingo, 11 de agosto de 2019
EXCESSO DE JOGOS, MUITOS ESTÁDIOS, PÉSSIMOS GRAMADOS
O torcedor não pode reclamar em nenhum instante, nenhum
momento, da falta de campeonatos, da quantidade de jogos para assistir. Embora
se questione nitidamente a qualidade destes. Naturalmente um ou outro clube faz
uma boa partida, participa de um jogo de alguma qualidade, de alguma emoção. E
o público normalmente tem até correspondido, comparecendo em bom número. Em que
pese a TV jogar contra.
Já disse que não é questão comercial, de direitos
adquiridos, concorrência normal entre emissoras de TV e coisas do gênero. Mas
uma emissora deter os direitos de transmissão da maioria quase absoluta dos
jogos no Brasil é vergonhoso e traduz um monopólio que não faz bem ao futebol e
muito menos ao torcedor. Sem falar que este fica na dependência do
exibicionismo e do marketing forçado de narradores e comentaristas que,
buscando inflar a competição para gerar negócios, abusam do ufanismo, da
transmissão aos berros e do positivismo inexistente.
A TV não vê, por exemplo, que num país de quinta
grandeza, onde há lugares e recantos onde se construíram estádios com capacidade
maior que a população local, a estrutura deles é péssima. E olha que jogamos
uma Copa do Mundo há 5 anos. Não me refiro a conforto, embora quem paga pelo
jogo mereça. Mas ao palco do espetáculo e o preço dos ingressos. O preço é fora
dos padrões do salário miserável que o trabalhador recebe no país. Por isso ele
merece, além de ingressos com preços similares as suas finanças, campos de
futebol com o mínimo de condições.
O estado atual, mesmo com arrecadações e receitas polpudas
das federações, é vergonhoso. Muitas vezes você vê tudo verdinho na transmissão
e crê num palco de alto nível, mas não é o que acontece. Apesar da tecnologia
de manutenção e plantio da grama dos estádios ter evoluído bastante, sua
conservação é péssima. Desníveis, buracos, inúmeras falhas que prejudicam ainda
mais a qualidade do jogo. O problema não é novo e segue se arrastando. E, tenha
certeza que também é responsável por diversas lesões que muitos consideram
normais, típicas de jogo.
Alguns, como solução, ainda falam em grama sintética. Meu
Deus! Que Deus nos livre dela. Pode ser boa para o futebol americano e seus
padrões, tanto de evolução, como de influência de outros esportes jogados lá,
mas para o futebol profissional, nada mais drástico. A grama sintética produz
queimaduras, gera lesões ligamentares e altera o ritmo de jogo e a velocidade
da bola. Seria pouco? Não há outra saída a não ser usarem a verba destinada com
honestidade e competência. O primeiro passo para um bom jogo é um piso bom e
seguro. Que a CBF faça seu trabalho, uma vez que o uso do VAR já tem complicado
o suficiente o nível do que você assiste.
Uma boa semana a todos!
domingo, 4 de agosto de 2019
NO PALCO VOSSA EXCELÊNCIA: O TREINADOR DE FUTEBOL
Prezados leitores, nem Flamengo, nem Corinthians, nem
Barcelona, nem Liverpool, a atração é o treinador. Embora tenha citado
Barcelona e Liverpool, estes clubes são mais coadjuvantes desse espetáculo
circense que é a participação do técnico de futebol durante uma partida. No
passado, a estrutura dos estádios e a expressão em segundo plano os confinavam
a um fosso ou discretamente sentados em um banco junto com sua comissão técnica
e os reservas de sua equipe.
Hoje, em alguns casos, o técnico é até cobrado por
torcedores menos esclarecidos e até por parte da opinião pública e de
jornalistas se adotar tal comportamento. Dirão que treinador “A” ou “B” “vê sua
equipe jogar errado, naufragar, e mantém-se frio, parecendo desinteressado
diante dos erros que sua equipe apresenta”. É mais ou menos como se o treinador
estivesse inscrito e em atividade e pudesse entrar a qualquer momento e salvar
seu time em campo. Mas o predomínio fica mesmo por conta do carnaval de plumas
e paetês e comportamentos atípicos e histéricos por parte desses senhores.
Num estádio de razoável tamanho e em jogo de razoável
público talvez com um megafone um jogador a 50, 60 metros de distância ouça as
instruções e os avisos. De outra forma, eu vos garanto, por experiência própria
que seu jogador não ouve absolutamente nada. Na maioria das vezes, o que o
técnico consegue é atrapalhar, confundir seus jogadores. Quando não os deixa
aflitos e nervosos, no caso dos menos experientes. O marketing cobra.
Ele, o técnico, sabe que está sendo visto por milhares de
olhos eletrônicos e humanos, aí não contém sua vaidade e não resiste. Quer
mostrar a todo custo sua capacidade, valorizar o seu diploma, se é que o tem. Incorporar
tradutor de libra, fazer sua mimica e, através de gestos que ele acha que o
meio esportivo conhece, demonstrar na ponta dos dedos o que quer de seus
comandados. E, pasmem, com a bola rolando como se o “aluno” fosse parar, no
calor de uma partida, para prestar atenção em seus gestos.
Chega a parecer que não convive uma semana inteira com
eles. Que não treina, não concentra, não dá palestra, não tem tempo suficiente
para corrigir e passar suas pertinentes instruções. Isso sem falar que por
muitas vezes encontra a malandragem e teimosia de jogadores mais experientes
que fingem estarem ouvindo o espetáculo do comandante.
Enquanto isso, seguem valorizando muito acima da real
importância que tem sua função. E, outrora pago em tostões, hoje, reconhecido,
sendo da série A, por exemplo, já entrou pra casa dos milhões. Embora poucos, é
claro.
Treinador ajuda muito ou prejudica demais. Na maioria das
vezes prevalece a segunda opção. Pense nisso.
Boa semana!
Atenção: em breve o “Futebol de Fato” em texto e
vídeo!
domingo, 28 de julho de 2019
AS VÍTIMAS DA INTENSIDADE
Já toquei nesse assunto em algumas colunas, mas pelo
visto vamos ter que conviver com essa rotina. A rotina-chupa sangue que vigora
no futebol brasileiro. A rotina que passa do limite físico dos jogadores de
futebol. Na rodada do fim de semana e nos últimos jogos que abrangem os outros
campeonatos como Copa do Brasil e Libertadores, vários titulares já ficaram de fora
de suas equipes lesionados, na maioria dos casos, pela fadiga.
O caso de Diego, do Flamengo, que sofreu uma fratura no jogo contra o Emelec, pode ser repartido com a ignorância da violenta entrada do zagueiro equatoriano. Mas o próprio ritmo do jogo conduz a isso. E na maioria dos casos são qualificadas como acidente de jogo. Ou que “faz parte” do jogo atual que tem que ser pegado e disputado palmo a palmo. No meu dicionário isso tem outro nome: falta qualidade técnica e ganância.
O Fluminense teve dois jogadores seriamente lesionados há poucos meses por conta clara de fadiga. O Internacional de Porto Alegre teve dois casos recentes de lesão por fadiga muscular. E pode buscar em outros clubes também, principalmente os que jogam o famigerado calendário que os cartolas pensam que dá lucro aos clubes, mas querem é enriquecer o mais rápido possível às custas deles.
Antigamente, era comum o coro da torcida quando determinados jogadores, na maioria dos casos as estrelas, saíam no início de um jogo por sentirem contusões já familiares ao público. Ocorre que a medicina esportiva não havia avançado ainda o suficiente para prevenir e evitar lesões repetitivas, assim como a preparação física que hoje tem como aliada a fisiologia esportiva. Mesmo assim, eles têm de corresponder à exigência do calendário, dos dirigentes, dos compromissos com patrocinador e nesse caso, naturalmente, têm que se virar. Todos trabalhando no limite ou fora dele. Pela quantidade de jogos e pelo ritmo do jogo. Decididamente não há quem aguente.
Hoje no clássico Flamengo 3 x 2 Botafogo, o Flamengo, que vem fazendo uma viagem só, com escalas em vários lugares do Brasil e da América do Sul, perdeu dois importantes jogadores e pasmem, jovens ainda, como Lincoln e Rodrigo Caio. No caso do Rodrigo Caio me pareceu lesão no púbis, o que tem a ver também com quantidade e intensidade de jogos. E o garoto Lincoln, músculo da coxa. O que vai bem de encontro ao método já claro a esta altura do técnico português Jorge Jesus, que não dosa ritmo e não vê limites para a intensidade de seus jogadores.
E é bom lembrar que estamos ainda em julho, vindo de um mês de pausa devido a Copa América. Os times brasileiros ainda tem quatro longos meses pela frente com duas, três competições simultâneas e com metas de título ou rebaixamento à vista. Façam uma ideia do que poderá vir até o final da temporada.
Notícia boa
Ufa! Não por minha culpa, porque aqui é o 'Futebol de Fato', e eu procuro retratar para o leitor a realidade do futebol que ele vê. Diante da escassez de qualidade e de novas atrações e promessas, me atrevo a apostar numa: Pedrinho, meia atacante do Corinthians. O 38 da equipe corintiana no Brasileirão não só desequilibrou o jogo contra o Fortaleza hoje, na virada do Timão, como mostrou qualidades de craque. E, melhor, não são de um jogo só. Vamos acompanhar com carinho a evolução do garoto e torcer para que o técnico Fábio Carille o lapide bem e a diretoria do Corinthians saiba valorizá-lo.
Boa semana a todos!
O caso de Diego, do Flamengo, que sofreu uma fratura no jogo contra o Emelec, pode ser repartido com a ignorância da violenta entrada do zagueiro equatoriano. Mas o próprio ritmo do jogo conduz a isso. E na maioria dos casos são qualificadas como acidente de jogo. Ou que “faz parte” do jogo atual que tem que ser pegado e disputado palmo a palmo. No meu dicionário isso tem outro nome: falta qualidade técnica e ganância.
O Fluminense teve dois jogadores seriamente lesionados há poucos meses por conta clara de fadiga. O Internacional de Porto Alegre teve dois casos recentes de lesão por fadiga muscular. E pode buscar em outros clubes também, principalmente os que jogam o famigerado calendário que os cartolas pensam que dá lucro aos clubes, mas querem é enriquecer o mais rápido possível às custas deles.
Antigamente, era comum o coro da torcida quando determinados jogadores, na maioria dos casos as estrelas, saíam no início de um jogo por sentirem contusões já familiares ao público. Ocorre que a medicina esportiva não havia avançado ainda o suficiente para prevenir e evitar lesões repetitivas, assim como a preparação física que hoje tem como aliada a fisiologia esportiva. Mesmo assim, eles têm de corresponder à exigência do calendário, dos dirigentes, dos compromissos com patrocinador e nesse caso, naturalmente, têm que se virar. Todos trabalhando no limite ou fora dele. Pela quantidade de jogos e pelo ritmo do jogo. Decididamente não há quem aguente.
Hoje no clássico Flamengo 3 x 2 Botafogo, o Flamengo, que vem fazendo uma viagem só, com escalas em vários lugares do Brasil e da América do Sul, perdeu dois importantes jogadores e pasmem, jovens ainda, como Lincoln e Rodrigo Caio. No caso do Rodrigo Caio me pareceu lesão no púbis, o que tem a ver também com quantidade e intensidade de jogos. E o garoto Lincoln, músculo da coxa. O que vai bem de encontro ao método já claro a esta altura do técnico português Jorge Jesus, que não dosa ritmo e não vê limites para a intensidade de seus jogadores.
E é bom lembrar que estamos ainda em julho, vindo de um mês de pausa devido a Copa América. Os times brasileiros ainda tem quatro longos meses pela frente com duas, três competições simultâneas e com metas de título ou rebaixamento à vista. Façam uma ideia do que poderá vir até o final da temporada.
Notícia boa
Ufa! Não por minha culpa, porque aqui é o 'Futebol de Fato', e eu procuro retratar para o leitor a realidade do futebol que ele vê. Diante da escassez de qualidade e de novas atrações e promessas, me atrevo a apostar numa: Pedrinho, meia atacante do Corinthians. O 38 da equipe corintiana no Brasileirão não só desequilibrou o jogo contra o Fortaleza hoje, na virada do Timão, como mostrou qualidades de craque. E, melhor, não são de um jogo só. Vamos acompanhar com carinho a evolução do garoto e torcer para que o técnico Fábio Carille o lapide bem e a diretoria do Corinthians saiba valorizá-lo.
Boa semana a todos!
Assinar:
Postagens (Atom)